Apple e Synchron desenvolvem tecnologia que permite controlar iPhones com a mente por meio de sinais cerebrais em tempo real

Entenda como a Apple avança no uso de implantes cerebrais para ampliar a ibilidade de seus dispositivos a pessoas com deficiência motora desde 2023

A Apple iniciou, em 2023, o desenvolvimento de uma tecnologia que permite controlar iPhones com a mente, por meio de sinais cerebrais captados por implantes da startup Synchron. Segundo informações, a proposta é viabilizar o uso de dispositivos da Apple por pessoas com mobilidade reduzida, sem depender de comandos manuais ou de voz. Essa solução foi testada em indivíduos com esclerose lateral amiotrófica (ELA) e outras condições clínicas, demonstrando potencial para aplicação prática em cenários específicos de ibilidade. Com isso, a empresa busca ampliar os recursos assistivos de produtos como iPhones, iPads e o headset Vision Pro, respeitando limites técnicos e regulatórios em desenvolvimento.

Como o implante transforma sinais cerebrais em comandos digitais

O dispositivo Stentrode é implantado em uma veia próxima ao córtex motor cerebral e capta impulsos nervosos por meio de eletrodos. Esses sinais são decodificados por um sistema digital, que traduz os impulsos cerebrais em comandos básicos, como navegação por menus ou seleção de ícones. Segundo especialistas, essa tecnologia não substitui todas as funções tradicionais, mas pode melhorar significativamente a experiência de pessoas com limitações motoras severas. Portanto, seu impacto prático depende da integração com softwares de ibilidade como o “Controle por Interruptor”, já utilizado nos sistemas da Apple.

Como a Apple está integrando essa tecnologia ao seu ecossistema

Desde o segundo semestre de 2023, conforme noticiado pelo The Wall Street Journal, a Apple iniciou atualizações em seus sistemas operacionais para incluir e a comandos neurais. iOS, iPadOS e visionOS receberam melhorias no “Controle por Interruptor”, permitindo que sinais captados pelo Stentrode substituam ações físicas em determinadas funções. Ainda segundo o Estadão, esse e busca complementar tecnologias já existentes, e não substituir os métodos tradicionais de controle como toque ou voz. Além disso, a Apple anunciou que lançará, até o fim de 2025, um padrão de software para que desenvolvedores possam criar recursos compatíveis com implantes cerebrais. Essa medida, conforme divulgado pelo Olhar Digital, faz parte de uma política de ampliação de recursos assistivos e segue diretrizes regulatórias e de privacidade.

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O que dizem os testes clínicos já realizados

Desde 2019, segundo o portal eWeek, a Synchron testou o Stentrode em dez pacientes como parte de estudos clínicos monitorados. Entre os casos mais conhecidos está o de Mark Jackson, diagnosticado com ELA, que utilizou a tecnologia para ar dispositivos da Apple e realizar comandos simples. De acordo com o The Wall Street Journal, ele navegou por conteúdos no Vision Pro, com assistência técnica e sob acompanhamento médico. Embora os testes tenham mostrado bons resultados em ambientes controlados, os pesquisadores alertam que a velocidade e precisão ainda são inferiores às formas convencionais de interação. Portanto, a tecnologia está em fase inicial de aplicação e depende de mais validações clínicas e regulatórias para uso amplo.

Avanços esperados no uso de implantes para controlar iPhones com a mente até 2030

Especialistas entrevistados afirmam que os avanços esperados até 2030 incluem maior precisão na leitura dos sinais neurais e respostas mais rápidas do sistema. Além disso, a expectativa é que a tecnologia seja submetida a processos de aprovação na FDA, nos Estados Unidos, o que pode permitir sua liberação comercial futura. Entretanto, os executivos da Apple reforçaram, em maio de 2025, ao Olhar Digital, que a tecnologia ainda é experimental e está sendo desenvolvida com cautela. O foco atual está em garantir segurança, privacidade e compatibilidade com os recursos existentes, sempre respeitando os limites de cada paciente. Assim, embora promissora, a inovação depende de avanço técnico e da aprovação de órgãos reguladores para sua adoção em larga escala.

Controle mental de iPhones e o impacto dessa tecnologia no futuro da ibilidade digital

Conforme análise, a tecnologia de controle neural oferece uma possibilidade concreta de inclusão digital para pessoas com deficiências motoras graves. A proposta não é substituir métodos tradicionais, mas ampliar o repertório de opções assistivas disponíveis nos dispositivos da Apple. Segundo especialistas consultados pelo eWeek, a iniciativa mostra que grandes empresas podem contribuir com soluções voltadas a necessidades reais de ibilidade, desde que com responsabilidade. A parceria com a Synchron representa uma estratégia de longo prazo para criar um ecossistema mais inclusivo, com base em dados clínicos e compatibilidade regulatória. Dessa forma, controlar iPhones com a mente está sendo tratado como uma possibilidade técnica, e não como uma promessa imediata de mercado.