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A era dos satélites particulares acaba de ganhar um novo patamar. Por US$ 5,5 milhões, uma empresa está oferecendo satélites pessoais com tecnologia de nível militar, antes exclusiva de governos e grandes agências espaciais
Uma empresa dos Estados Unidos está oferecendo a bilionários a chance de algo até então a governos: ter seu próprio satélite de nível militar.
A novidade chega por meio da United Spaceports Corp., companhia baseada em Las Vegas, que promete revolucionar o o ao espaço.
Satélite particular com recursos militares
O produto é o Black Star 1000, um satélite com funcionalidades avançadas, similar aos usados por forças armadas. O pacote completo é vendido por US$ 5,5 milhões e inclui o satélite, seu lançamento, uma estação de comando terrestre e diversos recursos tecnológicos.
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O equipamento é do tamanho de uma geladeira pequena e será enviado ao espaço com um foguete contratado pela SpaceX, em órbita baixa da Terra (LEO). Nessa posição, o satélite sobrevoa constantemente diferentes partes do planeta, permitindo comunicação toda vez que a por uma região.
Segundo o CEO da United Spaceports, Rob Lauer, o objetivo é oferecer uma plataforma segura de dados e comunicações. Ele afirma que essa segurança se tornou uma necessidade, e não mais um luxo.
Privacidade e controle digital como prioridade
Lauer mencionou um incidente recente para ilustrar os riscos de comunicação digital sem segurança. Em março, durante uma conversa sobre ações militares contra alvos houthis no Iêmen, um erro no aplicativo de mensagens resultou na inclusão acidental de um jornalista no grupo. O episódio, apelidado de “Signalgate”, gerou críticas à falta de controle sobre dados sensíveis.
Com o Black Star 1000, a promessa é de soberania digital. O satélite oferece comunicação via banda S para controle e banda X para transferência de dados, além de e 24 horas e painéis solares para funcionamento contínuo.
Tecnologia de ponta no pacote
Além da comunicação segura, o pacote inclui um data center da Nvidia com inteligência artificial, uma carteira de criptomoedas, câmera com sensor remoto, telescópio para observações espaciais e uma estação terrestre.
O satélite também conta com arquitetura modular, o que permite personalizações. O cliente pode, por exemplo, solicitar uma órbita geoestacionária em vez da baixa, o que elevaria o custo. Essa órbita, a cerca de 35 mil quilômetros do equador, permite que o satélite fique fixo sobre um único ponto do planeta.
Outra opção adicional é instalar um receptor em uma aeronave a jato, garantindo comunicação mesmo durante o voo.
Mercado ainda é pequeno, mas com potencial
Lauer reconhece que o público-alvo é . Segundo ele, trata-se de um produto para ultrarricos que veem valor em controlar seus próprios dados da mesma forma que valorizam carros de luxo ou iates exclusivos.
“O espaço nunca é realmente seguro a menos que você o possua”, afirmou o executivo. Para ele, o projeto marca o início de uma nova era, onde privacidade, soberania digital e segurança podem ser controladas diretamente pelo usuário.
A empresa já está aceitando depósitos para os lançamentos, que devem ocorrer dentro de dois anos. Com o avanço no desenvolvimento de aviões espaciais, a United Spaceports espera, no futuro, realizar os lançamentos diretamente do Porto Espacial de Las Vegas.
Para Lauer, a iniciativa representa a entrega das “chaves do espaço” aos empresários mais poderosos do mundo. Ele acredita que os primeiros clientes serão pioneiros de uma nova fase da presença humana fora da Terra.
