Enquanto SUVs dominam o mercado, diversos sedans, incluindo nomes de prestígio, registram vendas baixíssimas, tornando-se sedans encalhados e um desafio para as fabricantes.
O avanço dos SUVs no mercado automotivo brasileiro tem cobrado um preço alto de outras categorias, especialmente a dos sedans. Modelos que já foram sonhos de consumo hoje enfrentam dificuldades para atrair compradores, resultando em números de vendas preocupantes e alguns verdadeiros sedans encalhados nas concessionárias.
Este cenário afeta desde veículos que já tiveram grande volume até opções de luxo, que agora competem com utilitários esportivos de preço similar ou até mesmo com propostas mais atraentes dentro de suas próprias marcas. A seguir, listamos cinco sedans que amargaram baixas vendas no último mês de abril.
Mercado em transformação: SUVs brilham, sedans lutam para sobreviver
A preferência do consumidor brasileiro mudou drasticamente nos últimos anos. Os SUVs conquistaram espaço com sua versatilidade, posição de dirigir elevada e design imponente, deixando os sedans em segundo plano para muitos.
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Honda Civic: de queridinho a vendas modestas após importação
O Honda Civic já foi um líder de vendas e referência no segmento de sedans médios. Hoje, importado e exclusivamente na versão híbrida e-HEV, com preço de R$ 265.900, ele perdeu seu apelo racional. Apesar do visual moderno, interior refinado com digital e multimídia de 9 polegadas, e bom desempenho (0 a 100 km/h em cerca de 7 segundos), apenas 65 unidades foram emplacadas em abril. A estratégia da Honda parece focar em manter o nome vivo, mesmo distante de seu público tradicional.
Audi A3 Sedan e A4: luxo que não se traduz em volume
O Audi A3 Sedan, com visual esportivo, motor 2.0 turbo híbrido leve de 204 cavalos e bom acabamento, registrou apenas 44 vendas em abril. Seu preço, na casa dos R$ 270.000 para a versão de entrada, o coloca em uma disputa difícil com SUVs de luxo e sedans médios mais equipados. A descontinuação da versão flex mais ível também afastou interessados.
Seu irmão maior, o Audi A4, um clássico entre os sedans médios de luxo, também enfrenta dificuldades, com somente 36 unidades vendidas. Equipado com o mesmo motor 2.0 turbo de 204 cv do A3, o A4 (a partir de R$ 304.990 na versão Prestige) perde espaço para SUVs da própria marca e para rivais como o BMW Série 3.
Honda Accord e Audi A5 Sportback: gigantes com números de sedans encalhados
O Honda Accord, um ícone entre os sedans grandes, também sofre. A atual geração híbrida, com 207 cavalos, visual elegante e interior espaçoso com multimídia de 12,3 polegadas, custa mais de R$ 320.000. Esse valor resultou em apenas 27 emplacamentos em abril, mostrando que o modelo perdeu prioridade no mercado brasileiro.
Fechando a lista dos sedans encalhados, o Audi A5 Sportback, apesar de seu design sofisticado e esportivo, e motor 2.0 turbo de 204 cavalos, teve somente 25 unidades vendidas. Com preço inicial na faixa dos R$ 360.000, ele enfrenta a concorrência de SUVs esportivos e do popular BMW Série 3, além de sofrer com alta desvalorização no mercado de usados.
Claro que vende pouco, o preço é surreal.
Se praticassem um preço justo talvez as vendas melhorassem. Mas, como disse o colega acima, os preços são impeditivos, ainda mais para sedãs, que hoje viraram “carro de nicho”, já que a maioria prefere SUV.
Não vende porque esses caras querem vender carros de mais de 300 MIL REAIS…. ISSO É IMPOSSÍVEL PRA 99% DAS PESSOAS NORMAIS NO BRASIL…!!!
Mas tem gente pagando isso em pick ups e suvs. Esses carros valem cada centavo. O problema não é pagar 280 ou 300 nesses sedans de luxo. O problema é pagar: seguro, ipva e manutenção. Se as montadoras nao considerarem isso, vao baixar pra 250 e ainda assim estarão encalhados.
Quem está preocupado com seguro, IPVA e manutenção, não pode ter carro de valor nenhum.
A Honda deu um tiro no pé quando deixou de fabricar o Civic no Brasil, a concorrência agradece.
O maior problema é que esses caras são desenvolvidos pra rodar em estradas europeias, eu tive um A5 Sportback e em cada lombada, ralava o carro por baixa