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Armazenar energia no Brasil é possível: entenda a tecnologia que pode equilibrar o sistema elétrico

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 10/04/2025 às 18:12
ARMAZENAR ENERGIA no Brasil é possível: entenda a tecnologia que pode equilibrar o sistema elétrico
ARMAZENAR ENERGIA no Brasil é possível: entenda a tecnologia que pode equilibrar o sistema elétrico

Entenda a tecnologia que promete revolucionar o setor e veja como ela já funciona em outros países

Imagina se seu carregador de celular só funcionasse durante o dia, e à noite justo quando você mais precisa ele fosse inútil. Absurdo, né? Pois é exatamente isso que acontece com o sistema elétrico brasileiro quando falamos de energia solar e eólica. Essas fontes são limpas, renováveis e super bem-vindas, mas têm um porém: nem sempre geram energia quando a gente mais precisa. Saiba mais sobre como ARMAZENAR ENERGIA.

A solução pra esse pepino energético já existe, já é usada no mundo todo, e atende pelo nome de usina hidrelétrica reversível. Sim, o segredo para ARMAZENAR ENERGIA no Brasil já está pronto, testado e aprovado. Só falta mesmo colocar pra rodar por aqui.

ARMAZENAR ENERGIA: O ime energético brasileiro explicado de forma simples

Durante décadas, o Brasil confiou quase que cegamente nas hidrelétricas tradicionais. Elas eram o coração da nossa matriz energética. Mas aí chegou a era da energia solar, da energia eólica, e de uma diversificação que, embora seja ótima, trouxe um novo desafio: essas fontes são intermitentes.

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Quando o sol se põe, a energia solar desaparece. O problema é que esse é exatamente o horário em que a demanda por energia explode o famoso “horário de ponta”, no início da noite. Sem luz solar, sem vento e com um consumo lá em cima, o sistema precisa recorrer a fontes emergenciais e caras para dar conta do recado. É aí que mora o risco de instabilidade e até apagões.

A tecnologia para ARMAZENAR ENERGIA que já funciona em vários países

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As usinas hidrelétricas reversíveis são, basicamente, grandes baterias de água. Quando há sobra de eletricidade geralmente de madrugada elas usam essa energia para bombear água de um reservatório inferior para um superior. Nesse momento, elas estão “carregando a bateria”.

Mais tarde, quando a demanda aumenta e o sistema precisa de reforço, essa água desce de volta, gira turbinas e gera eletricidade para a rede. Tudo isso com alta precisão e flexibilidade.

E não, elas não são invenção nova. Países como China, Japão e Estados Unidos já usam essa tecnologia para estabilizar suas redes e garantir que a energia renovável funcione de verdade, mesmo fora do “horário útil”.

Oportunidades, obstáculos e por que ainda não temos uma usina dessas no Brasil

Se a ideia é tão boa, por que o Brasil ainda não construiu uma? A resposta, infelizmente, tem vários lados. O primeiro é regulatório: ainda não temos uma legislação clara que reconheça e viabilize essas usinas. Apesar de avanços em consultas públicas da ANEEL, o cenário ainda é confuso.

O segundo desafio é o financeiro. Essas usinas exigem um investimento inicial alto mas compensado depois pelo ganho de estabilidade na rede e economia em outras fontes mais caras. E o terceiro obstáculo é técnico: encontrar o local ideal exige planejamento, engenharia e estrutura. Ainda assim, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) já mapeou dezenas de locais com potencial no Brasil.

Por fim, temos o desafio socioambiental. Como qualquer obra de infraestrutura, a construção dessas usinas pode gerar impactos. Mas aí entra a escolha do modelo certo o que nos leva ao próximo ponto.

Três tipos de usinas reversíveis e como elas impactam menos o meio ambiente

Existem três arranjos principais de usinas hidrelétricas reversíveis. O ciclo fechado usa dois reservatórios artificiais, sem ligação com rios, e é o que causa menos impacto ambiental. Ideal pra áreas onde se quer preservar ao máximo a natureza.

O ciclo aberto, por outro lado, usa rios ou lagos naturais. É mais barato, mas exige gestão rigorosa da água e análise de impacto. Já o ciclo semiaberto mistura os dois, usando um reservatório artificial e outro natural, buscando o melhor equilíbrio entre viabilidade técnica e cuidado ambiental.

Cada modelo tem seus prós e contras. O importante é que eles funcionam e funcionam bem desde que implementados com responsabilidade.

E agora, Brasil? O potencial está aí. Falta coragem para tirar do papel

O Brasil tem clima, geografia e demanda crescente por eletricidade. Tem, inclusive, a necessidade urgente de ARMAZENAR ENERGIA de forma eficiente. A solução está pronta. Só falta vontade política, visão de futuro e uma estrutura regulatória que incentive o investimento nesse tipo de projeto.

O bom é que os primeiros os já estão sendo dados. Estudos estão em andamento, o setor está discutindo o tema e o público começa a entender a importância dessa tecnologia.

No fim das contas, ARMAZENAR ENERGIA é mais do que uma questão técnica. É um o essencial para garantir o futuro da ENERGIA no Brasil, principalmente se quisermos continuar crescendo de forma sustentável, aproveitando ao máximo o que as fontes renováveis têm a oferecer.

Pode não parecer, mas estamos falando de algo que muda o jogo: de uma rede instável e cara para um sistema moderno, seguro e eficiente. A pergunta é: o Brasil vai aproveitar essa oportunidade ou vai continuar carregando o celular só quando tiver sol?

Fonte; E4 Energias Renováveis

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Rafaela Fabris

Fala sobre inovação, energia renováveis, petróleo e gás. Com mais de 1.200 artigos publicados no G, atualiza diariamente sobre oportunidades no mercado de trabalho brasileiro. Sugestão de pauta: [email protected]

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