A Renault está prestes a marcar seu retorno ao segmento de veículos 4×4 no Brasil com uma inovação que promete revolucionar a tração integral. Após um hiato desde 2020, a marca sa lançará novos modelos equipados com um sistema híbrido avançado, eliminando a necessidade do tradicional cardã. A tecnologia responsável por essa transformação é o motor elétrico Dual Speed 48V, desenvolvido pela empresa sa Valeo.
Com previsão de lançamento para o segundo semestre, o Renault Boreal será o primeiro modelo a contar com essa inovação no Brasil. Já a picape Renault Niagara, prevista para 2026, seguirá a mesma tendência. Mas como essa nova tecnologia funciona e quais as vantagens para os consumidores brasileiros? Vamos entender melhor.
O retorno da Renault ao segmento 4×4 no Brasil
A Renault não comercializa veículos 4×4 no Brasil desde 2020, quando encerrou a produção do Duster 4×4. A Oroch 4×4, por sua vez, foi fabricada apenas para exportação. No entanto, a montadora decidiu apostar em uma abordagem inovadora para trazer de volta a tração integral ao mercado nacional.
A grande mudança está na forma como essa tração será implementada. Ao invés de um sistema tradicional com cardã e caixa reduzida, os novos modelos contarão com um motor elétrico no eixo traseiro. Isso permitirá que a Renault ofereça veículos mais eficientes, sem comprometer o desempenho no fora-de-estrada.
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A inovação do motor elétrico Dual Speed 48V
O coração dessa tecnologia está no motor elétrico de 48V desenvolvido pela Valeo. O sistema Dual Speed 48V substitui o tradicional cardã por um motor elétrico síncrono montado no eixo traseiro. Esse motor da Renault conta com uma transmissão de duas marchas, garantindo mais eficiência e potência conforme a necessidade do veículo.
A grande vantagem dessa abordagem é a possibilidade de manter a tração 4×4 sem aumentar significativamente o consumo de combustível. A tecnologia contribui para a redução de peso do veículo, tornando-o mais ágil e econômico.
Como o sistema Dual Speed 48V funciona
Diferente dos motores elétricos convencionais, que possuem apenas uma relação de transmissão fixa, o sistema Dual Speed 48V oferece duas marchas distintas para os modelos Renault. A primeira marcha é otimizada para baixas velocidades, proporcionando maior torque e ajudando o veículo a superar terrenos difíceis. Já a segunda marcha é voltada para altas velocidades, garantindo eficiência energética e um desempenho mais equilibrado.
O sistema pode operar em modo “neutro”, desligando o motor elétrico quando ele não for necessário. Isso evita perdas por arrasto e contribui para um menor consumo de combustível. Outro ponto interessante é a possibilidade de regeneração de energia nas desacelerações, ajudando a recarregar a bateria do veículo.
Novos modelos Renault 4×4 no Brasil
Os primeiros veículos a contar com essa tecnologia no Brasil serão o Renault Boreal e a picape Niagara. No entanto, haverá uma diferença entre as versões europeias e brasileiras desses modelos.
No mercado europeu, o Dacia Bigster – equivalente ao Renault Boreal – será equipado com um motor 1.2 turbo de três cilindros e um sistema híbrido leve de 48V. No Brasil, porém, o Boreal utilizará o motor 1.3 turbo de 163 cv, combinado com o câmbio automatizado de dupla embreagem DW23, já presente no Renault Kardian.
Esse conjunto mecânico permitirá que os novos Renault 4×4 ofereçam uma excelente combinação de desempenho e eficiência, tornando-os uma opção interessante para quem busca um veículo versátil.
Já a picape Renault Niagara, que chegará ao mercado em 2026, também contará com o sistema híbrido leve e um motor elétrico traseiro extra. No entanto, a tecnologia ainda está em desenvolvimento, e a Renault precisará garantir que a bateria do sistema tenha energia suficiente para fornecer potência ao motor elétrico sempre que necessário.
Impactos do novo sistema na experiência de direção
O uso do motor elétrico traseiro com duas marchas trará uma série de benefícios para a dirigibilidade dos novos Renault 4×4. Entre os principais pontos positivos estão:
Melhor controle de tração em curvas: O software do sistema poderá ajustar automaticamente a entrega de força do motor elétrico, otimizando a estabilidade do veículo.
Menor consumo de combustível: Testes realizados pela Valeo indicam que a tecnologia pode reduzir o consumo médio em até 4%, com uma economia de 7% no ciclo rodoviário.
Modo elétrico em pequenos deslocamentos: O motor elétrico poderá ser usado de forma independente em algumas situações, reduzindo ainda mais o consumo de combustível.
Finalmente teremos de volta esse sistema 4×4 para o Veículo. Tomara que aproveitem o ensejo e o equipem também com freio a disco nas 4 rodas, aí será o máximo.