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As picapes que ninguém quer: as encalhadas no Brasil que escondem achados surpreendentes e a maioria dos compradores nem sequer olha

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 20/05/2025 às 20:05
Descubra 5 picapes que ninguém quer (ou quase) no mercado de usadas do Brasil. Analisamos modelos esquecidos e se ainda podem valer a pena.
Descubra 5 picapes que ninguém quer (ou quase) no mercado de usadas do Brasil. Analisamos modelos esquecidos e se ainda podem valer a pena.

No Brasil, algumas picapes usadas, mesmo com qualidades, acabam esquecidas. Conheça 5 modelos que estão entre as picapes que ninguém quer, mas podem surpreender.

No mercado de picapes usadas do Brasil, alguns modelos, apesar de suas qualidades, acabam ofuscados pelas opções mais populares. Essas “esquecidas” frequentemente ficam de lado na hora da compra, tornando-se figurinhas raras nas negociações e, por vezes, verdadeiras picapes que ninguém quer aparentemente.

Este artigo explora cinco dessas picapes que, por diferentes motivos, não figuram entre as preferidas dos consumidores brasileiros. Analisaremos seus atributos, problemas e por que acabaram neste “limbo” automotivo, mesmo que algumas possam ser boas opções.

Picapes que ninguém quer: por que alguns modelos são esquecidos?

O mercado de veículos usados é influenciado por diversos fatores, como reputação da marca, custos de manutenção, liquidez e preferência popular. Algumas picapes, mesmo oferecendo bons atributos, não conseguem competir com modelos consolidados e acabam sendo menos lembradas, o que pode afetar seu valor de revenda e a percepção geral do público.

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Esses modelos podem se tornar picapes que ninguém quer devido a um histórico de problemas mecânicos específicos, alto consumo de combustível, design que não agradou ou simplesmente por estarem à sombra de concorrentes com marketing mais agressivo ou uma imagem mais forte no mercado.

Mitsubishi L200 Triton HPE 2014: beleza robusta, pouca procura

A Mitsubishi L200 Triton HPE 2014 é considerada uma das mais bonitas de sua época, com visual robusto, frente alta e o característico “J” dividindo cabine e caçamba. Internamente, oferece acabamento em plástico duro, bom espaço e itens como climatização automática e ajustes elétricos no banco do motorista, mas deve em equipamentos. Seu motor é um 3.2 turbodiesel de 4 cilindros com 180 cavalos e 38 kgf.m de torque, acoplado a um câmbio automático de cinco marchas e tração 4×4 com reduzida.

O desempenho não impressiona, com 0 a 100 km/h em 13 segundos, e o consumo está na média da categoria. Com preço FIPE de R$ 114.605, a L200 Triton 2014 é pouco lembrada perto de uma Toyota Hilux, tornando-se uma das picapes que ninguém quer em comparação direta.

Nissan Frontier SL 2015: força e custo-benefício muitas vezes ignorados

As picapes que ninguém quer as encalhadas no Brasil que escondem achados surpreendentes e a maioria dos compradores nem sequer olha

A Nissan Frontier SL 2015 é descrita como forte e uma opção de excelente custo-benefício no mercado de usados. Possui visual parrudo, linhas quadradas, grade cromada na versão topo de linha e rodas de 18 polegadas. O interior também abusa do plástico duro, e o espaço interno não é um destaque na categoria, mas oferece climatização digital, chave presencial e câmera de ré.

Seu conjunto mecânico é um 2.5 de 4 cilindros turbodiesel, rendendo 190 cavalos e 45,8 kgf.m de torque, com transmissão automática de cinco marchas e tração 4×4 com reduzida. O desempenho é bom, fazendo de 0 a 100 km/h em 11 segundos, próximo a picapes atuais 0km, e seu consumo agrada. Com FIPE de R$ 100.890 para a versão SL topo de linha, é considerada “boa, confiável e barata”.

