Rodovia prometida há mais de cinco décadas para conectar a capital paulista ao litoral sul, permanece apenas no papel. O projeto, que visa desafogar o Sistema Anchieta-Imigrantes e impulsionar o desenvolvimento da região, teve seu estudo de viabilidade retomado em 2024 pelo DER, mas não apresentou avanços significativos.
A rodovia SP-040, também conhecida como Parelheiros-Itanhaém, continua sendo apenas um projeto no papel, mesmo após mais de cinco décadas de discussões e promessas.
A via, que permitiria a conexão entre a capital paulista e o litoral sul em apenas 30 minutos, enfrenta imes burocráticos e falta de investimentos.
De acordo com o portal Diário do Litoral, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informou que retomaria os estudos de viabilidade da rodovia.
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Contudo, sete meses depois, nenhum avanço concreto foi registrado, e o Governo do Estado apenas declarou que avalia “alternativas para aprimorar a mobilidade”.
Um projeto que nunca saiu do papel
A estrada, com apenas 15 quilômetros de extensão, poderia revolucionar o transporte entre São Paulo e a Baixada Santista, reduzindo os congestionamentos no Sistema Anchieta-Imigrantes.
O projeto inicial foi aprovado há 35 anos pela Assembleia Legislativa, e até empreiteiras demonstraram interesse na construção, mas a obra nunca teve início.
A Secretaria de Estado de Parcerias em Investimentos (SPI) afirmou em nota que os estudos anteriores do DER seguem em análise.
O prefeito de Itanhaém, Tiago Rodrigo Cervantes (Republicanos), ressaltou que “o o entre a Baixada Santista e o Planalto é um dos maiores gargalos da nossa Região Metropolitana”.
Segundo ele, a rodovia traria melhorias significativas na mobilidade, segurança e economia local.
Impacto econômico e logístico
A rodovia fortaleceria o turismo e impulsionaria a economia da região, interligando áreas de crescimento acelerado da capital paulista com o litoral sul.
Além disso, cidades do Vale do Ribeira, como Itariri e Pedro de Toledo, também seriam beneficiadas, reduzindo os custos logísticos para escoamento de produtos agrícolas até a Ceagesp, a maior central atacadista de alimentos in natura da América do Sul.
Atualmente, os moradores dessas regiões percorrem até 170 quilômetros para ar a capital paulista, um trajeto que seria reduzido pela metade com a construção da rodovia.
No entanto, o DER informou que “o foco no momento está na terceira faixa da Rodovia dos Imigrantes”, deixando a SP-040 novamente em segundo plano.
Uma luta que dura décadas
O debate sobre a necessidade da rodovia SP-040 vem desde os anos 1970, quando um grande ato político reuniu lideranças e moradores no antigo Cine Castro, em Itanhaém.
Em 1994, o deputado Erasmo Dias apresentou um projeto autorizando a construção da rodovia, que foi aprovado e convertido em lei estadual pelo então governador Mário Covas.
Dias justificou a obra afirmando que “a ligação entre o Planalto e o Litoral Paulista é uma necessidade imperiosa, já que o complexo Anchieta-Imigrantes está saturado”.
O projeto previa concessão para a iniciativa privada, mas até hoje nenhuma licitação foi realizada.
Empreiteira já demonstrou interesse
Em 2012, a Contern Construções e Comércio Ltda manifestou interesse em construir e operar a rodovia, inicialmente chamada de Nova Imigrantes.
Posteriormente, cogitou-se nomeá-la em homenagem ao ex-presidente João Goulart, mas o projeto não avançou.
O traçado da SP-040 deveria atravessar os vales dos rios Aguapeú, Branco e Branquinho, conectando-se à Rodovia Padre Manuel da Nóbrega em Itanhaém e seguindo pela Estrada Rural Coronel Joaquim Branco até a Serra do Mar.
O percurso aria próximo à Terra Indígena do Rio Branco e à estação de tratamento da Sabesp.
Futuro incerto
Mesmo com a história de abandono, especialistas reforçam a necessidade da rodovia.
Além de atender a demanda crescente da região, ela serviria como rota alternativa para caminhões vindos do Paraná, do oeste paulista e do Mato Grosso do Sul com destino ao Porto de Santos.
A construção da SP-040 ainda não tem previsão de avanço. Enquanto isso, motoristas continuam enfrentando congestionamentos crônicos e um transporte ineficiente entre a capital e o litoral.
A pergunta que fica é: até quando o projeto seguirá esquecido?
O fator mais complicado é o enorme impacto ambiental que a rodovia pode causar em Parelheiros na capital Paulista e na,serra do mar, em região de preservação ambiental. Pra ser concretizada precisa de um projeto ambicioso e muito bem executado para equacionar todas as questões envolvidas.
O editor colocou o nome errado na placa “Itanhêm”. Também se esqueceu de borrar as placas em idioma asiático. Sim, é irrelevante, mas é somente uma observação.
Por questões dessa natureza é que o país continua nesse atraso, não procuram por soluções e sim por desculpas para não finalizar projetos que poderiam elevar o país a outro patamar