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A China lançou o primeiro torneio de boxe com robôs humanoides movidos a motor elétrico e reflexo humano

Escrito por Noel Budeguer
Publicado em 28/05/2025 às 17:15
robot - UFC - MMA
A China lançou o primeiro torneio de boxe com robôs humanoides movidos a motor elétrico e reflexo humano

Eles têm 35 kg, se levantam sozinhos e socam com força de motor hidráulico! Os robôs lutadores invadiram a China

Se alguém te dissesse que robôs humanoides já estão se socando em um ringue, controlados por humanos, você pensaria que é roteiro de “Gigantes de Aço” ou uma nova série futurista. Mas não. Isso aconteceu na vida real, e foi transmitido como se fosse uma luta de UFC. Só que com robôs.

Bem-vindo ao ringue do futuro

No dia 25 de maio de 2025, em Hangzhou, na China, rolou o primeiro campeonato mundial de boxe entre robôs humanoides. O evento, com nome pomposo de CMG World Robot Championship – Mech-Fighting Arena, reuniu uma galera curiosa, engenheiros, fãs de tecnologia e até quem só foi ver pancadaria mecânica mesmo.

Mas não pense que eram aquelas máquinas lentas de feira de ciência. Os robôs G1, da empresa Unitree Robotics, pareciam saídos direto de um laboratório secreto de filme do Michael Bay. Medem 1,35 metro, pesam 35 kg e se mexem com uma agilidade que deixa até muito ser humano com ciúmes.

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Os robôs lutadores: pequenos, mas valentes

Apesar do tamanho modesto, os G1 são verdadeiras máquinas de porrada. Cada articulação consegue girar com uma força de 120 newton-metro. Em português claro: dá pra aplicar um gancho de direita que, se fosse em alguém de carne e osso, dava trabalho pro ortopedista.

E não era só soco reto ou cruzado. Eles chutavam, giravam, caíam e levantavam. Deu pra ver claramente que o foco da galera da Unitree não foi só fazer robô que anda. Eles fizeram robôs que lutam com estilo.

Controle total: humanos no comando da briga

Uma das partes mais interessantes do evento foi o sistema de controle. Esquece aquele papo de robô autônomo tomando decisão sozinho. Aqui, quem manda são os humanos, literalmente com o controle na mão. Nada de comandos por voz ou gestos. É joystick mesmo. Igualzinho a um videogame — só que a consequência é um soco na cara de outro robô.

Segundo os organizadores, essa escolha teve um motivo bem claro: tempo de resposta. Em lutas, cada milésimo de segundo conta. Então, deixar os robôs pensarem sozinhos poderia atrapalhar o ritmo e deixar a briga mais lenta e sem graça. Com os humanos por trás dos controles, a ação foi intensa do início ao fim.

AI Strategist vs Energy Guardian: a luta do século (robótico)

A final foi entre dois nomes de respeito: AI Strategist e Energy Guardian. Parece nome de super-herói, mas eram dois robôs pilotados por operadores com reflexos afiados. Depois de muitos golpes trocados, AI Strategist levou a melhor com uma sequência rápida que deixou o rival sem conseguir reagir. Foi tipo um nocaute técnico, mas versão digital.

Vale dizer: mesmo quando caíam, os robôs se levantavam sozinhos com uma elegância que deixou o público boquiaberto. Era como ver um lutador profissional dando cambalhota pra se levantar. Uma mistura de precisão mecânica com equilíbrio de bailarino.

Muito mais do que só uma luta

Por trás do show, esse evento mostrou que a China está colocando o pé no acelerador na corrida pelos robôs humanoides. Enquanto em outros países eles ainda são atração de laboratório, por lá já estão sendo colocados pra lutar, dançar, correr e (quem sabe logo mais) trabalhar.

Esse tipo de tecnologia não é só para entretenimento. Serve também pra testar resistência dos motores, velocidade de resposta, controle em tempo real e até habilidades de cooperação entre humanos e máquinas. E no futuro, essas tecnologias poderão ser aplicadas em operações de resgate, ambientes perigosos e até mesmo na indústria do esporte virtual.

Parece Black Mirror, mas é só o começo

Quem assistiu ao evento ao vivo — ou viu os trechos depois no YouTube — ficou com a sensação de que a ficção científica não está tão distante assim. A tecnologia desses robôs já ultraou aquele estágio desajeitado em que eles mal conseguiam andar. Agora, estão subindo no ringue e batendo como gente grande (controlados, claro).

A transmissão teve direito a narração estilo campeonato esportivo, com replay, câmeras lentas e até torcida gritando. Em certos momentos, você até esquecia que era tudo controlado por humanos. Parecia que os robôs tinham vontade própria, tamanha a fluidez dos movimentos.

E o que vem depois?

Segundo a CMG e a Unitree Robotics, o sucesso do evento abriu caminho pra uma liga oficial de robôs lutadores. Tipo um UFC, só que com placas, fios e muito algoritmo. E quem sabe isso não vira um novo tipo de e-sport? Já pensou? Campeonatos internacionais com lutadores-robô, arenas lotadas e apostas online?

Parece loucura, mas há poucos anos também parecia loucura pensar em carros que dirigem sozinhos ou celulares que te respondem perguntas. A linha entre a ficção e a realidade está ficando cada vez mais fina.

Um aviso pra quem acha que é só brincadeira

Pode até parecer que isso tudo é só diversão e espetáculo, mas a real é que esse tipo de evento impulsiona avanços tecnológicos gigantescos. Quanto mais desafiador for o uso da máquina, mais robusto precisa ser o projeto. E isso acelera o desenvolvimento de inteligência artificial, controle motor e até baterias melhores.

No fim das contas, o campeonato de robôs boxeadores não é só um show. É uma vitrine do que a engenharia de ponta consegue fazer quando encontra o entretenimento. E quem diria que ver dois robôs se socando no ringue seria tão empolgante?

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Daniel Gomes dos Santos
Daniel Gomes dos Santos
28/05/2025 19:19

Os robôs tomarão o lugar dos humanos.
Não acredito que isso será bom para a humanidade.

Noel Budeguer

Sou jornalista argentino, actualmente radicado en Río de Janeiro, Brasil, con trayectoria enfocada en la cobertura de temas militares, defensa, ciencia, tecnología, energía y geopolítica. Mi objetivo es traducir información técnica y compleja en contenidos accesibles y relevantes para un público amplio, siempre manteniendo el rigor periodístico. Sou apaixonado por explorar como a tecnologia y defensa impactam a sociedade eo desenvolvimento econômico. https://muckrack.com/noel-budeguer?

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