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Milei surpreende com primeira privatização: IMPSA é vendida a empresa americana por R$ 164 milhões, gerando debates e expectativas sobre o futuro da economia argentina

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 17/01/2025 às 09:52
Milei surpreende com primeira privatização IMPSA é vendida a empresa americana
Foto: Facebook/ Javier Milei

Privatização histórica no governo da Argentina: Milei vende a IMPSA para empresa dos EUA por R$ 164 milhões, gerando polêmica e expectativas sobre o impacto na economia da Argentina e futuras reformas.

O governo da Argentina, sob a liderança de Javier Milei, anunciou sua primeira grande privatização: a venda da IMPSA para a empresa dos EUA ARC Energy por R$ 164 milhões. A transação, que inclui a aquisição de 84,9% das ações controladas pelo Estado e pela província de Mendoza, marca o início da agenda econômica liberal de Milei. Vamos entender como essa decisão impacta a economia argentina e o futuro da empresa.

O que é a IMPSA e por que o governo da Argentina decidiu vender para a empresa dos EUA?

Fundada em 1907 pela família Pescarmona, a IMPSA é uma das principais empresas metalúrgicas e energéticas da Argentina, com forte atuação em projetos de energia hidrelétrica, parques eólicos e energia nuclear.

Apesar de sua relevância no setor, a empresa enfrentou anos de crise financeira, agravados por contratos problemáticos no Brasil e na Venezuela, levando à estatização em 2021, durante o governo de Alberto Fernández.

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Agora, sob o comando de Javier Milei, a IMPSA está sendo privatizada como parte de uma estratégia para atrair investimentos internacionais e revitalizar a economia. A venda foi realizada por R$ 164 milhões, com a ARC Energy também assumindo uma dívida de US$ 576 milhões (cerca de R$ 3,5 bilhões).

A venda para a ARC Energy

A empresa americana ARC Energy, sediada na Louisiana, foi a única a apresentar uma proposta para adquirir a IMPSA. Apesar disso, o governo e a província de Mendoza exigiram ajustes na oferta inicial antes de aprová-la.

A transação inclui um aporte imediato de US$ 7 milhões (R$ 42,7 milhões), com o restante do valor sendo desembolsado ao longo de 2025. A ARC Energy também se comprometeu a investir em contratos estratégicos e manter os 660 funcionários da sede em Mendoza.

O que significa a privatização para a Argentina?

A venda da IMPSA sinaliza o início de uma série de mudanças econômicas prometidas por Javier Milei, que busca reduzir o papel do Estado na economia e atrair capital estrangeiro. Essa privatização também ocorre em um momento em que Milei fortalece laços com os Estados Unidos, evidenciado por sua recente viagem para participar da posse de Donald Trump.

Para a Argentina, o objetivo é não apenas salvar a IMPSA, mas também posicioná-la no mercado global sob uma gestão mais eficiente. A ARC Energy planeja expandir operações, com destaque para a substituição de gruas chinesas em portos americanos, uma medida que pode ganhar força com o retorno de Trump ao poder.

Os desafios e oportunidades da venda

Embora a privatização da IMPSA traga esperanças de um futuro mais promissor, o processo enfrenta alguns desafios. A transferência de ações, prevista para fevereiro, depende da renegociação da dívida da empresa e da concordância de credores como o Banco Nación e o BID. Os contratos existentes com o Ministério da Defesa e a estatal YPF precisam ser revisados para garantir a viabilidade financeira da empresa.

Por outro lado, a ARC Energy vê uma oportunidade de transformar a IMPSA em uma parceira estratégica nos Estados Unidos, explorando o mercado de energia renovável e infraestrutura. A revitalização da IMPSA também pode atrair mais investidores internacionais, um o crucial para a recuperação econômica da Argentina.

Uma nova era para a economia Argentina?

A privatização da IMPSA reflete a visão de Milei para o futuro econômico da Argentina: um modelo mais liberal, com menos intervenção estatal e maior abertura ao mercado externo. No entanto, essa abordagem é controversa, especialmente em um país onde as privatizações do ado nem sempre foram bem-sucedidas.

A decisão também traz implicações políticas, já que reforça os laços de Milei com os Estados Unidos e Donald Trump. Para muitos, a venda da IMPSA é um teste para a agenda econômica do governo e um indicador de como outras privatizações podem ser conduzidas no futuro.

Com a venda da IMPSA, o governo da Argentina busca mostrar ao mundo que está aberto a negócios e disposto a implementar reformas econômicas profundas. A ARC Energy, por sua vez, tem a missão de revitalizar uma empresa histórica e explorar novos mercados.

