1. Início
  2. / Curiosidades
  3. / A cidade brasileira submersa: foi “engolida” pela água e virou uma Atlântida moderna!
Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 9 comentários

A cidade brasileira submersa: foi “engolida” pela água e virou uma Atlântida moderna!

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 07/05/2025 às 09:51
Conheça a história de cada cidade brasileira submersa pelo progresso. De Petrolândia a Canudos, descubra o legado e as memórias que resistem sob as águas.
Conheça a história de cada cidade brasileira submersa pelo progresso. De Petrolândia a Canudos, descubra o legado e as memórias que resistem sob as águas.

Projetos de desenvolvimento, especialmente hidrelétricas, submergiram comunidades, deixando um legado de perda e memórias que resistem sob as águas, como em cada história de cidade brasileira submersa.

O Brasil, em sua busca por desenvolvimento energético, viu comunidades inteiras serem literalmente engolidas pelas águas. Sob reservatórios de hidrelétricas, jazem histórias e identidades de uma cidade brasileira submersa após outra, revelando um padrão no avanço nacional que levanta questões sobre planejamento e o custo humano de tais projetos.

A promessa de prosperidade frequentemente mascarou a tristeza e a perda de identidade cultural dos moradores deslocados. Rios, antes fontes de vida, tornaram-se agentes da submersão, transformando o lar dessas populações e criando uma dolorosa relação com a paisagem alterada. A história de cada cidade brasileira submersa é um testemunho dessa dualidade.

Entre o avanço e a saudade: o custo humano das hidrelétricas

A construção de grandes barragens foi frequentemente justificada como essencial para o progresso do país. Contudo, para as populações que viram suas casas e histórias cobertas pelas águas, a realidade foi de desenraizamento e uma difícil adaptação. A narrativa oficial do desenvolvimento muitas vezes se sobrepôs às memórias de sofrimento.

Dia
Xaomi 14T Pro tá um absurdo de potente e barato! Corre na Shopee e garanta o seu agora!
Ícone de Episódios Comprar

A submersão de cidades como Petrolândia Velha (PE), Jaguaribara Velha (CE), Canudos Velho (BA), Sento Sé Velho (BA) e Remanso Velho (BA) ilustra esse processo. Cada localidade carrega uma história única de perda e da luta pela preservação da identidade, mesmo diante da força das águas.

Petrolândia Velha: a igreja símbolo de uma cidade brasileira submersa

Submersa nos anos 80 pela Usina Hidrelétrica Luiz Gonzaga, a Velha Petrolândia teve sua população transferida compulsoriamente. Das águas, emergiu um símbolo poderoso: a Igreja do Sagrado Coração de Jesus. Parcialmente submersa, a igreja tornou-se o emblema da cidade perdida e um ponto focal para a memória e o turismo.

Em períodos de seca, outras ruínas reaparecem, reavivando lembranças. A igreja submersa transformou Petrolândia na “Atlântida Brasileira”, envolta em lendas e na dor da perda de um modo de vida, especialmente para os moradores mais antigos.

Ecos de outras águas: Jaguaribara, Canudos e o legado de Sobradinho

YouTube Video

Jaguaribara Velha (CE) foi submersa pelo Açude Castanhão em 2001. A Nova Jaguaribara foi planejada com participação popular, buscando preservar laços e símbolos. Contudo, a mudança alterou drasticamente o modo de vida e, paradoxalmente, a seca que revela as ruínas é aguardada com emoção.

Canudos Velho (BA), palco da histórica guerra, foi inundado pelo Açude Cocorobó na década de 1960. Muitos viram a submersão como uma tentativa de apagar a memória da resistência popular. Hoje, o Parque Estadual de Canudos busca preservar essa história.

Na Bahia, Sento Sé Velho e Remanso Velho foram sacrificadas nos anos 70 pela Barragem de Sobradinho. O deslocamento atingiu milhares de famílias, e as ruínas que emergem na seca trazem à tona a dor da perda de terras férteis e de um modo de vida ligado ao rio.

Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo
Inscreva-se
Entre com
Notificar de
guest
9 Comentários
Mais antigos
Mais recente Mais votado
s
Visualizar todos comentários
Vinícius
Vinícius
08/05/2025 10:25

São Rafael velha, cidade localizada no Rio Grande do Norte, também é uma dessas cidades submersas espalhadas no Brasil.

Cláudio Cozzani
Cláudio Cozzani
08/05/2025 16:08

Que bobagem

Marcelo Grego
Marcelo Grego
Em resposta a  Cláudio Cozzani
08/05/2025 20:47

Não foi a história da vida de seus pais ou avós.

Joaquim
Joaquim
08/05/2025 17:46

Me desculpe. Infelizmente muitas vezes é necessário tomar-se medidas drásticas para o desenvolvimento e em muitos casos acabam-se com verdadeiros tesouros que muitas vezes são irreparáveis como a Usina de Itaipu, a qual soterrou as Cataratas de Sete Quedas. Entretanto por outro lado, muitos que foram desalijados aproveitaram o seu dinheiro e foram para o atual Mato Grosso do Sul ou Barreiras, na Bahia e hoje são grandes fazendeiros e muitos milionários. Podemos fazer o crescimento desenvolmentista se o fazemo-lo com ótimos planejamentos públicos.

IONE TERESINHA
IONE TERESINHA
Em resposta a  Joaquim
10/05/2025 11:20

Concordo plenamente com o seu discurso. A história é a memória de lugares e pessoas tem de ser o eixo principal para o desenvolvimento.

Tags
Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites G, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no [email protected]

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x