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Apesar das intensas oscilações, o mercado do café encerrou o mês de março em alta, impulsionado por condições climáticas no Brasil e Vietnã e influências de fatores financeiros globais no setor

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 29/03/2025 às 11:45
© Paula Laboissière/Agência Brasil

Preços reagiram às incertezas climáticas e ao comportamento do mercado internacional, mantendo tendência positiva

O mês de março foi marcado por fortes oscilações no mercado internacional de café. A instabilidade climática e a incerteza em torno da safra brasileira de 2025 dominaram os movimentos de preços do café.

O clima no Brasil e no Vietnã, os dois grandes produtores, seguiu no centro das atenções.

Safra brasileira em alerta

A seca prolongada de 2024 e as altas temperaturas causaram perdas significativas na produção de café arábica no Brasil.

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Já o conilon apresentou melhor desempenho. Em março, a volta da umidade às regiões cafeeiras brasileiras foi bem-vinda, ainda que de forma irregular.

A previsão de chuvas mais consistentes, principalmente em Minas Gerais, reduziu o estresse hídrico.

Isso fez com que o mercado recuasse das máximas, afastando o contrato de maio da marca de 400 centavos de dólar por libra-peso.

Segundo Gil Barabach, consultor da Safras & Mercado, as condições climáticas seguem como fator determinante. “A umidade voltou, e isso trouxe certo alívio. Mas a situação ainda exige atenção”, afirmou.

Vietnã também pressiona preços

No Vietnã, as chuvas também foram irregulares. A falta de umidade contribuiu para a volatilidade nos preços do robusta.

Com a previsão de chuva nos próximos dias, o mercado iniciou uma correção. Esse movimento em Londres teve reflexo direto sobre os preços do arábica em Nova York, puxando os valores para baixo.

Apesar das correções, a volatilidade deve continuar. A baixa oferta física de café é um dos motivos. “Essa combinação de incerteza climática e disponibilidade limitada tende a manter o mercado agitado”, avaliou Barabach.

Alta histórica e correções

O contrato de maio em Nova York chegou a um recorde em 5 de março: 409,95 centavos de dólar por libra-peso. Mas o mercado corrigiu nas semanas seguintes. No dia 14, os preços atingiram a mínima do mês, com 373,25 centavos.

A oscilação do dólar, aliada a tensões comerciais envolvendo os EUA, também mexeu com o setor. No acumulado até 27 de março, o contrato de maio subiu 1,5%, encerrando em 378,80 centavos.

Mercado interno lento, mas com valorização

No Brasil, a comercialização foi lenta em março. Com pouca oferta e vendedores cautelosos, os negócios foram pontuais. No Sul de Minas, o café arábica bebida boa subiu 3,6%, fechando a R$ 2.560,00 por saca. Já o conilon tipo 7, em Vitória (ES), teve leve alta de 0,25%, indo para R$ 1.980,00.

A expectativa agora gira em torno da chegada da nova safra.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail [email protected].

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