Se a privatização será um sucesso ou não, só o tempo dirá. Mas uma coisa é certa: a venda da IMPSA marca o início de uma nova era econômica para a Argentina, uma era que promete mudanças, desafios e, quem sabe, novas oportunidades para o país no cenário global.

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Idvani Monte Verde de Noronha
Idvani Monte Verde de Noronha
17/01/2025 13:38

Milei está no caminho certo . A quadrilha anterior dilapidou o país, como toda quadrilha comunista, populista. Agora, um homem honesto vai levar o seu povo ao bem estar social devido…diferente do daqui, que já dilacerou NOVAMENTE o Brasil!!!

Toledo
Toledo
Em resposta a  Idvani Monte Verde de Noronha
17/01/2025 13:51

Aqui no Brasil, privatizar estatal como o Correios não é bem vindo, uma vez que evitaria a roubalheira **** com 800 ministério para defragar a corrupção em todos setores possíveis

Jamie Lawson
Jamie Lawson
Em resposta a  Toledo
17/01/2025 15:16

Uma vez que cidades do interiores teriam fechadas suas agências.

Pedro Sérgio de Freitas Melo
Pedro Sérgio de Freitas Melo
Em resposta a  Jamie Lawson
17/01/2025 15:42

Mesmo argumentos que usaram na privatização da Telebrás. Kkkk 🤪

Tiago
Tiago
Em resposta a  Idvani Monte Verde de Noronha
19/01/2025 01:50

Sou socialista, o governo anterior da Argentina não era comunista, mas sim peronista, o peronismo é uma ideologia muito estranha e extremista, em resumo diz que os trabalhadores e patrões devem se unir para o desenvolvimento da nação, o governo anterior não fez um bom governo na Argentina, o país está com uma hiperinflação e a taxa de pobreza era muito elevada quando o presidente anterior deixou o cargo.
Milei também é muito polêmico, diz coisas que não são corretas, como dizer que o marxismo e o keynezianismo é a mesma coisa, ele como economista precisa diferenciar bem as escolas.
Não votaria nele se fosse argentino, mas desejo que ele faça um bom governo, até porquê ele precisa melhorar a economia da Argentina que está em uma situação muito crítica,.
O governo anterior tinha a minia de estatizar empresas que surgiram privadas, isso é um absurdo, a empresa que surge privada deve permanecer privada, sou afavor da privatização desta empresa pelo Milei.
Sobre os correios não sou afavor de uma privatização, os concursos permitem oportunidades de empregos aos que não foram contratados pela iniciativa privada que em muitos casos realizam processos de seleção injustos, além disso, o dinheiro público retorna para o privado, por exemplo, alguém paga uma taxa para colocar uma mercadoria no correio, parte desta taxa é utilizada para pagar o salário do carteiro, que realizará compras no súper mercado, o súper mercado contratará mais funcionários, ocorre o multiplicador defendido por Keynes.
Além disso, o Brasil não está na situação da Argentina, que está endividada com o FMI, aliás, nenhum país da américa do sul está em situação econômica tão grave, só a Venezuela enfrenta desafios econômicos como a Argentina.

Como eu disse no início do meu comentário, sou de esquerda, mas entendo que existem opiniões diferentes das minhas.
De qualquer forma, a privatização desta empresa na Argentina era necessária e é um absurdo esta ideia dos governos peronistas de estatizar empresas que nasceram privadas.

Vitor
Vitor
Em resposta a  Tiago
19/01/2025 02:16

O peronismo estatizou empresas que eram privadas, assim como o comunismo/socialismo fizeram outros regimes, vídeo Venezuela.
Os **** de apartamento gostam de chamar o comunismo prático fracassado de qualquer coisa, menos de comunismo. Defendem um comunismo lúdico que só existe na cabeça deles, que nunca existiu em lugar nenhum e que nunca existirá. Comunismo existe na prática e é essa **** aí mesmo que a gente vê.

Antonio
Antonio
19/01/2025 21:49

Setores estratégicos e essenciais à coletividade como energia elétrica; telefonia; transportes; combustíveis e água, não deveriam ser privatizados, pois, a concorrência estatal pública é o único meio que o Poder Público tem para garantir o controle da Inflação e evitar a ameaça da hiperinflação induzida pelo Anarcocapitalismo privado, destruidor de Economias. E, não tráz nenhum retorno lucrativo para a União, destinado à outras finalidades essenciais à Sociedade. Liberdade econômica, que acaba sendo prejudicial ao Desenvolvimento coletivo.

Débora Araújo

Escrevo sobre energias renováveis, automóveis, ciência e tecnologia, indústria e as principais tendências do mercado de trabalho. Com um olhar atento às evoluções globais e atualizações diárias, dedico-me a compartilhar sempre informações relevantes.

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