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Arqueólogos encontram na Amazônia vestígios de uma civilização perdida com 2.500 anos e infraestrutura avançada, incluindo estradas interligadas e áreas de habitação

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 24/05/2025 às 10:44
Mistério na Amazônia! Civilização perdida há 2.500 anos é descoberta com estradas avançadas, e arqueólogos ficam chocados com vestígios que reescrevem a história
Foto meramente ilustrativa gerada pro IA

Uma descoberta arqueológica no Equador está reescrevendo a história da Amazônia. Através de tecnologia de ponta, arqueólogos encontraram uma civilização perdida sob a selva amazônica, com mais de 2.500 anos, que construiu cidades interligadas por estradas e revelou um ado urbano e sofisticado onde antes se imaginava apenas selva inóspita.

Por muito tempo, a visão predominante entre os cientistas era de que a Amazônia havia sido habitada, em sua maioria, por pequenos grupos nômades, sem grande estrutura urbana. Essa narrativa, no entanto, vem sendo derrubada por uma série de novas descobertas arqueológicas. A mais impressionante delas foi feita no Vale do Upano, localizado no atual território do Equador, por uma equipe liderada pelo arqueólogo francês Stéphen Rostain, do CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica). Utilizando a avançada tecnologia LiDAR (Light Detection and Ranging), os pesquisadores conseguiram mapear o terreno escondido sob a densa vegetação amazônica — e o que encontraram foi surpreendente.

O que foi descoberto sob a selva amazônica?

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civilização perdida na Amazônia revelou-se por meio de imagens de alta resolução obtidas com o LiDAR, uma técnica que emite pulsos de laser do alto (geralmente por helicópteros ou drones) e mede o retorno desses pulsos para criar um mapa detalhado da superfície do solo — mesmo com densa cobertura florestal.

A análise revelou:

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  • Cinco grandes cidades interconectadas;
  • Dez assentamentos menores;
  • Uma rede de estradas largas e retas com interligações claras;
  • Estruturas residenciaiscerimoniais e hidráulicas;
  • Um sistema de ocupação urbana que cobre mais de 300 km².

Segundo Rostain, essa é a civilização sob a selva amazônica mais complexa já encontrada em território equatoriano, e possivelmente em toda a floresta tropical amazônica.

O urbanismo avançado do Vale do Upano

Ao contrário do que se imaginava, os habitantes do Vale do Upano não viviam isolados ou em pequenas aldeias. Eles formavam um sistema urbano completo, com vias de ligação, zonas cerimoniais, plataformas elevadas e áreas residenciais bem definidas.

“Trata-se de urbanismo, com planejamento e conectividade. As estruturas revelam um domínio do território e organização que nos obriga a repensar o que sabemos sobre o ado da Amazônia”, explica Fernando Mejía, arqueólogo da Pontifícia Universidade Católica do Equador e coautor do estudo.

A importância do LiDAR para a arqueologia amazônica

As escavações tradicionais na Amazônia sempre enfrentaram dificuldades devido à densa vegetação, clima úmido e baixa visibilidade aérea. A chegada do LiDAR à arqueologia tropical revolucionou esse cenário.

A tecnologia usada pelos arqueólogos na descoberta da civilização perdida na Amazônia permitiu a visualização de estruturas invisíveis a olho nu. Isso não apenas acelerou o processo de mapeamento como trouxe uma nova dimensão à pesquisa histórica na região.

Segundo Carla Jaimes Betancourt, arqueóloga da Universidade de Bonn, na Alemanha, “o LiDAR está transformando completamente a compreensão da engenharia urbana pré-colombiana na Amazônia. Estamos apenas arranhando a superfície do que existe escondido sob a floresta.”

Como vivia essa civilização amazônica?

