Com estratégias de comercialização de petróleo e gás certeiras, a tendência é que o valor aumente em 6 vezes até 2030, aponta a PPSA.
Em 2024, o Brasil atingiu um novo marco na arrecadação de recursos derivados da exploração de petróleo e gás, alcançando um total de R$ 10,3 bilhões. O alto montante se reflete no aumento da produção e nas estratégias adotadas pela Pré-Sal Petróleo (PPSA), que tem otimizado a comercialização dos recursos.
A expansão da produção, especialmente no pré-sal, está gerando resultados financeiros cada vez mais expressivos para o Tesouro Nacional, demonstrando o potencial de crescimento do setor.
O crescimento da arrecadação com petróleo e gás
O aumento significativo na arrecadação foi impulsionado por diversos fatores, como explicou a presidente interina da Pré-Sal Petróleo (PPSA), Tabita Loureiro.
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De acordo com ela, a evolução da produção nos contratos de partilha e o aprimoramento das estratégias de comercialização têm contribuído para que a União obtenha uma parcela cada vez maior do petróleo e gás extraídos.
Em 2024, a comercialização atingiu 56 cargas de 500 mil barris de petróleo, um aumento considerável em relação às 33 cargas em 2023 e 22 em 2022. A previsão é que em 2030 o número de cargas comerciais suba para mais de 365.
A produção dos campos de petróleo em regime de partilha de produção, incluindo o Campo de Tupi, tem sido uma peça-chave nesse avanço.
Os contratos celebrados pela PPSA e os leilões realizados pela B3 desde 2021 têm gerado volumes significativos de recursos para o Tesouro Nacional.
A Pré-Sal Petróleo, responsável pela comercialização do petróleo produzido no pré-sal, tem adotado novas práticas de comercialização que, segundo Tabita Loureiro, geram um impacto positivo nos resultados financeiros.
Ela destaca também o esforço contínuo para tornar o processo de produção e o aumento da produção mais rápidos, eficientes e econômicos.
O Campo de Tupi e demais campos
Entre os campos de petróleo que se destacaram em 2024, o Campo de Tupi apresentou uma contribuição significativa, embora com um número menor de cargas comercializadas.
O destaque vai para o Campo de Mero, que foi responsável por 43 cargas de petróleo, seguido por Búzios com 6, e Sépia com 3. A comercialização também se estendeu ao gás natural, com 53,8 milhões de metros cúbicos vendidos para a Petrobras.
A comercialização de petróleo no Brasil é realizada por meio de contratos de longo prazo, firmados em leilões promovidos pela PPSA.
As vendas diretas também desempenham papel importante, especialmente nos campos de Sépia e Atapu, que não aram por leilão.
Transição energética e o papel do Pré-Sal Petróleo
A transição energética global, que visa reduzir as emissões de carbono e promover fontes renováveis de energia, também está impactando a indústria de petróleo e gás.
No entanto, os projetos no pré-sal, como o Campo de Tupi, têm mostrado ser mais eficientes em termos de emissões de carbono quando comparados à média mundial.
Tabita Loureiro destaca que as emissões dos contratos de partilha de produção em 2024 ficaram em torno de 60% da média mundial
Além disso, o setor de petróleo e gás no Brasil responde por menos de 2% das emissões nacionais, colocando o país em uma posição favorável no contexto da transição energética.
O Brasil ainda possui uma matriz energética considerada uma das mais limpas do mundo, com quase 50% de sua energia proveniente de fontes renováveis.
A presidente da PPSA também ressalta que a exploração do pré-sal e a produção de petróleo no Brasil têm contribuído para a segurança energética do país, permitindo a autossuficiência e evitando a necessidade de importação de petróleo mais poluente.