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Agência Internacional de Energia (AIE) projeta redução na demanda por gás natural causada pela alta nos preços do commodity

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 07/07/2022 às 09:25
Fatores como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e os altos preços do commodity no mercado internacional causarão uma forte redução na demanda pelo gás natural ao longo dos próximos anos, segundo as projeções da AIE.
Foto: Divulgação/ASN

Fatores como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e os altos preços do commodity no mercado internacional causarão uma forte redução na demanda pelo gás natural ao longo dos próximos anos, segundo as projeções da AIE.

Em meio a um cenário de instabilidade no setor de combustíveis internacional, as projeções da Agência Internacional de Energia (AIE) nesta quarta-feira, (06/07), para o futuro do mercado de gás natural não são tão otimistas. Isso, pois o órgão prevê que os altos preços do commodity no cenário internacional e os conflitos geopolíticos causarão uma queda forte na demanda pelo produto ao longo dos próximos anos, impactando o mercado de combustíveis.

Mercado de gás natural internacional pode sofrer com queda na demanda do commodity ao longo dos próximos anos, aponta projeções da AIE

A AIE está com projeções nada positivas para o segmento de combustíveis durante os próximos anos, uma vez que, com o cenário internacional cada vez mais instável, a tendência é que a demanda pelo gás natural diminua de forma significativa. As pesquisas da agência apontam que fatores como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que desencadeou uma crise no abastecimento de mercadorias, e os altos preços do commodity poderão contribuir para um cenário instável nos próximos anos. 

Os dados estão disponíveis no relatório da AIE, lançado nesta última terça-feira, que  prevê que a demanda global por gás natural aumentará em 140 bilhões de metros cúbicos entre 2021 e 2025. Apesar desses números parecerem significativos e otimistas para o mercado de combustíveis internacional, isso é menos da metade do aumento de 370 bilhões de metros cúbicos observado nos cinco anos anteriores.

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Dessa forma, a economia dos países exportadores do produto será fortemente afetada com a queda na demanda pelo commodity. Além disso, as projeções da AIE também apontam para um crescimento econômico cada vez mais lento nas principais nações do mundo, o que contribuirá para a baixa procura pelo gás natural.

Outro ponto importante na análise é a questão ambiental, uma vez que, embora seja mais limpo quanto à poluição atmosférica em relação a outros combustíveis, o metano liberado durante o processo de extração do gás natural é um fator significativo das mudanças climáticas. Dessa forma, as discussões acerca dos impactos dessa substância no meio ambiente também podem colaborar para uma diminuição na procura pelo commodity. 

Guerra entre Rússia e Ucrânia agravou cenário de alta nos preços do gás natural e contribuiu para um futuro instável no mercado do commodity

O principal ponto analisado pela AIE na questão da queda na demanda pelo gás natural no futuro é a influência dos conflitos entre a Rússia e a Ucrânia, eclodidos no início do ano. Essa guerra vem afetando fortemente a cadeia de abastecimento mundial, uma vez que os portos estão realizando restrições e a movimentação de cargas entre os países envolvidos está cada vez menos recorrente. 

Dessa forma, a AIE aponta que os esforços dos países da União Europeia para se livrar do gás russo levarão a uma queda nas exportações de gasodutos da Rússia para o bloco de 55% para 75%. Assim, Keisuke Sadamori, diretor de mercados de energia e segurança da agência, destacou o impacto do cenário nos preços do gás natural e ressaltou que a crise no abastecimento mundial vem causando um forte amento nesses valores. 

O executivo finalizou: “Agora estamos vendo picos de preços inevitáveis ​​à medida que países ao redor do mundo competem por remessas de gás natural, mas a resposta mais sustentável à crise global de energia de hoje são os esforços e políticas para usar a energia com mais eficiência e acelerar as transições de energia limpa”.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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