A obra mais antiga do Brasil ainda em andamento: 93 anos de investimentos bilionários, enrolação e prejuízo na construção da rodovia BR-156
Imagine viver em um estado onde a principal rodovia que liga a capital à fronteira internacional está em obras há mais de 90 anos — e ainda não foi concluída. Essa é a realidade da BR-156, no Amapá, uma estrada federal com cerca de 823 quilômetros de extensão, que liga Laranjal do Jari, no extremo sul do estado, até Oiapoque, na fronteira com a Guiana sa. A rodovia corta o estado de norte a sul e deveria ser um dos pilares da integração regional, mas acabou se tornando um símbolo do atraso e da negligência.
Iniciada em 1932, a BR-156 é considerada a obra mais antiga do Brasil ainda em andamento. Em nove décadas, o que se viu foram promessas não cumpridas, trechos abandonados e bilhões de reais em investimentos que não se traduziram em uma construção digna.
Uma rodovia esquecida pelo tempo e pelos políticos
A BR-156 deveria ser o principal eixo de ligação entre Macapá e Oiapoque, ponto extremo ao norte do Brasil, colado na Guiana sa. Mas quem se aventura por lá enfrenta verdadeiras armadilhas: trechos de terra, atoleiros e um vai-e-volta de obras que logo se desfazem com a próxima chuva.
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Com apenas o trecho entre Macapá e Calçoene pavimentado, essa rodovia já se tornou símbolo do abandono e da lentidão com que o Estado brasileiro encara os investimentos em infraestrutura na região Norte. Segundo a Coluna Cláudio Humberto, do site Diário do Poder, trata-se da obra mais antiga do Brasil ainda em andamento — um marco negativo difícil de engolir.
Trabalhos na BR-156 seguem empacados, sempre acompanhados de promessas de retomada e discursos de campanha
Diante de tamanha demora, muitos amapaenses se perguntam: para que serve a bancada federal do Amapá em Brasília? Afinal, são décadas de mandatos, trocas de cadeiras e alianças políticas, mas nada de concreto na estrada que mais importa para o estado.
Enquanto isso, os trabalhos na BR-156 seguem empacados, sempre acompanhados de promessas de retomada e discursos de campanha. E quando algum trecho finalmente é entregue, não demora para virar lama outra vez.
A obra mais antiga do Brasil ainda em andamento: 93 anos de enrolação e prejuízo
A história dessa rodovia é quase inacreditável. Começou como um ambicioso projeto de integração nacional, mas acabou se tornando um exemplo escancarado da ineficiência pública e da falta de continuidade nas obras federais. Já foram investidos bilhões ao longo dos anos, mas o impacto real na região continua pífio.
De acordo com informações da DNIT, existem projetos para melhorar parte da estrada, especialmente com a pavimentação de novos trechos. No entanto, como mostrou o G1, muitos contratos foram paralisados ou canceladospor falta de verbas ou por problemas com as empreiteiras. Em 2023, houve nova tentativa de retomada das obras, mas os avanços são lentos e enfrentam obstáculos técnicos e logísticos.
O impacto direto na economia, no dia a dia e no bolso dos brasileiros
A BR-156 representa o principal elo de integração do Amapá com o restante do Brasil e com a América do Sul. Com sua situação precária, o escoamento de produtos agrícolas, minerais e industriais se torna inviável em muitos períodos do ano.
Para produtores e comerciantes, o resultado é claro: perda de competitividade, encarecimento do transporte e desestímulo a novos investimentos na região. Já para a população, a situação prejudica o o a serviços públicos, saúde, educação e até o turismo, que poderia crescer com a abertura segura da fronteira.
BR-156: a ferida aberta no mapa rodoviário do Brasil
Não é exagero dizer que a BR-156 é uma ferida aberta no mapa rodoviário do Brasil. O país que sonha com hidrovias modernas, trens de alta velocidade e transições energéticas sustentáveis não consegue entregar uma rodovia iniciada há quase um século.
Falta comprometimento das autoridades locais e federais. Enquanto isso, milhares de amapaenses continuam ilhados dentro do próprio estado, dependendo de balsas, voos caros ou enfrentando trechos intransitáveis para simplesmente circular.
O Amapá não pode mais esperar por investimentos concretos, nem continuar sendo ignorado nas prioridades de infraestrutura do país. A BR-156 precisa deixar de ser uma piada nacional e se tornar, enfim, um exemplo de reconstrução e dignidade.
Você é morador do Amapá ou já se aventurou pela BR-156? Sabia que essa é a obra mais antiga do Brasil ainda em andamento? Conta pra gente nos comentários: como foi sua experiência nessa rodovia e o que você acha desse descaso que já dura quase um século? Sua opinião é importante!
Uma vergonha para os políticos do norte do Brasil essas Br inclusive a Br 319 também na mesma situação
Fonte roubo , desvios e corrupção dos políticos, pegar dinheiro do povo é o que eles mais sabem fazer.
Cadê o Randolfe Rodrigues???
Será que o senador notorio amapaense gosta mais do Sul e sudeste que tem as melhores estradas do Brasil??
Acho que nas próximas eleições ele vai votar em quem fez pontes e asfaltou estradas com a ajuda do exército.
Voces conhecem a BR 158?, EU tinha 10 anos e ajudava meu Cunhado empurrar a Rural dele no atoleiro de barro no Pr , estou com 70 anos e a estrada de Chão está lá do mesmo jeito .
Cadê o Davi Alcolumbre??? Esse cujo senador é amapaense e presidente do senado do Brasil e não faz nada em prol do estado do Amapá.
Ele não é amapaense, nasceu em Garanhuns – Pernambuco.
93 anos de início e o cara culpa um único político, só porque é seu adversário, como se hoje e sempre só tivesse tido o Randolph.
Se a esquerda não fizer ninguém mais faz em outras palavras se Lula não fizer já era.