Há mais de 30 anos, o mundo não via algo parecido com o que aconteceu em setembro de 2024. A frota da Rússia, imensa e imponente, se espalhou pelos oceanos Pacífico e Glacial Ártico, além dos mares Mediterrâneo, Báltico e Cáspio. O motivo? Os exercícios militares Okean-2024, uma demonstração impressionante de força naval, marcando a primeira mobilização dessa escala desde o colapso da União Soviética.
Os exercícios Okean-2024 não foram apenas mais uma manobra naval. Eles representaram o retorno da frota da Rússia ao protagonismo nos mares, algo que não acontecia desde o fim da Guerra Fria.
Pela primeira vez em três décadas, a Marinha Russa executou operações militares simultâneas em cinco mares distintos. Vladimir Putin, acompanhando tudo via link de vídeo, não escondeu a importância da operação. Ele destacou que o objetivo era simular missões próximas da realidade de combate, reforçando a capacidade operacional do país.
A demonstração de força naval da Rússia
Com mais de 400 navios de guerra, submarinos e embarcações de apoio, além de 120 aeronaves e cerca de 90.000 militares, a frota da Rússia mostrou seu poderio.
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Os exercícios cobriram uma série de operações estratégicas, como:
- Defesa marítima e operações anti-submarinas
- Resposta a ameaças aéreas
- Coordenação logística e combate em múltiplos teatros de guerra
O impacto dos Okean-2024 na geopolítica
A movimentação da frota russa não ou despercebida. No tabuleiro geopolítico, qualquer ação desse porte tem consequências. O Ocidente interpretou as manobras como um recado claro de Moscou: a Rússia ainda tem força para projetar poder além de suas fronteiras.
O Kremlin usou os exercícios para consolidar sua influência sobre aliados estratégicos e mostrar que está pronto para responder a qualquer ameaça em diversos fronts.
A China e sua parceria com a Rússia no mar
Se há um país que tem se aproximado cada vez mais da Rússia, esse país é a China. Pequim não apenas acompanhou os exercícios, mas também participou ativamente com navios de guerra, submarinos e unidades aéreas.
Essa parceria militar tem um objetivo claro: fortalecer a presença conjunta no Indo-Pacífico, desafiando a hegemonia dos Estados Unidos na região.
Os exercícios conjuntos incluíram:
- Combate anti-submarino
- Defesa aérea integrada
- Logística marítima em cenários de conflito
A mensagem é clara: a China e a Rússia estão cada vez mais alinhadas no campo militar.
A reação global e o monitoramento ocidental
Países da OTAN e aliados no Pacífico não ignoraram essa movimentação. A Noruega, por exemplo, entrou em estado de alerta assim que a frota russa foi detectada no Báltico.
O vice-almirante Rune Andersen, chefe das forças armadas norueguesas, afirmou que a atividade da frota da Rússia foi monitorada de perto, em coordenação com parceiros ocidentais.
Enquanto isso, os Estados Unidos e seus aliados reforçaram a presença naval no Indo-Pacífico, temendo que essa nova aliança militar entre Rússia e China altere o equilíbrio de forças na região.