Peça feita em ouro e esmalte, ligada à família Gawdy, foi achada por acaso em Norfolk e revela tradições de luto da elite europeia entre os séculos 16 e 19
Um anel de luto feito em ouro e esmalte, datado do século 18, foi encontrado por um detectorista de metais em um campo perto de Thetford, em Norfolk, na Inglaterra. A peça estava enterrada a cerca de 15 centímetros de profundidade e ainda brilhava intensamente sob o sol, mesmo após séculos perdida no barro.
O achado do anel: emoção após um ano de buscas
Malcolm Weale, de 53 anos, localizou o anel depois de mais de um ano explorando a região com seu detector. Segundo ele, bastou ver o brilho do objeto para perceber que era algo especial.
“Lá estava ele, um brilho de ouro puro, reluzente como no dia em que foi perdido, a cerca de 15 centímetros de profundidade no barro. Eu soube na hora que era algo muito especial e até fiz uma dancinha”, contou à BBC. Weale ainda disse que, emocionado, fez uma pequena dança ao encontrar a joia.
-
Motores ‘inquebráveis’: descubra os 3 modelos lendários que desafiam o tempo e superam 500 mil km sem grandes manutenções
-
Cientistas descobrem células sanguíneas em fóssil de dinossauro com 70 milhões de anos com potencial para revolucionar tratamento do câncer humano
-
Rio brasileiro supera o Nilo como o mais longo do planeta e desperta curiosidade científica
-
Pesquisadores criam célula de combustível à base de sódio — tecnologia pode ser chave para aviões elétricos e é comparada a “bateria de tanque cheio”
Acredita-se que o anel tenha sido feito em memória de Sir Bassingbourne Gawdy, terceiro baronete de Harling, que morreu em 1723, aos 56 anos, em um acidente de caça.
Os anéis de luto eram populares entre as elites europeias entre os séculos 16 e 19 e serviam como lembrança de entes queridos, muitas vezes com inscrições, datas ou até fios de cabelo dos falecidos.
Origens da família Gawdy
Segundo relatos, a família Gawdy teria origem em um cavaleiro francês que foi capturado durante a Guerra dos Cem Anos e acabou se estabelecendo no leste da Inglaterra, no século 14.
O anel foi declarado oficialmente como tesouro pelo tribunal forense de Norfolk. Agora, será avaliado pelo Museu Britânico, que definirá o valor e a divisão do montante entre Weale e o dono do terreno.
Além do anel, Malcolm Weale já encontrou outros objetos históricos. Em 2024, ele achou uma moeda de prata cunhada no final do século 9 para Guthrum, também chamado de Athelstan II.
Guthrum foi um líder viking convertido ao cristianismo que ou a governar a Ânglia Oriental. Essa moeda é considerada a primeira emitida por um governante viking cristão na Grã-Bretanha.
Com informações de Aventuras na História.