Chevrolet S10 LTZ Flex 2017 (manual): a potência flex esquecida no ado

A Chevrolet S10 sempre foi a segunda picape média mais vendida, atrás da Hilux. Enquanto as versões a diesel fazem sucesso, as flex decepcionam, com baixíssima procura, especialmente os primeiros modelos manuais. A S10 LTZ Flex 2017 tem frente imponente, faróis com DRL em LED e rodas de 18 polegadas. O interior tem acabamento OK, espaço interno generoso e lista de equipamentos completa, com MyLink e piloto automático.

O motor é um 2.5 de 4 cilindros aspirado flex, entregando 206 cavalos e 27,3 kgf.m de torque, com câmbio manual de seis marchas nos modelos até 2017 (automático a partir de 2018). O desempenho é muito bom (0-100 km/h em 9 segundos), mas o consumo é alto. Com FIPE de R$ 121.352 para a LTZ Flex manual 4×4 2017, é uma das picapes que ninguém quer por ser flex e manual.

Volkswagen Amarok Highline 2016 (2.0 diesel): refinamento com histórico controverso

Mesmo sendo uma das picapes médias mais refinadas, a Volkswagen Amarok Highline 2016 quase desaparece das conversas sobre usadas a diesel. Isso se deve a problemas nos modelos equipados com o motor 2.0 biturbo diesel. Sua aparência é sóbria, com faróis retangulares (podendo ter xenon e LEDs) e rodas de 18, 19 ou 20 polegadas. O interior é cheio de plástico duro, mas o espaço é bom, e a lista de equipamentos inclui ajustes elétricos dos bancos e climatização digital dual zone.

O motor 2.0 de 4 cilindros biturbo diesel gera 180 cavalos e 42,8 kgf.m de torque, com transmissão automática de oito marchas e tração integral permanente 4MOTION. O desempenho é bom para um quatro cilindros (0-100 km/h abaixo de 11 segundos), mas o consumo poderia ser melhor. Com preço FIPE de R$ 110.479, a reputação dos problemas mecânicos afeta sua procura.

Renault Oroch 2.0 2016: a alternativa desprezada no segmento

A Renault Oroch 2.0 de 2016 foi pensada como alternativa entre as picapes médias, mas atualmente é uma das mais esquecidas da categoria. É bem diferente de sua rival Fiat Toro, que vende muito, apesar dos problemas de câmbio nas versões 1.8. O visual da Oroch herda elementos do Duster, com faróis simples, rodas de 16 polegadas e traseira quadradona. O acabamento interno é considerado péssimo, com plástico duro e encaixes malfeitos, espaço interno acanhado e lista de equipamentos básica.

Seu motor é o confiável 2.0 de 4 cilindros aspirado flex, com 148 cavalos e 20,9 kgf.m de torque, e transmissão manual de seis marchas. O desempenho agrada (0-100 km/h em 9,7 segundos) e o consumo é similar às versões 1.6. Com FIPE de R$ 66.310, é vista como uma opção que pode valer a pena pelo baixo custo, poucos problemas e suspensão robusta herdada do Duster, apesar de ser “basicona”.

Vale a pena investir em uma destas picapes que ninguém quer?

Analisar essas picapes que ninguém quer (ou que são menos procuradas) revela um mercado complexo. Alguns modelos, como a Nissan Frontier SL 2015 ou a Renault Oroch 2.0 2016, podem apresentar um bom custo-benefício justamente por serem menos valorizadas, oferecendo mecânica confiável ou robustez a preços mais íveis.

Por outro lado, modelos como a L200 Triton HPE 2014, a S10 LTZ Flex manual 2017 e a Amarok Highline 2.0 diesel 2016 carregam estigmas de desempenho, consumo, tipo de câmbio/combustível ou problemas mecânicos que justificam a cautela do consumidor. A decisão de compra de uma dessas picapes “esquecidas” exige pesquisa aprofundada e a ponderação se a economia no preço de aquisição compensa os potenciais riscos ou desvantagens.

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