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A gigantesca construção ferroviária que transformará o sul

Escrito por Carla Teles
Publicado em 16/05/2025 às 17:21
A gigantesca construção ferroviária que transformará o sul
Descubra a gigantesca construção ferroviária que transformará o Sul do Brasil! Mais de 3.000 km de novos trilhos em PR, SC e RS para revolucionar a logística.

Um ambicioso projeto de mais de 3.000 km de novas ferrovias promete revolucionar o transporte de cargas no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, impulsionando a economia e a logística nacional.

Uma transformação silenciosa, mas gigantesca, está prestes a começar no sul do Brasil. Um projeto ambicioso de construção ferroviária promete mudar radicalmente a forma como as cargas são transportadas por três estados fundamentais para a economia nacional. Esta pode ser a faísca para uma nova era da logística no país.

Mais de 3.000 km de construção de novos trilhos no sul

O sul do Brasil se prepara para uma mudança radical em sua infraestrutura de transportes. A proposta envolve a construção de mais de 3.000 km de novas ferrovias. Essas linhas conectarão o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O objetivo é ligar zonas produtivas do interior a portos estratégicos no litoral. Isso criará uma alternativa moderna ao transporte rodoviário, dominante na região. No papel, são apenas linhas. Na prática, esses trilhos podem redefinir o transporte de grãos, minérios, madeira, contêineres e bens industrializados. Como destaca o Canal Construction Time, apresentado por Luciano Guimarães, essa expansão de trilhos é um divisor de águas para a logística nacional.

Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul na vanguarda da mudança

O traçado começa em Maracaju (MS) e avança por cidades paranaenses como Cascavel, Guarapuava e Ponta Grossa, chegando ao porto de Paranaguá. Haverá dois ramais: um entre Foz do Iguaçu e Cascavel, conectando ao Paraguai, e outro até Chapecó (SC). Imagem: Canal Construction Time.
O traçado começa em Maracaju (MS) e avança por cidades paranaenses como Cascavel, Guarapuava e Ponta Grossa, chegando ao porto de Paranaguá. Haverá dois ramais: um entre Foz do Iguaçu e Cascavel, conectando ao Paraguai, e outro até Chapecó (SC). Imagem: Canal Construction Time.

No Paraná, o eixo principal é a Nova Ferroeste. São 1.567 km planejados. O traçado começa em Maracaju (MS) e avança por cidades paranaenses como Cascavel, Guarapuava e Ponta Grossa, chegando ao porto de Paranaguá. Haverá dois ramais: um entre Foz do Iguaçu e Cascavel, conectando ao Paraguai, e outro até Chapecó (SC). Segundo o governo do Paraná, será a segunda maior rota de exportação do país, movimentando até 38 milhões de toneladas por ano. Isso equivale a retirar mais de 1,5 milhão de caminhões das estradas anualmente. O tempo de viagem entre Cascavel e Paranaguá cairá de 5 dias para 20 horas. A Nova Ferroeste também fortalecerá a cadeia de proteínas, já que Paraná e Santa Catarina respondem por 71% das exportações brasileiras de carne suína e quase 70% da de frango. Cerca de 9 milhões de pessoas serão diretamente beneficiadas.

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Em Santa Catarina, o foco é a conexão ferroviária do porto de Itapoá. Este porto opera 70.000 contêineres por mês. A proposta inclui dois novos trechos: Itapoá-Araquari (113 km) e Itapoá-Morretes (83 km), este último cruzando a divisa com o Paraná. Essas conexões são estratégicas, pois o porto de Itapoá se prepara para operar com navios de 366 metros.

No Rio Grande do Sul, o plano é construir uma ferrovia de 1.549 km. Ela ligará Terra Roxa (PR) ao litoral gaúcho em Arroio do Sal. Lá, está prevista a construção de um novo porto com investimento federal de R$ 1,3 bilhão. Esta ferrovia será o maior eixo transversal do sul.

O andamento da construção da expansão ferroviária

A execução dos projetos está em diferentes estágios. A Nova Ferroeste já ou por estudos de impacto. Agora, está em fase de licenciamento ambiental e modelagem para concessão. O leilão está previsto para 2025, segundo o governo do Paraná. As conexões ferroviárias de Santa Catarina e a ferrovia Terra Roxa-Arroio do Sal foram protocoladas na ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) por empresas privadas. Estas empresas buscam autorização para desenvolver estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental. Todos os projetos fazem parte do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o que garante prioridade e articulação com recursos federais. As rotas estão traçadas, os estudos em andamento e o investimento é bilionário.

O futuro da logística integrada no Brasil

Essa nova malha ferroviária formará uma espécie de coluna vertebral de trilhos no sul. A ideia é que trens substituam caminhões em rotas longas. Os veículos rodoviários ficariam responsáveis por trechos curtos e urbanos. O que se desenha é uma tentativa real de reorganizar a base logística de uma das regiões mais produtivas do país. Com menos caminhões nas rodovias, espera-se um trânsito mais fluído e uma cadeia de transporte mais estável e moderna. Os produtos devem chegar mais rápido, com menos perdas e impactos ambientais.

É claro que projetos assim levantam discussões. São ousados e envolvem cifras bilionárias. No Brasil, a distância entre o anúncio de uma obra e sua conclusão nem sempre se mede em quilômetros. Contudo, a expectativa é que o sul do Brasil deixe o “século do asfalto” para entrar na era da logística integrada, com os trilhos de volta ao protagonismo. A maior construção de expansão ferroviária da história do sul do Brasil está deixando de ser um plano para se tornar realidade.

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Carla Teles

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