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Astrônomos descobrem planeta próximo com sinais de água e chance de abrigar vida

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 02/06/2025 às 22:55
Comparação entre os planetas Gliese 12 b e Terra no espaço
Ilustração mostra o exoplaneta Gliese 12 b ao lado da Terra, destacando semelhanças de tamanho e possíveis condições atmosféricas.

Astrônomos revelam novos dados sobre planeta fora do Sistema Solar com potencial de habitabilidade

Cientistas anunciaram, em maio de 2024, novas evidências sobre um exoplaneta que orbita uma estrela a apenas 40 anos-luz da Terra.
Segundo dados do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e da NASA, o planeta Gliese 12b pode apresentar temperaturas compatíveis com a presença de água em estado líquido.
Esse dado, portanto, reacende o interesse sobre sua possível habitabilidade.

Com base nos registros do satélite TESS e do telescópio James Webb, os especialistas observaram que o planeta tem tamanho parecido com o da Terra.
Além disso, ele completa uma volta ao redor da sua estrela em apenas 12,8 dias.
Por estar localizado a uma distância ideal da anã vermelha que orbita, encontra-se na “zona habitável”.
Isso eleva as chances de manter uma atmosfera estável e água em forma líquida na superfície.

Imagem: gerada por IA.

Composição do planeta permite condições propícias à vida

De acordo com os dados, Gliese 12 b não está exposto a uma estrela agressiva, ao contrário de outros planetas com anãs vermelhas.
Isso significa que a radiação recebida é muito menor.
Além disso, a temperatura média estimada no planeta gira em torno de 42°C.

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Se houver uma atmosfera, ela pode atuar como um regulador térmico natural.
Essa estabilidade térmica, como explicam cientistas da Universidade de Tóquio, permite a presença de água em estado líquido.
Dessa forma, Gliese 12 b se diferencia de muitos outros exoplanetas já identificados.

Outro ponto importante é sua proximidade da Terra.
É o planeta mais próximo do nosso com características consideradas potencialmente habitáveis e tamanho semelhante ao da Terra.
Por isso, tornou-se um dos principais alvos para estudos sobre atmosferas fora do Sistema Solar.

Tecnologias modernas permitem análises mais detalhadas

O avanço de instrumentos como o TESS e o telescópio James Webb permitiu análises mais precisas sobre a massa, o raio e a órbita do planeta.
Essas informações foram obtidas por meio das variações de luz observadas quando o planeta a em frente à sua estrela.

Os dados revelam que Gliese 12 b tem cerca de 1,1 vez o tamanho da Terra.
A composição e a densidade ainda estão em investigação.
Além disso, o Telescópio Subaru, localizado no Havaí, ajudou a monitorar a atividade da estrela que o planeta orbita.

Com isso, os astrônomos concluíram que o planeta não está exposto a explosões solares frequentes.
Essa condição favorece a retenção de uma atmosfera estável por longos períodos.
Por essa razão, os cientistas planejam novos estudos espectroscópicos.

Esses estudos pretendem identificar elementos como vapor d’água, dióxido de carbono e metano.
Essas substâncias, por sua vez, podem indicar processos biológicos ou geológicos em andamento.

Imagem: gerada por IA.

Pesquisas continuam para confirmar habitabilidade

Apesar das descobertas promissoras, ainda não é possível afirmar com certeza se há água líquida ou atmosfera densa no planeta.
Contudo, segundo Ryan MacDonald, astrobiólogo da NASA, o Gliese 12 b representa a melhor chance atual de observar um planeta semelhante à Terra.

O objetivo é entender como um mundo rochoso pode manter uma atmosfera em uma zona habitável próxima.
A descoberta é importante, pois permite acompanhar em tempo real o comportamento atmosférico de um planeta tão próximo.

Por isso, as equipes do Centro de Astrofísica de Harvard e da Universidade de Tóquio continuarão suas observações.
Essas análises serão realizadas com o telescópio James Webb ao longo do segundo semestre de 2025.

A expectativa é que esses dados ajudem a identificar sinais concretos de habitabilidade.
Essas informações podem ajudar a responder uma das perguntas mais antigas da humanidade: estamos sozinhos no universo?

Impacto da descoberta reforça corrida espacial

As informações divulgadas reforçam o interesse crescente pela astrobiologia e pela busca por planetas com potencial de vida.
Desde a missão Kepler, realizada entre 2009 e 2018, o número de exoplanetas identificados tem crescido.

Com o Gliese 12 b, os cientistas agora possuem um novo parâmetro para comparação com a Terra.
Diferentemente de planetas gasosos ou extremos, esse exoplaneta pode fornecer respostas mais objetivas sobre a vida fora do Sistema Solar.

Assim, a descoberta vai além do imaginário coletivo.
Ela contribui diretamente com os estudos sobre evolução planetária e sistemas solares.
A corrida por dados mais precisos já começou, e Gliese 12 b lidera essa nova etapa da exploração espacial.

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e s, faça contato no e-mail: [email protected].

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