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Apelidada de ‘nave-mãe’, aeronave militar da China transporta 16 toneladas de munição, tem  envergadura de 25 metros e lança até 100 drones kamikazes em pleno voo

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 27/05/2025 às 10:59
Apelidada de ‘nave-mãe’, aeronave militar da China transporta 16 toneladas de munição
Foto: IA

Nova aeronave militar da China, chamada Jiu Tian, poderá redefinir estratégias de combate ao operar como base aérea voadora com alcance de 7 mil km

A China está prestes a inaugurar um novo capítulo na guerra tecnológica moderna com a entrada em operação de sua mais recente aeronave militar, o Jiu Tian, apelidado de “nave-mãe” pela mídia local e especialistas internacionais. Trata-se de um veículo aéreo não tripulado (UAV), capaz de lançar enxames de até 100 drones kamikazes em pleno voo, transportar 16 toneladas de munição e voar com autonomia de até 7.000 quilômetros.

Apresentada no Salão Aeroespacial de Zhuhai em 2024, a nova aeronave militar da China impressionou analistas pela robustez, inovação e versatilidade estratégica. A expectativa é que o Jiu Tian realize sua primeira missão de testes antes do final de junho de 2025, segundo informações do South China Morning Post e da emissora estatal CCTV, que confirmaram a preparação da aeronave para testes operacionais finais antes de ser integrada oficialmente ao Exército de Libertação Popular da China.

Uma “nave-mãe” capaz de coordenar ataques com drones kamikazes

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O grande diferencial do Jiu Tian é sua capacidade de operar como uma verdadeira base aérea móvel, liberando até 100 drones kamikazes a partir de compartimentos duplos alocados em ambos os lados da fuselagem. O modelo é projetado para realizar ataques coletivos coordenados, tática que promete superar sistemas tradicionais de defesa aérea e aumentar o alcance tático das forças armadas chinesas em cenários de guerra assimétrica.

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Com 25 metros de envergadura e capacidade de carga de 16 toneladas, sendo 6 toneladas destinadas exclusivamente ao transporte de drones, o Jiu Tian integra sistemas de inteligência artificial e algoritmos de voo autônomo. Além do armamento, a aeronave poderá ser usada para comando remoto de esquadrões de drones, inclusive em ambientes de alto risco, como zonas com bloqueio de radar ou interferência eletrônica intensa.

Comparações da nova aeronave militar da China com a Global Hawk e Reaper

Com esse projeto, a nova aeronave militar da China se posiciona diretamente como concorrente dos modelos americanos RQ-4 Global Hawk e MQ-9 Reaper, dois dos UAVs mais utilizados pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos. No entanto, o Jiu Tian se diferencia por sua função de liberação múltipla de armamentos voadores, ampliando não apenas a área de atuação, mas também a densidade de ataques em um único sobrevoo.

De acordo com fontes da imprensa especializada, simulações de combate apresentadas no Salão de Zhuhai mostraram o Jiu Tian operando em conjunto com drones de ataque autônomos em formação, ampliando a capacidade de saturar alvos estratégicos com precisão e sem a necessidade de exposição de pilotos humanos.

Aplicações civis e de segurança nacional

Além do uso militar, o governo chinês também planeja aplicar o Jiu Tian em funções não armadas, como:

  • Vigilância marítima
  • Monitoramento de fronteiras
  • Operações de resgate e emergência
  • Inspeção ambiental em larga escala

Essas funções visam mostrar o caráter dual-use da tecnologia, ou seja, a possibilidade de utilização tanto em contexto civil quanto militar. A flexibilidade do sistema pode facilitar a aceitação pública e impulsionar o desenvolvimento de outras aeronaves de grande porte com inteligência embarcada.

Quem desenvolveu a nova aeronave militar da China?

O projeto do Jiu Tian é fruto do esforço conjunto da AVIC (Aviation Industry Corporation of China), conglomerado estatal que lidera a produção aeronáutica do país, e da empresa Xian Chida Aircraft Parts Manufacturing, especializada em peças estruturais e componentes para UAVs.

Ambas são parte do programa de modernização militar chinês, que já produziu modelos de destaque como o CH-7 — drone de combate furtivo — e o Wing Loong-X, voltado à guerra antissubmarino. O Jiu Tian será mais uma adição estratégica à crescente frota de drones chineses, que já é considerada uma das mais avançadas do mundo em termos de capacidade de enxame e autonomia operacional.

Potencial disruptivo no cenário geopolítico

O lançamento de uma “nave-mãe” com capacidade de controle de enxames de drones representa um avanço significativo na disputa por superioridade aérea e tecnológica entre potências militares. A capacidade de operar em modo autônomo, atacar múltiplos alvos e evitar sistemas de interceptação coloca o Jiu Tian como uma ameaça concreta a qualquer força militar convencional.

Além disso, o modelo reforça a posição da China como potência emergente no setor de guerra cibernética e sistemas não tripulados, desafiando a hegemonia tecnológica dos Estados Unidos e seus aliados.

O uso de drones kamikazes em larga escala pode mudar o equilíbrio em zonas de conflito, como o Mar do Sul da China ou áreas de tensão fronteiriça com a Índia e Taiwan.

Missão inaugural prevista para junho

primeira missão de testes do Jiu Tian está marcada para ocorrer ainda antes do final de junho de 2025, de acordo com a CCTV. A expectativa é que o voo inclua lançamento real de drones, coleta de dados de telemetria e avaliação do comportamento aerodinâmico em diferentes altitudes e cargas.

Após o voo inicial, o modelo entrará em uma fase de testes operacionais mais intensos, com diferentes cargas úteis e simulações de combate em ambiente real. Se bem-sucedido, o Jiu Tian deve ser oficialmente integrado à força aérea chinesa ainda no segundo semestre deste ano.

Um divisor de águas na guerra por drones

A nova aeronave militar da China representa não apenas uma inovação tecnológica, mas um marco na evolução dos conflitos armados do século XXI.

O conceito de uma “nave-mãe voadora”, capaz de liberar dezenas de drones letais em missões coordenadas, antecipa um cenário de guerra onde a autonomia, o poder de enxame e a inteligência artificial dominam o campo de batalha.

Enquanto o mundo observa com atenção os primeiros voos do Jiu Tian, uma coisa é certa: a corrida global por supremacia aérea está longe de acabar — e o céu, mais do que nunca, tornou-se o novo campo de disputa entre potências militares.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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