As multinacionais General Motors, Yamaha, Chevrolet, Volkswagen e Fiat tratam o ocorrido como uma suspensão, e não um encerramento definitivo da produção no Brasil
Após a saída da montadora Ford do Brasil, a crise global de suprimentos e a pandemia fizeram inúmeras fábricas de automóveis, como Chevrolet, Honda, Audi (Volkswagen), Scania, Volvo, Mercedes-Benz, Renault, Nissan, Fiat e Yamaha suspenderem produção de veículos. Agora o caos chegou, também, até a montadora General Motors e a indústria automotiva do país pode entrar em colapso.
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Ontem (25/05), a multinacional General Motors (GM) comunicou, a seus funcionários, que vai interromper completamente a produção de veículos da fábrica no ABC paulista (SP). Segundo a montadora, o motivo se deve em razão da falta de peças e adequação das linhas de montagem para a produção de uma nova picape.
Na próxima segunda (01/06), a General Motors vai suspender a jornada de produção noturna, com exceção dos setores de funilaria e pintura. Hoje, 26, os funcionários da GM em São Caetano votam, de forma online, a proposta negociada com o sindicato de suspensão dos contratos de trabalho.
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General Motors suspende por 6 semanas produção de veículos da fábrica do ABC Paulista (SP)
General Motors informou, também, que o início da paralisação total da fábrica do ABC Paulista está previsto para acontecer no próximo dia 21, em que a produção ficará suspensa por seis semanas e os trabalhadores irão retornar apenas no dia 2 de agosto.
De acordo com a GM, a paralisação é necessária diante dos impactos da pandemia na cadeia de suprimentos e o objetivo de manter os empregos. A montadora também confirma que a adaptação da fábrica para a produção da nova picape, prevista no plano de investimentos de R$ 10 bilhões, também afeta temporariamente a produção.
O segundo turno de produção na fábrica de São José dos Campos, no interior de São Paulo, foi retomada pela GM no último dia 10. É nesta fábrica que são montadas a picape S10 e o utilitário esportivo TrailBlazer.
Ja a fábrica de Gravataí (RS), onde é fabricado o Onix, carro mais vendido do Brasil, segue desde março com a produção parada, por falta de componentes. O retorno dos trabalhadores do complexo, que estava previsto para o início de julho, foi adiado para 19 de julho, conforme informa o sindicato local.
A multinacional GM disse, por meio de nota, que vem trabalhando com fornecedores para retomar a produção em Gravataí “o mais rápido possível”.
Ford Motor ´torrou` 61 bilhões de reais ao decidir fechar fábricas, interromper produção de veículos e largar o Brasil. As multinacionais Volkswagen, GM e Toyota também acumulam prejuízos bilionários no país
Ford Motor acumulou um prejuízo de R$ 61 bilhões em operação brasileira. Os valores consideram os últimos anos e o montante deverá ser pago para encerrar as atividades em três fábricas instaladas no Brasil. O montante foi revelado pela agência Reuters. Para se ter uma ideia, a americana torrou o equivalente a 610 mil EcoSport Titanium 1.5 AT 2021.
Ainda segundo a Reuters, pelo menos outras três montadoras acumulam prejuízos bilionários no Brasil: “A Volkswagen Brasil acumula prejuízo de US$ 3,7 bilhões (R$ 19,5 bilhões) desde 2011, de acordo com os registros da Jucesp. A GM Brasil recebeu US$ 2,2 bilhões (R$ 11,6 bilhões) em injeções de dinheiro desde 2016, e a Toyota Brasil, no ano ado, recebeu perdão para US$ 1 bilhão (R$ 5,3 bilhões) em dívidas com a matriz, mostraram os documentos”.
Após Volkswagen, Ford, Honda, Audi e Volvo, a Renault anuncia o encerramento da produção de motores a combustão, a gasolina e a diesel para focar nos carros elétricos e híbridos
Gigantes da indústria automotiva, como Volkswagen, Ford, Honda e Volvo anunciaram que já pararam ou vão parar o desenvolvimento e a produção dos motores a combustão a gasolina e a diesel. Agora chegou a vez da montadora sa Renault focar nos carros elétricos. Luca de Meo, chefão da Renault — multinacional fabricante dos carros Kwid, Logan, Duster e Sandero, confirmou ao mercado que vai apenas atualizar os motores a combustão que já existem, adaptando-os às novas normas de emissões até ao final do seu ciclo de vida.
A decião da montadora sa Renault vai ao encontro do que tem sido anunciado por algumas fabricantes de automóveis e alguns países, como a Alemanha e Reino Unido.
As regras relacionadas às emissões de carbono estão cada vez mais estreitas, não deixando muita opção aos fabricantes de veículos com motores a combustão, a gasolina e a diesel, e as montadoras correm para se enquadrar a esta realidade emergente do mercado em adquirir veículos híbridos ou elétricos.
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