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Após 80 anos, EUA reativam base aérea abandonada de Tinian, marco das bombas atômicas lançadas no Japão, e geram temor com nova presença militar no Pacífico

Publicado em 23/04/2025 às 10:54
Base aérea, Tinian, Estados Unidos, Segunda Guerra
Créditos: 80-G-306715, cortesia do Naval History and Heritage Command.

Base histórica usada na Segunda Guerra volta à ativa no Pacífico em meio à crescente tensão entre EUA e China, levantando preocupações entre moradores locais sobre segurança e riscos ambientais

Uma base aérea dos Estados Unidos que marcou a história da Segunda Guerra Mundial está voltando à ativa. Localizada na pequena ilha de Tinian, nas Ilhas Marianas do Norte, a instalação foi usada para lançar as bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki. Agora, 80 anos depois, ela a por um processo de restauração liderado pelo exército americano.

A retomada das atividades ocorre em um momento de tensões entre os EUA e a China, especialmente por questões envolvendo Taiwan. O governo americano tem buscado reforçar sua presença militar na região do Pacífico. Com isso, a base de Tinian volta ao foco.

Presença militar cresce na ilha de Tinian

Tinian fica próxima de Guam e tem localização estratégica. A ilha, hoje mais conhecida por suas praias e ruínas da Segunda Guerra Mundial, volta a receber movimentações militares após décadas de inatividade.

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A Força Aérea dos Estados Unidos firmou um contrato de US$ 409 milhões com a Fluor Corporation em 2024 para restaurar o antigo campo de aviação da ilha.

Durante a Segunda Guerra, a base aérea conhecida como North Field abrigava quatro pistas largas, com 8.500 pés (2,59 km) de comprimento.

Era um ponto de apoio essencial para grandes operações aéreas. Lá, foram preparados os bombardeiros B-29 Enola Gay e Bockscar, que lançaram as bombas “Little Boy” e “Fat Man” no Japão.

Moradores temem riscos com nova atividade

A retomada das atividades militares preocupa os moradores locais. Uma das principais questões é o temor de que a ilha volte a ser alvo em caso de conflito. Tinian já teve papel estratégico em uma guerra global, e há receios de que o mesmo possa acontecer novamente.

A segunda preocupação está ligada à segurança ambiental. Os trabalhos de reconstrução podem afetar áreas onde, no ado, houve movimentação de armamentos nucleares. Mesmo sem explosões na ilha, o simples armazenamento de bombas levanta dúvidas sobre riscos de radiação.

Segundo especialistas ouvidos pela ABC News, a preocupação com radiação seria pequena. As bombas teriam sido manuseadas com cuidado, e não há indicação de contaminação significativa no local.

Para eles, resíduos de outros materiais, como combustível e armas convencionais, representam uma ameaça maior.

Pedido por transparência na nova fase

Grupos locais e moradores pedem mais clareza. Querem saber, por exemplo, se haverá novo armazenamento de armamento nuclear na ilha. Eles também exigem garantias sobre a segurança da população.

Apesar das preocupações, autoridades americanas veem a ilha como peça-chave em um possível cenário de conflito. Sua proximidade com Guam, que é um dos principais centros militares dos EUA no Pacífico, reforça sua importância estratégica.

História e localização da base

Com menos de 104 quilômetros quadrados, Tinian é uma das três principais ilhas das Marianas do Norte. Está localizada a cerca de 2.400 quilômetros da China continental. Durante a Segunda Guerra, sua base aérea era classificada e poucos sabiam do real papel da instalação.

A estrutura foi projetada para operar em larga escala. As pistas de 200 pés (aprox. 61 m) de largura eram ligadas por uma extensa malha de taxiways e áreas de estacionamento, com capacidade para 265 bombardeiros B-29.

Esse legado histórico, somado à posição geográfica, faz de Tinian um ponto militar estratégico. Por isso, a restauração da base e a movimentação militar atual despertam atenção internacional — e também tensão local.

Última informação relevante

A retomada da base de Tinian não se resume a um retorno ao ado. Ela representa um o concreto na preparação dos Estados Unidos para possíveis cenários futuros no Oceano Pacífico. Mas, para os moradores da ilha, o sentimento é de cautela. Eles esperam que a nova fase traga mais respostas do que riscos.

Com informações de Interesting Engineering.

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Romário Pereira de Carvalho

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