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Árabes investem R$ 15 bilhões para transformar planta brasileira em combustível verde e revolucionar o mercado com diesel sustentável e SAF feitos de macaúba

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 12/01/2025 às 11:03
Árabes investem R$ 15 bilhões para transformar planta brasileira em combustível verde
Árabes investem R$ 15 bilhões para transformar planta brasileira em combustível verde

Árabes investem R$ 15 bilhões para transformar planta brasileira em combustível verde. A planta em questão é a Macaúba, que pode gerar um combustível sustentável de aviação (SAF) – até 7 vezes mais rentável.

Árabes investem R$ 15 bilhões para transformar planta brasileira em combustível: A macaúba, uma planta nativa das regiões tropicais do Brasil, está emergindo como protagonista na produção de combustíveis verdes. Também conhecida como bocaiúva e coco-babão, a planta atraiu a atenção de investidores árabes, que anunciaram um aporte de impressionantes R$ 15 bilhões em projetos voltados para a produção em larga escala de diesel verde e combustível sustentável de aviação (SAF). Essa iniciativa coloca a macaúba no centro das atenções globais, não apenas pelo seu potencial energético, mas também pela contribuição para a redução de emissões de carbono e a promoção de uma economia mais sustentável. Além disso, o projeto visa impulsionar a cadeia produtiva local, beneficiando comunidades agrícolas e promovendo o desenvolvimento econômico nas regiões onde a planta é cultivada.

Entenda o potencial da macaúba no setor de combustível verde SAF

A Acelen Renováveis, empresa controlada pelo Fundo Mubadala dos Emirados Árabes Unidos, começou a construção de uma fábrica de SAF em Mataripe, na Bahia. Árabes investem R$ 15 bilhões para transformar planta brasileira em combustível e a escolha do local se deve à sua alta produtividade e ausência de restrições ambientais, ocupando áreas de pastagens degradadas.

A macaúba apresenta rendimento de óleo por hectare até sete vezes maior que a soja, a principal commodity agrícola do Brasil. Além disso, ela oferece múltiplas utilidades, desde o consumo humano até a produção de biochar, beneficiando o solo com o sequestro de carbono.

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A macaúba tem um potencial para rivalizar com a soja futuramente em um cenário de demanda crescente por óleo vegetal, uma nova fonte sustentável que o mercado está preparado para absorver. Além da produção de combustível verde SAF, a planta pode oferecer óleo para indústrias químicas e cosméticas.

Árabes investem R$ 15 bilhões para transformar planta brasileira em combustível, contudo, enquanto 200 mil hectares de macaúba não entram em produção, a Acelen utilizará óleo de soja pra manter suas operações. Em 2026, a biorrefinaria produzirá o equivalente a 20 mil barris diários de SAF ou combustível verde, suficientes para mais de um milhão de veículos por ano.

Outras iniciativas da Acelen para a domesticação da macaúba

O projeto da Acelen espera movimentar R$ 87 bilhões e criar 90 mil empregos. Cerca de 20% do cultivo será da agricultura familiar, trazendo renda significativa para pequenas propriedades, uma iniciativa que também visa transformar pastagens degradadas em florestas de bioenergia, capturando créditos de carbono.

A Acelen e Embrapa fecharam um acordo para domesticação da macaúba, visando selecionar geneticamente as melhores espécies para produção de óleo e bioprodutos. Mesmo não domesticada, a planta já produz mais óleo que a palma, mostrando seu grande potencial e o porquê os árabes investem R$ 15 bilhões para transformar planta brasileira em combustível verde.

Com a domesticação, a expectativa é aumentar ainda mais a eficiência da produção. Desta forma, o projeto não só impulsionará a economia, mas também trará melhorias significativas, ambientais e sociais para as regiões envolvidas.

Combustível verde SAF vem recebendo outros estudos

Os árabes investem R$ 15 bilhões para transformar planta brasileira em combustível, porém, não só a Macaúba vem ganhando destaque nessa área. Pesquisadores do laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR) do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), descobriram que o combustível sustentável feito do óleo microbiano derivado da cana-de-açúcar tem potencial de substituir o querosene e, desta forma, reduzir em mais de 50% as emissões de gases estufa da aviação.

O estudo, publicado na revista científica Bioresource Technology, analisou a conversão do óleo microbiano em combustível sustentável de aviação (SAF) por meio de uma tecnologia de hidroprocessamento de ésteres e ácidos graxos (HEFA), a mesma utilizada na produção de biodiesel.

A cana já é utilizada para a produção do etanol hoje, substituindo a gasolina e reduzindo as emissões veiculares. Desta forma, esta é uma alternativa ao querosene de aviação, que seria um composto químico semelhante, mas que traz menos emissões de gases de efeito estufa.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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