1. Início
  2. / Economia
  3. / 20 BILHÕES e 5 MIL empregos! Governo autoriza projeto que promete revolução no Brasil e pode tornar Nordeste em uma potência jamais vista em energia limpa
Tempo de leitura 5 min de leitura Comentários 0 comentários

20 BILHÕES e 5 MIL empregos! Governo autoriza projeto que promete revolução no Brasil e pode tornar Nordeste em uma potência jamais vista em energia limpa

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 26/10/2024 às 11:32
Brasil autoriza megaprojeto de hidrogênio verde que promete criar 5 mil empregos e transformar o Nordeste em potência em energia limpa.
Brasil autoriza megaprojeto de hidrogênio verde que promete criar 5 mil empregos e transformar o Nordeste em potência em energia limpa.

Brasil está pronto para receber um investimento de R$ 20 bilhões para a produção de hidrogênio verde no Nordeste. Com a promessa de transformar a região em um polo de energia sustentável e criar milhares de empregos, o projeto marca um novo o para a descarbonização do país.

O futuro da energia no Brasil está mais próximo do que nunca de uma revolução verde de proporções inéditas.

Um ambicioso projeto, que visa transformar o Nordeste em um polo de energia limpa, promete benefícios bilionários e milhares de empregos.

O Complexo Industrial e Portuário do Pecém, na região metropolitana de Fortaleza (CE), foi escolhido como o palco para a instalação da maior planta de produção de hidrogênio verde do país.

Dia
ATÉ 90% OFF
💘 Dia dos Namorados Shopee: até 20% OFF com o cupom D4T3PFT! Só até 11/06!
Ícone de Episódios Comprar

Com um investimento estimado em R$ 20 bilhões e a expectativa de gerar 5 mil vagas de trabalho, o projeto da multinacional australiana Fortescue avança com o apoio do governo federal e estadual.

O projeto, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), conta com autorização do governo e destaca-se como o maior investimento de produção de hidrogênio verde (H2V) no Brasil.

O hidrogênio verde é uma forma de combustível sustentável que utiliza processos que não emitem carbono, resultando em uma alternativa mais limpa aos combustíveis fósseis.

Em um cenário de crescente demanda por energia limpa, a iniciativa tem tudo para colocar o Brasil em destaque na transição energética global.

A preparação para as obras começa ainda neste ano, com a empresa conduzindo estudos de impactos ambientais e de engenharia.

A decisão final de investimento, que dará sinal verde para a construção, está prevista para 2025, conforme informou a Fortescue.

A primeira fase do projeto prevê a criação de uma planta com capacidade de produção de 1,2 gigawatts (GW) anuais, que poderá chegar a 2,1 GW em uma etapa futura.

Para efeito de comparação, a usina de Itaipu, uma das maiores hidrelétricas do mundo, tem capacidade de 14 GW.

Fortescue: da mineração à energia verde

Fundada em 2003 como uma mineradora, a Fortescue Metals Group, agora chamada apenas de Fortescue, ou a investir em energia verde em sua recente guinada sustentável.

Listada na Bolsa de Valores da Austrália, a companhia reportou uma receita de US$ 16 bilhões em 2023 e tem projetos em andamento nos Estados Unidos, Austrália, Marrocos, Omã, entre outros países.

Segundo o country manager da Fortescue no Brasil, Luis Viga, “O Brasil foi escolhido como um dos projetos prioritários pela empresa no mundo. Nossa planta de hidrogênio verde será um marco para a neoindustrialização do país.”

A empresa segue ativa no setor de mineração, mas vem se destacando pelo compromisso em descarbonizar suas operações, sendo pioneira nesse compromisso entre mineradoras, conforme informado ao site IstoÉ Dinheiro.

Entenda o que é o hidrogênio verde

O hidrogênio, embora seja o elemento mais abundante no universo, não é encontrado em estado puro e precisa ser isolado, o que demanda grande quantidade de energia.

Através de um processo chamado hidrólise, é possível extrair o hidrogênio a partir de água ou biomassa, desde que utilizando fontes renováveis.

Este hidrogênio produzido sem emissões de carbono é considerado “verde” e, assim, ecologicamente vantajoso.

O uso do hidrogênio verde não se limita a uma única aplicação.

Ele pode abastecer setores industriais com necessidades energéticas específicas, como a queima direta em fornos e aquecedores, e também é utilizado como combustível para foguetes e até em veículos movidos a H2.

No Brasil, o H2V ainda é usado principalmente no refino de petróleo e na produção de fertilizantes.

Com a sua característica de não emitir carbono, ele se torna uma das principais apostas para a descarbonização do planeta.

Na União Europeia, o Banco Europeu de Hidrogênio financia iniciativas envolvendo esse combustível, refletindo o potencial do hidrogênio verde em promover uma mudança mundial para fontes de energia mais limpas.

Pecém: localização estratégica para a exportação

A escolha do Pecém como local para o projeto não é coincidência.

O complexo, resultado de uma parceria entre o governo do Ceará e o Porto de Rotterdam, da Holanda, tem fácil o ao mercado internacional e posição vantajosa para exportação, especialmente para os Estados Unidos e Europa.

Além disso, a infraestrutura já existente no local e a presença de 100 parques eólicos no Ceará tornam o Pecém uma escolha estratégica.

Atualmente, o Ceará lidera a produção de hidrogênio verde no Brasil, concentrando 41% dos investimentos, cerca de R$ 110,6 bilhões, de acordo com dados da CNI.

Em todo o país, o setor de H2V contabiliza mais de R$ 188 bilhões em investimentos.

Outras áreas próximas a portos também atraem projetos do tipo, como os portos de Parnaíba (PI), Suape (PE) e Açu (RJ), que somam bilhões em investimentos e seguem impulsionando o desenvolvimento do H2V para exportação.

Hidrogênio verde e o futuro do mercado brasileiro

A Fortescue aposta também no crescimento do mercado interno de hidrogênio verde, prevendo que futuramente o combustível seja utilizado na produção de fertilizantes para o agronegócio no Centro-Oeste, além de aplicações no setor de aço, cimento e combustíveis ecológicos distribuídos por todo o país.

A expectativa é que o desenvolvimento do mercado nacional também viabilize a distribuição em larga escala de produtos sustentáveis, trazendo benefícios econômicos e ambientais para diversas regiões.

Este projeto coloca o Brasil em uma posição de destaque no setor de energia limpa global, com potencial para atrair investimentos, gerar emprego e consolidar o país como referência no desenvolvimento de tecnologias sustentáveis.

Será que o hidrogênio verde finalmente transformará o Brasil em uma potência sustentável global?

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

Compartilhar em aplicativos