Embora a cultura do Vale do Upano ainda esteja sendo desvendada, os primeiros dados indicam que se tratava de uma sociedade com forte capacidade de organização coletiva. Eles:

  • Construíram plataformas para lidar com inundações;
  • Criaram estradas elevadas para conectar núcleos urbanos;
  • Desenvolveram um sistema de distribuição territorial com zonas de habitação, cultivos e rituais.

As cidades não eram simples agrupamentos de ocas: eram complexos urbanos com geometria e engenharia adaptadas ao meio ambiente.

Comparações com outras civilizações

É natural que, diante de tal descoberta, surjam comparações com civilizações como os maias, os astecas ou mesmo Teotihuacan, no atual México. Contudo, especialistas como Thomas Garrison, da Universidade do Texas em Austin, alertam para a cautela:

“É cedo para comparar diretamente com civilizações muito mais extensas e complexas como os maias. Ainda assim, o fato de encontrarmos esse nível de desenvolvimento urbano em plena Amazônia é extraordinário. Estamos falando de uma civilização complexa e provavelmente mais antiga que muitas conhecidas.”


Uma história que desafia séculos de estereótipos

Por décadas, a narrativa dominante pintou a Amazônia como um território de floresta virgem, inóspito, ocupado por comunidades de subsistência. A descoberta da civilização sob a selva amazônica no Vale do Upano coloca essa narrativa em xeque.

As evidências mostram que a floresta era habitada por milhares de pessoas que transformaram a paisagem, com técnicas agrícolas, obras hidráulicas e planejamento urbano — tudo isso milênios antes da chegada dos europeus.

Essa revisão histórica também valoriza o papel dos povos indígenas na construção da história do continente sul-americano. Segundo Rostain, “não podemos mais ver a Amazônia apenas como natureza intocada; ela foi moldada por mãos humanas por milênios”.

Quantas civilizações perdidas ainda podem existir na Amazônia?

De acordo com Mejía, os achados no Equador representam apenas a “ponta do iceberg”. A Amazônia ainda é um território imenso e pouco explorado por escavações modernas. O potencial para novas descobertas é gigantesco.

Com o uso crescente do LiDAR, acredita-se que muitas outras civilizações perdidas serão reveladas nos próximos anos, seja no Brasil, Peru, Bolívia, Colômbia ou em outras regiões da Bacia Amazônica.

Impacto cultural e político das descobertas

Além de expandir o conhecimento científico, essas descobertas têm implicações políticas e culturais profundas. Elas reforçam o valor arqueológico e histórico da floresta, fortalecendo os argumentos contra o desmatamento e a ocupação predatória.

Preservar a Amazônia é também preservar memórias enterradas de povos que foram capazes de construir sistemas complexos e harmoniosos com o ambiente. A existência dessa civilização perdida na Amazônia reforça a ideia de que é possível viver na floresta sem destruí-la.

O que os próximos anos reservam para a arqueologia amazônica?

A descoberta da civilização sob a selva amazônica foi possível graças a uma combinação de tecnologia, persistência científica e colaboração internacional. Com o avanço do LiDAR e a ampliação de investimentos em pesquisas arqueológicas, é provável que novas culturas, cidades e estruturas monumentais venham à luz em breve.

Projetos já estão sendo desenvolvidos por universidades brasileiras, como a UFPA, UFRJ e USP, em parceria com instituições estrangeiras, para mapear o território amazônico com tecnologias semelhantes.

A floresta esconde histórias milenares

A descoberta de uma civilização perdida na Amazônia, com mais de 2.500 anos e infraestrutura urbana sofisticada, desafia tudo o que se sabia até hoje sobre a história pré-colombiana da América do Sul.

Arqueólogos, com o auxílio de tecnologias modernas como o LiDAR, revelaram não apenas ruínas antigas, mas também um novo olhar sobre o papel da Amazônia como espaço de inovação, complexidade e vida urbana no ado distante.

Essas descobertas não apenas enriquecem a ciência, como também nos convidam a repensar a forma como vemos o ado — e o futuro — da floresta amazônica.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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