Com a alta histórica do metal, especialistas veem nas mineradoras uma oportunidade de multiplicar lucros, mas com riscos ampliados
A valorização do ouro em 2025 despertou o interesse de investidores em todo o mundo. Mas, mais do que investir diretamente no metal precioso, analistas apontam que ações de mineradoras podem entregar retornos ainda mais expressivos. Segundo matéria do InfoMoney, empresas como Barrick Gold e Newmont registraram ganhos robustos nos últimos meses, acompanhando, e até superando a valorização do ouro no mercado internacional. Ao mesmo tempo, especialistas alertam: os riscos são proporcionais ao potencial de lucro.
Quando o preço do ouro sobe, as mineradoras costumam multiplicar esses ganhos na bolsa. Isso acontece porque as receitas dessas empresas são diretamente impactadas pela cotação do metal. Segundo o InfoMoney, enquanto o ouro ultraava os US$ 3.000 por onça-troy, ações como as da Barrick Gold (GOLD) e da Newmont Corp. (NEM) registravam altas significativas, com papéis negociados a US$ 19,14 e US$ 48,08, respectivamente. O efeito alavanca é uma das razões pelas quais muitos investidores preferem apostar nas mineradoras, em vez do ouro físico ou ETFs.
Mas o risco das mineradoras também é maior
Embora atrativas, ações de mineradoras são sensíveis a uma série de fatores além do preço do ouro. Greves em minas, questões ambientais, variações cambiais e instabilidades políticas nos países produtores podem impactar o desempenho dessas empresas. A Julius Baer, em um relatório recente, ressaltou que o investidor deve avaliar seu perfil de risco antes de alocar capital nesse setor. Como em qualquer ação, os papéis das mineradoras podem cair mais do que o próprio metal em momentos de baixa.
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ETFs e BDRs: formas práticas de investir em mineradoras
Para quem busca o mais prático ao setor, especialistas como os da B3 recomendam os ETFs ou os BDRs (recibos de ações estrangeiras negociados na bolsa brasileira). Essas opções permitem exposição às maiores mineradoras globais sem a necessidade de abrir conta em corretoras internacionais. Além disso, têm maior liquidez e menor custo de custódia se comparados à compra física do ouro. Segundo o portal Bora Investir, essas são alternativas interessantes para diversificar e entrar nesse mercado com mais segurança.
Alta do ouro reforça procura por mineradoras em 2025
A valorização do ouro neste ano foi impulsionada por diversos fatores: tensões geopolíticas, inflação persistente e incertezas sobre a política monetária dos EUA. Esses elementos aumentaram a demanda por ativos de proteção, e com isso, o setor de mineração ganhou ainda mais relevância. A InfoMoney destaca que o desempenho de mineradoras se mantém como reflexo direto da movimentação do ouro, e o momento atual tem favorecido fortemente esse tipo de ativo.
Vale a pena investir agora?
Tudo depende da estratégia do investidor. Se a expectativa for de continuidade na alta do ouro, ações de mineradoras podem oferecer ganhos maiores. Mas é fundamental considerar os riscos operacionais e oscilações próprias do setor. Como reforça o relatório do InfoMoney, o mais indicado é compor uma carteira diversificada e alinhar os investimentos com objetivos de médio e longo prazo. Para muitos, o brilho das mineradoras pode ofuscar até o do próprio ouro, mas é preciso entrar no jogo com os olhos bem abertos.