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Além de Salvador, Rio de Janeiro e Brasília, diversas outras localidades, incluindo mais de uma cidade brasileira, já ostentaram o título de capital nacional, mesmo que por breves e simbólicos períodos. Conheça essas histórias surpreendentes.
A história política do Brasil é geralmente contada através de suas três capitais mais conhecidas: Salvador, Rio de Janeiro e Brasília. No entanto, para além desta tríade, existem capítulos fascinantes e menos lembrados de outras localidades, incluindo mais de uma cidade brasileira, que assumiram, ainda que por um único dia ou em circunstâncias extraordinárias, a condição de centro do poder nacional.
Esses episódios revelam uma faceta surpreendente da dinâmica política brasileira e o peso simbólico inerente à designação de “capital”. Vamos desvendar algumas dessas histórias e conhecer a cidade brasileira (ou cidades) que já foram, mesmo que efemeramente, o coração da nação, mostrando que o conceito de capital no Brasil nem sempre esteve atrelado a uma localização geográfica fixa.
Capitais por um dia: o poder simbólico de uma cidade brasileira em trânsito e os motivos por trás das transferências
A história registra momentos em que a capital da República se deslocou simbolicamente. Itu (SP) foi “Capital da República” por 24 horas em 15 de novembro de 2017, durante o governo Temer, para celebrar a Proclamação da República e homenagear a Convenção de Itu de 1873, marco do republicanismo. Em 25 de fevereiro de 1989, a pequena Mombaça, no sertão cearense, foi simbolicamente a capital do Brasil por um dia, durante a presidência de José Sarney.
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Curitiba (PR) assumiu o posto de capital federal por três dias, de 24 a 27 de março de 1969, sob o governo Costa e Silva, em um período do regime militar. Mais recentemente, um Projeto de Lei propôs que Belém (PA) seja capital simbólica durante a COP 30 em novembro de 2025, visando reforçar o protagonismo climático do Brasil. Cada cidade brasileira escolhida teve um motivo particular.
Quando uma cidade brasileira (ou quase) se tornou capital em tempos de crise e expansão colonial
Em circunstâncias ainda mais insólitas, o status de capital foi moldado por crises ou expansão. Entre 1809 e 1817, Caiena, capital da Guiana sa, foi ocupada e istrada por forças luso-brasileiras, em nome de D. João VI (cuja corte estava no Rio de Janeiro), como retaliação à invasão de Portugal por Napoleão.
Durante a invasão holandesa de Salvador no século XVII (1624-1625), Olinda (PE), então uma próspera vila, tornou-se a sede do governo do Estado do Brasil sob Matias de Albuquerque. Funcionou como uma capital de emergência e centro da resistência portuguesa, mostrando como uma cidade brasileira podia assumir tal papel em tempos de guerra.
Outras cidades brasileiras com destinos singulares como capitais regionais
Dinâmicas semelhantes ocorreram em nível estadual. Niterói (RJ) foi capital do estado do Rio de Janeiro por um longo período, perdendo o posto em 1975 para a cidade do Rio de Janeiro após a fusão dos estados. Durante a Revolução Federalista (1894), Castro (PR) serviu como capital provisória do Paraná.
Em Santa Catarina, Laguna foi a capital da efêmera República Juliana em 1839, durante a Guerra dos Farrapos. E no início do século XX, o território do Acre teve múltiplas sedes istrativas departamentais, como Porto Acre e Sena Madureira, funcionando como “capitais” regionais antes da consolidação de Rio Branco.
A fluidez do conceito de “capital” na complexa história do Brasil e o que essas transferências revelam
Esses episódios demonstram que a função de uma capital no Brasil nem sempre se resumiu a um centro istrativo fixo e imutável. O status de capital mostrou-se notavelmente fluido, adaptando-se a diferentes contextos e necessidades.
Seja para homenagear marcos históricos, responder a crises como invasões, projetar poder em territórios conquistados, ou como instrumento de comunicação política, a designação de “capital” foi uma ferramenta maleável na construção e gestão do vasto território nacional, envolvendo diversas localidades, incluindo mais de uma cidade brasileira que hoje não detém esse título.
SO´ESQUERAM DE MENCIONAR A CIDADE DE CACHOEIRA NA BAHIA ;QUE ENTRE AS QUE FORAM CITADAS ,CACHOEIRA ONDE ESTA A PONTE DE D.PEDRO II FOI A PRIMEIRA ;E LÁ EU NASCI COM MUITO ORGULHO.
Verdade, Cachoeira -Bs., Primeira Capital do Brasil, que ostenta a imponente Ponte de D.Pedro ll com seus 365 metros de comprimento, também nasci lá e me orgulho de ser Cachoeirano.
A cidade de caldas de cipó ( hoje só Cipó, ) foi capital da Bahia
Olá;
Durante a “Guerra do Paraguai”, quando Solano Lopes invadiu Uruguaiana-rs, a mesma foi capital do império quando Dom Pedro, Duque de Caxias e Cia se deslocaram para a contenção de Solano Lopes e retomada de Uruguaiana.