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A Microsoft vem trabalhando há 17 anos em seu novo e empolgante produto: um computador quântico com partículas de Majorana

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 20/02/2025 às 22:39
A Microsoft vem trabalhando há 17 anos em seu novo e empolgante produto: um computador quântico com partículas de Majorana
A Microsoft criou um computador quântico mais estável e poderoso ao usar partículas de Majorana, que são extremamente resistentes a erros. Esse avanço pode transformar indústrias inteiras, resolvendo problemas que os computadores atuais não conseguem.

A Microsoft acaba de dar um o importante na corrida pela computação quântica. Após 17 anos de pesquisa, a empresa revelou avanços em um projeto inovador que utiliza partículas de Majorana para criar um computador quântico mais estável e poderoso. Essa abordagem promete revolucionar a tecnologia ao resolver desafios antes considerados impossíveis.

Em 1937, o físico italiano Ettore Majorana teorizou sobre uma partícula que possuía uma propriedade incrível: ela era, ao mesmo tempo, sua própria antipartícula. Isso significa que, ao interagir com sua cópia oposta, ela não se aniquila, tornando-se incrivelmente estável para aplicações tecnológicas. Essa característica faz das partículas de Majorana um dos materiais mais promissores para um computador quântico, pois oferecem maior segurança contra erros e ruídos, um dos maiores desafios dessa tecnologia.

O diferencial da abordagem da Microsoft

Diferente de outras empresas que exploram qubits baseados em elétrons ou átomos supercondutores, a Microsoft apostou em uma abordagem mais radical. A empresa ou 17 anos desenvolvendo um novo material e uma arquitetura inovadora para tornar a computação quântica mais estável e confiável. Segundo Zulfi Alam, chefe da divisão, os avanços são “incríveis e reais”, mudando a maneira como enxergamos o futuro dessa tecnologia.

O primeiro computador quântico com partículas de Majorana

As partículas de Majorana são especiais porque possuem uma propriedade única: elas são, ao mesmo tempo, sua própria antipartícula. Isso as torna incrivelmente estáveis, o que é essencial para a computação quântica, pois reduz os erros e ruídos que normalmente afetam os qubits tradicionais, tornando os cálculos muito mais confiáveis.
As partículas de Majorana são especiais porque possuem uma propriedade única: elas são, ao mesmo tempo, sua própria antipartícula. Isso as torna incrivelmente estáveis, o que é essencial para a computação quântica, pois reduz os erros e ruídos que normalmente afetam os qubits tradicionais, tornando os cálculos muito mais confiáveis.

O resultado desses anos de pesquisa foi o Majorana 1, o primeiro processador quântico baseado nessa tecnologia. Em vez de utilizar elétrons comuns, o chip da Microsoft usa um novo material chamado “topocondutor”, que combina semicondutores e supercondutores para permitir o controle e a manipulação das partículas de Majorana.

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Esse novo material, feito de arsenieto de índio e alumínio, permite a criação de qubits mais estáveis e resistentes a interferências externas, resolvendo um dos principais desafios da computação quântica tradicional.

No momento, o Majorana 1 conta com oito qubits topológicos, mas a Microsoft planeja expandir esse número para até um milhão. Essa escalabilidade significa que, no futuro, o poder de processamento do computador quântico da empresa pode superar tudo o que conhecemos atualmente.

Os benefícios do computador quântico da Microsoft

Os avanços na computação quântica prometem revolucionar diversas áreas da ciência. Segundo os pesquisadores da Microsoft, o Majorana 1 permitirá simulações extremamente precisas, especialmente em química e ciência dos materiais.

Essa tecnologia poderá eliminar a necessidade de testes práticos em laboratórios, pois os cientistas conseguirão prever resultados com precisão absoluta, reduzindo custos e acelerando a inovação.

O impacto em diferentes setores

Com a capacidade de resolver problemas impossíveis para os computadores clássicos, a computação quântica da Microsoft pode impactar diversas indústrias:

  • Medicina: Desenvolvimento de novos medicamentos e tratamentos personalizados.
  • Ciência dos Materiais: Criação de materiais mais resistentes e leves para construção e eletrônicos.
  • Inteligência Artificial: Avanço em algoritmos de aprendizado de máquina e tomada de decisão.

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Rafaela Fabris

Fala sobre inovação, energia renováveis, petróleo e gás. Com mais de 1.200 artigos publicados no G, atualiza diariamente sobre oportunidades no mercado de trabalho brasileiro. Sugestão de pauta: [email protected]

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