OCDE revela uma previsão bombástica para a economia da Argentina, com crescimento de 5,7% em 2025! Isso coloca o país à frente do Brasil, que viu suas estimativas caírem. O que está por trás desse aumento impressionante?
A economia da Argentina está se destacando, e um estudo recente da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) trouxe uma projeção inesperada: o país vizinho ao Brasil deverá crescer mais em 2025 do que o gigante sul-americano.
Com uma previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,7% para o ano de 2025, a Argentina surge como uma das economias mais promissoras da América Latina para o próximo período, superando as expectativas anteriores.
No início de setembro de 2024, a OCDE havia estimado um crescimento de apenas 3,9%, mas a revisão aponta para um cenário muito mais favorável para os argentinos.
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O que está impulsionando o crescimento da economia argentina?
O surpreendente crescimento da Argentina se dá em grande parte após dois anos consecutivos de recessão, com a economia do país enfrentando sérias dificuldades.
No entanto, 2025 promete ser um ano de recuperação acelerada, com setores-chave da economia demonstrando resiliência.
Esse cenário de recuperação está sendo impulsionado por uma combinação de fatores internos e externos, incluindo uma alta no preço das commodities, aumento nas exportações e um possível enfraquecimento de políticas econômicas que limitavam a competitividade do país.
Segundo a OCDE, o crescimento do PIB da Argentina em 2026 deve continuar em uma trajetória positiva, com uma expectativa de 4,8% de expansão.
Esse desempenho se destaca em um cenário global de grande incerteza econômica, principalmente por conta das tensões comerciais envolvendo potências como os Estados Unidos e a China, além da guerra na Ucrânia, que impacta a economia mundial.
Projeções mais baixas para o Brasil
Por outro lado, o Brasil, tradicionalmente uma das maiores economias da América Latina, não está acompanhando o mesmo ritmo de crescimento.
A OCDE revisou suas previsões para o Brasil, diminuindo as expectativas de crescimento do PIB tanto para 2025 quanto para 2026.
Para o ano de 2025, a projeção caiu de 2,3% para 2,1%, enquanto a estimativa para 2026 foi reduzida de 1,9% para 1,4%.
Esses números mais modestos indicam um cenário de crescimento mais lento para o Brasil, que ainda enfrenta desafios internos significativos, como inflação alta, incertezas políticas e uma crise fiscal persistente.
As reformas econômicas necessárias para garantir um crescimento sustentável parecem estar sendo implementadas de forma mais lenta do que o desejado.
Fatores que afetam as projeções para o Brasil
A OCDE aponta diversos fatores que impactam diretamente as projeções de crescimento do Brasil.
Entre eles, destacam-se as políticas tarifárias e protecionistas implementadas pelos Estados Unidos, que têm gerado tensões comerciais em várias partes do mundo.
A instabilidade externa, associada a incertezas internas, cria um ambiente econômico desafiador para o Brasil.
Além disso, a inflação ainda permanece elevada, o que prejudica o poder de compra das famílias e limita o crescimento do consumo, um dos principais motores da economia.
Outro ponto que merece destaque é a necessidade de reformas estruturais no Brasil.
O país precisa avançar em áreas como a reforma tributária e a reforma istrativa, além de investir em melhorias no ambiente de negócios.
A falta de confiança no setor público e as dificuldades para atrair investimentos estrangeiros também são questões que precisam ser resolvidas para que o Brasil consiga recuperar seu crescimento de forma mais consistente.
O impacto das políticas protecionistas dos EUA
De acordo com especialistas da OCDE, as políticas protecionistas adotadas pelos Estados Unidos têm afetado a economia global de maneiras complexas, com um impacto significativo sobre as economias emergentes, incluindo Brasil e Argentina.
O protecionismo norte-americano, caracterizado por tarifas elevadas sobre produtos importados e uma política externa focada em interesses internos, tem dificultado a competitividade das economias latino-americanas no comércio internacional.
A Argentina, no entanto, parece estar lidando melhor com esse ambiente devido a uma maior diversificação de seus parceiros comerciais, enquanto o Brasil ainda depende em grande parte das relações comerciais com os Estados Unidos.
Além disso, a guerra comercial entre os EUA e a China tem alterado as cadeias globais de fornecimento e afetado os preços das commodities.
Enquanto a Argentina se beneficia de uma alta nos preços das suas exportações agrícolas, especialmente da soja e do trigo, o Brasil tem enfrentado uma competição mais acirrada nos mercados internacionais, o que tem limitado seu crescimento.
Como a Argentina está se preparando para o futuro?
Embora a recuperação da economia argentina seja promissora, o país ainda enfrenta desafios significativos, como uma inflação galopante e um alto nível de endividamento externo.
As reformas fiscais e estruturais necessárias para garantir uma recuperação sustentável estão em andamento, mas o sucesso dessas medidas ainda está em dúvida.
No entanto, a projeção de crescimento da OCDE para 2025 é um sinal de otimismo, e muitos analistas acreditam que, se a Argentina conseguir consolidar sua recuperação econômica, o país pode alcançar um patamar de crescimento mais saudável nos próximos anos.
O que esperar de 2025?
Com base nas previsões da OCDE, 2025 será um ano de contrastes econômicos na América Latina.
A Argentina, após um período de recessão, está projetando um crescimento robusto, com uma expansão do PIB de 5,7%, superando as expectativas de crescimento do Brasil, que, por sua vez, tem suas projeções de crescimento reduzidas.
A economia brasileira ainda precisa lidar com uma série de desafios internos e externos que limitam seu crescimento, enquanto a Argentina, embora longe de uma recuperação plena, parece estar em um caminho ascendente.
A dinâmica econômica entre os dois países seguirá com muitos altos e baixos, mas com um cenário de disputa acirrada pela liderança econômica da região.
O impacto das políticas internas de ambos os países, bem como os efeitos das tensões globais, serão fundamentais para determinar se esses prognósticos se concretizarão ou se a realidade será ainda mais imprevisível nos próximos anos.