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Aos 80 anos, uma das principais fabricantes de peças automotivas da América Latina neutraliza 100% das emissões de energia elétrica com fontes renováveis

Publicado em 03/06/2025 às 09:59
Renováveis, Fontes renováveis
Imagem: Divulgação

A Riosulense comemora 80 anos com avanço sustentável: certificação I-REC garante uso de energia limpa e redução de 36% nas emissões

Prestes a completar 80 anos de atividades, a RIO Riosulense, de Rio do Sul, definiu um marco importante para a celebração da data: garantir o uso comprovado de fontes renováveis e descarbonizadas de energia.

A empresa, uma das principais fabricantes de peças automotivas da América Latina, já recebeu os Certificados de Energia Renovável Internacional (I-RECs) referentes ao primeiro trimestre de 2025.

Os I-RECs asseguram, de forma auditada, o uso de energia hidrelétrica por parte da empresa. Isso permite que os stakeholders internos e externos tenham a confirmação da origem limpa da eletricidade utilizada nas operações.

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Como funciona o I-REC

O International Renewable Energy Certificate (I-REC) é um sistema reconhecido mundialmente que certifica a origem sustentável da eletricidade consumida. Funciona como um título, onde cada certificado corresponde a 1 MWh (megawatt-hora) de energia gerada.

Os certificados são registrados internacionalmente pelo Instituto TOTUM e têm validade para comprovar o consumo 100% limpo, de acordo com as regras do mercado.

A função dos I-RECs vai além da simples certificação da energia. Eles também permitem o rastreamento da origem renovável da eletricidade, podendo ser utilizados para abatimento das emissões de Gases do Efeito Estufa (GEEs).

Por essa razão, a aquisição desses certificados faz parte da estratégia da empresa para reduzir suas emissões e avançar no caminho da descarbonização.

Redução de 36% nas emissões

A RIO optou pela aquisição de I-RECs trimestralmente, ao invés do modelo anual. Com o recebimento dos certificados do primeiro trimestre de 2025, celebramos essa conquista em nosso programa rumo a descarbonização, validando a redução de 36% das emissões totais da empresa”, afirma Clebson Ferreira, gerente técnico da RIO.

O trabalho da empresa nesse campo começou em 2024, com a realização do Inventário de Gases do Efeito Estufa, incluindo dados retroativos de 2023.

O levantamento permitiu classificar a origem das emissões em três categorias internacionais: Escopo 1, que são as emissões geradas diretamente pela empresa; Escopo 2, provenientes da energia comprada; e Escopo 3, relacionadas à cadeia de valor da empresa.

Com o levantamento em mãos, foi possível identificar a origem exata das emissões e definir ações específicas. No total, 36% das emissões estavam associadas ao consumo de energia elétrica.

Escopo 2 já será neutralizado

Ao validar que essa energia é limpa e renovável, por meio dos I-RECs, a RIO poderá abater mais de um terço das suas emissões totais. Além disso, como 100% das emissões do Escopo 2 são provenientes do uso de energia, por meio dos I-RECs será possível zerar as emissões nesse item. Em outras palavras, a RIO chegará ao próximo aniversário sem emissão de carbono no Escopo 2”, explica Rogério C. Pereira, Coordenador da Qualidade e Meio Ambiente da RIO.

Práticas ESG ganham força na empresa

Os certificados representam apenas uma parte de uma estratégia maior voltada para as práticas ESG. A empresa começou seus investimentos nessa área com foco na Gestão Ambiental e obteve a certificação ISO 14001. A partir desse primeiro o, outros projetos já estão em andamento.

Entre as próximas etapas está a elaboração da Matriz de Materialidade e a definição dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que servirão de base para as futuras iniciativas e investimentos.

Certamente, vamos nos dedicar ao Escopo 1, com o objetivo de zerar as emissões geradas internamente. Há várias frentes em andamento, e uma das mais avançadas é a busca pelo Lixo Zero, que abrirá muitas oportunidades de atuação”, afirma Ferreira.

Novas exigências e relatórios de sustentabilidade

O executivo destaca ainda que alguns investimentos serão motivados por exigências de mercado, ajustes legais ou por estratégia competitiva. Um exemplo concreto é a preparação para o Carbon Border Adjustment Mechanism (CBAM), um mecanismo de taxação de carbono para produtos exportados à União Europeia.

Outro o relevante será a produção do primeiro Relatório de Sustentabilidade, conforme as normas da International Financial Reporting Standards (IFRS). Esse relatório deverá incluir tanto informações financeiras relacionadas à sustentabilidade (IFRS S1) quanto divulgações sobre o clima (IFRS S2).

Por estar listada na B3, a RIO terá a obrigação legal de, a partir do próximo ano, produzir o seu Relatório de Sustentabilidade. Decidimos testar o modelo neste ano, de forma voluntária, para aprimorar o processo em 2026”, conclui o executivo.

Com informações de Economias SC.

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Romário Pereira de Carvalho

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