Conheça a engenharia e o impacto do Projeto Marmaray, em Istambul, cujo túnel mais profundo da rota da Seda superou desafios sísmicos e revelou tesouros arqueológicos milenares
O Marmaray é uma façanha da engenharia moderna, destacando-se pelo seu túnel submerso, que é o túnel mais profundo da rota da Seda e do mundo para sistemas ferroviários. Entenda sua construção, os desafios superados, as descobertas históricas e seu papel como um elo vital na conectividade global.
Istambul, a cidade que se estende por dois continentes, sempre sonhou em superar a barreira do Estreito de Bósforo com uma conexão ferroviária. O Projeto Marmaray tornou essa ambição centenária uma realidade, criando uma ligação ininterrupta entre a Europa e a Ásia. Esta obra monumental não apenas transforma o transporte, mas também se posiciona como um eixo estratégico no comércio eurasiano.
A gênese e o imperativo moderno do Projeto Marmaray
A ideia de uma travessia ferroviária sob o Bósforo remonta ao século XIX, com conceitos apresentados já em 1860 pelo Sultão Abdul Medjid. No final do século XX, o crescimento populacional de Istambul e o crônico congestionamento nas pontes existentes tornaram essa necessidade inadiável.
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O Projeto Marmaray foi concebido para aliviar o tráfego urbano, fornecer um transporte público moderno e, crucialmente, estabelecer uma ligação ferroviária contínua para ageiros e cargas entre os dois continentes. Aclamado como o “projeto do século”, ele reflete a ambição da Turquia em modernizar sua infraestrutura.
A construção do túnel mais profundo da rota da Seda
O Marmaray é uma linha ferroviária de alta capacidade com 76,6 km de extensão, ligando Halkalı (lado europeu) a Gebze (lado asiático). Sua peça central é a travessia do Bósforo, de 13,6 km, que inclui um túnel de tubo submerso de 1,4 km. Esta estrutura foi assentada a aproximadamente 60 metros abaixo do nível do mar, tornando-se o túnel submerso mais profundo do mundo usado por sistemas ferroviários.
A construção enfrentou desafios formidáveis. A proximidade com a Falha da Anatólia do Norte, uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo, exigiu um projeto com alta resiliência, projetado para resistir a um terremoto de magnitude 7.5. O túnel foi concebido para ser flexível, e comportas de emergência foram instaladas entre suas 11 seções pré-fabricadas. A logística de posicionar essas seções de 18.000 toneladas sob as fortes correntes do Bósforo também foi uma grande proeza.
As descobertas arqueológicas que reescreveram a história de Istambul
As escavações para o Marmaray, especialmente na estação de Yenikapı, se transformaram em um dos maiores projetos arqueológicos da história de Istambul. As descobertas foram extraordinárias:
O Porto de Teodósio (século IV): O maior porto da antiga Constantinopla foi revelado.
Naufrágios Bizantinos: Uma frota de 36 a 37 navios dos séculos V a XI foi encontrada, incluindo o que parece ser a única galera (navio de guerra a remos) antiga já descoberta.
Assentamento Neolítico: A revelação mais surpreendente foi a do mais antigo assentamento conhecido de Istambul, com 8.500 anos, empurrando a história da cidade por milênios.
Essas descobertas, embora de imenso valor, causaram atrasos de mais de quatro anos no projeto e aumentaram seus custos, evidenciando o complexo equilíbrio entre desenvolvimento e preservação do patrimônio.
Remodelando a megacidade e o comércio eurasiano
O Marmaray tem capacidade para transportar até 75.000 ageiros por hora por sentido, com trens operando a cada 2 minutos. Integrado a outras linhas de metrô, VLT e balsas, ele aumentou significativamente a participação do transporte ferroviário na mobilidade de Istambul.
Para o frete, o Marmaray se tornou uma artéria vital, possibilitando o transporte ferroviário de carga ininterrupto sob o Bósforo. Trens de mercadorias utilizam o túnel durante a noite, conectando a China à Europa em cerca de 12 dias. O túnel mais profundo da rota da Seda é um pilar do Corredor Médio, uma rota comercial estratégica que contorna a Rússia, aumentando a resiliência das cadeias de suprimentos globais.
Segurança, desafios e o legado de uma obra monumental
As preocupações com a segurança sísmica foram respondidas com um projeto robusto, verificado por entidades independentes como a TÜV SÜD. O túnel foi aprovado para tráfego em 2019, e seu histórico operacional desde então tem sido sólido.
O Marmaray conecta o ado de Istambul, desde os sonhos otomanos até a história desenterrada sob seus trilhos, com um futuro de transporte moderno e integração global. Ele se firma como um poderoso símbolo da proeza de engenharia turca, da visão estratégica e como um elo fundamental entre continentes e épocas, garantindo sua relevância para as próximas gerações.
E o Brasil ainda não tem sequer um trem de alta velocidade ligando principalmente as maiores metrópoles do país, RIO-S. PAULO.
É triste viver em um país c/os maiores recursos do planeta e não termos uma infraestrutura de 1° de mundo.
O Brasil era pra ter uma das maiores malhas ferroviárias e hidrovias do planeta. Na época do Império, o Brasil já tinha uma das naiores malhas ferroviárias do mundo.
D. Pedro II já tinha planejado construir uma mega hidrovia interligando toda a America do Sul. Mas o projeto nunca saiu do papel. A República, que é governo do povo, conseguiu ser pior que a Monarquia.
D. Pedro II tinha visão de estadista. Nossos presidentes têm visão feudais e coronelismo.
Sou de uma geração que se dizia que éramos o futuro da nação. Vejo q/este futuro nunca chega. É triste saber q/vivemos em um pais que era p/ser de 1° mundo, com + desenvolvimento tanto econômico quanto IDH.
Ninguém, nem autoridades nem os políticos de uma maneira geral têm o direito de travar o desenvolvimento de um país e seifar os sonhos de gerações em gerações de um país desenvolvido e socialmente + justo.
Pena que talvez não terei a oportunidade de alcançar estas transformações q/o país precisa. Pois sou da geração 6.0. Mas faço um apelo. Se o povo e a sociedade não fazer a diferença e as cobranças para estas transformações, pouca coisa vai mudar.
Foi criado uma estatal para istrar o trem rio sp no tempo de Dilma se pagava altos salários mas o projeto nunca saiu do papel mais um falcatrua do pt
Infelizmente a nossa politica é toda voltada para corrupção. Um povo inerte,acostumado ao sistema escravagista.
Algumas pessoas falam do PT, parecem que o PT está governado o Brasil uns 100 anos, mas esqueceram que o próprio governo militar de 1964 a 1985 foram o atraso para o Brasil.
O ex.presidente Ernesto Hackmann Geisel deu início ao desmanche das duas únicas indústrias automotivas brasileiras ( FNM= fábrica nacional de motores e CBT=Companhia brasileira de tratores.
Aí tivemos Fernando Afonso Collor de Mello, destruído tanto empresas estatais quanto empresas privadas com a queda de Collor entre Itamar Franco, continuação de Collor e Fernando Henrique Cardoso seguindo o consenso de Washington , mas Fernando Henrique Cardoso é o queridinho dos fanáticos e não é criticado.
Todos os países que seguiram o consenso de Washington se atrasaram.
Eu sou apenas um mecânico sem formação universitária e não faço parte dos intelectuais do nosso país, mas Vivi esse período nada saudável para qualquer país do mundo.