A tecnologia móvel segue avançando em ritmo acelerado, e enquanto o 5G ainda está em fase de expansão global, a indústria já se prepara para a chegada da próxima geração de redes sem fio: o 6G. Previsto para ser 50 a 100 vezes mais rápido que o 5G, o 6G deve começar a ser implementado por volta de 2030, segundo projeções da Nokia.
Embora ainda esteja em fase conceitual, os primeiros testes do 6G já começaram, com países como China e Coreia do Sul liderando a corrida tecnológica. No Brasil, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aguarda definições globais para estruturar um plano de adoção.
O que é o 6G e por que ele é importante?
O 6G representa a evolução natural das redes móveis, trazendo não apenas velocidades muito superiores às do 5G, mas também conectividade aprimorada para aplicações avançadas, como inteligência artificial, computação quântica e realidade aumentada.
A expectativa é que o 6G trabalhe em frequências mais altas, garantindo taxas de transmissão de até 1 terabyte por segundo. Isso pode transformar setores como saúde, transporte e indústria, além de tornar a Internet das Coisas (IoT) ainda mais eficiente, conectando milhões de dispositivos simultaneamente.
-
Visão limitada pode explicar por que baleias jubarte se enroscam em redes de pesca
-
Misteriosa criatura marinha com características únicas, que viveu com os dinossauros, finalmente teve sua identidade revelada
-
A espécie nova de bactéria evoluindo em órbita como uma ameaça invisível e que pode transformar a exploração espacial num risco biológico
-
Astrônomos encontram objeto tão distante que só completa uma volta ao Sol a cada 25.000 anos
A tecnologia
A grande promessa do 6G está em sua capacidade de transmissão de dados extremamente rápida e com latência ultrabaixa. Isso significa que atividades que exigem respostas instantâneas, como carros autônomos e cirurgias remotas, poderão se beneficiar enormemente.
A tecnologia utilizará ondas terahertz, o que permitirá maior densidade de conexão e menor interferência. Isso significa que mais dispositivos poderão se conectar a uma mesma rede sem comprometer o desempenho.
Apesar do grande potencial, o desenvolvimento do 6G ainda enfrenta desafios técnicos e logísticos. O principal obstáculo é a necessidade de novas infraestruturas de rede, já que as frequências mais altas têm menor alcance e exigem uma maior quantidade de antenas e repetidores.
Questões como segurança cibernética e impactos na saúde precisam ser estudadas antes da implementação em larga escala. Outro ponto importante é a viabilidade econômica, já que a adaptação das redes demandará investimentos bilionários das operadoras de telecomunicações.
O cenário global
Os principais países e empresas de tecnologia já estão investindo para dominar o 6G. Alguns dos destaques incluem:
- Coreia do Sul: Foi a primeira nação a adotar o 5G e quer repetir o feito com o 6G, investindo US$ 170 milhões em pesquisas até 2026.
- China: Lançou em 2024 o primeiro satélite experimental 6G, utilizando sinais terahertz para avançar nos testes.
- Estados Unidos: Empresas como AT&T e Verizon trabalham em conjunto com universidades e a Comissão Federal de Comunicações (FCC) para moldar os padrões do 6G.
- Europa: A Nokia, junto com outras empresas do bloco europeu, lidera o projeto Hexa-X, uma das principais iniciativas globais para pesquisa e desenvolvimento do 6G.
Quando o 6G chegará ao Brasil?
No Brasil, a Anatel ainda não definiu um plano de implementação do 6G, pois aguarda a padronização global da tecnologia. No entanto, com a expansão da cobertura 5G, o país se prepara para essa nova etapa.
Especialistas apontam que, para que o 6G seja viável no Brasil, será necessário um forte investimento em infraestrutura, garantindo que antenas, torres e provedores estejam prontos para essa nova realidade.