Astrônomos revelam novos dados sobre planeta fora do Sistema Solar com potencial de habitabilidade
Cientistas anunciaram, em maio de 2024, novas evidências sobre um exoplaneta que orbita uma estrela a apenas 40 anos-luz da Terra.
Segundo dados do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e da NASA, o planeta Gliese 12b pode apresentar temperaturas compatíveis com a presença de água em estado líquido.
Esse dado, portanto, reacende o interesse sobre sua possível habitabilidade.
Com base nos registros do satélite TESS e do telescópio James Webb, os especialistas observaram que o planeta tem tamanho parecido com o da Terra.
Além disso, ele completa uma volta ao redor da sua estrela em apenas 12,8 dias.
Por estar localizado a uma distância ideal da anã vermelha que orbita, encontra-se na “zona habitável”.
Isso eleva as chances de manter uma atmosfera estável e água em forma líquida na superfície.
Composição do planeta permite condições propícias à vida
De acordo com os dados, Gliese 12 b não está exposto a uma estrela agressiva, ao contrário de outros planetas com anãs vermelhas.
Isso significa que a radiação recebida é muito menor.
Além disso, a temperatura média estimada no planeta gira em torno de 42°C.
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Se houver uma atmosfera, ela pode atuar como um regulador térmico natural.
Essa estabilidade térmica, como explicam cientistas da Universidade de Tóquio, permite a presença de água em estado líquido.
Dessa forma, Gliese 12 b se diferencia de muitos outros exoplanetas já identificados.
Outro ponto importante é sua proximidade da Terra.
É o planeta mais próximo do nosso com características consideradas potencialmente habitáveis e tamanho semelhante ao da Terra.
Por isso, tornou-se um dos principais alvos para estudos sobre atmosferas fora do Sistema Solar.
Tecnologias modernas permitem análises mais detalhadas
O avanço de instrumentos como o TESS e o telescópio James Webb permitiu análises mais precisas sobre a massa, o raio e a órbita do planeta.
Essas informações foram obtidas por meio das variações de luz observadas quando o planeta a em frente à sua estrela.
Os dados revelam que Gliese 12 b tem cerca de 1,1 vez o tamanho da Terra.
A composição e a densidade ainda estão em investigação.
Além disso, o Telescópio Subaru, localizado no Havaí, ajudou a monitorar a atividade da estrela que o planeta orbita.
Com isso, os astrônomos concluíram que o planeta não está exposto a explosões solares frequentes.
Essa condição favorece a retenção de uma atmosfera estável por longos períodos.
Por essa razão, os cientistas planejam novos estudos espectroscópicos.
Esses estudos pretendem identificar elementos como vapor d’água, dióxido de carbono e metano.
Essas substâncias, por sua vez, podem indicar processos biológicos ou geológicos em andamento.
Pesquisas continuam para confirmar habitabilidade
Apesar das descobertas promissoras, ainda não é possível afirmar com certeza se há água líquida ou atmosfera densa no planeta.
Contudo, segundo Ryan MacDonald, astrobiólogo da NASA, o Gliese 12 b representa a melhor chance atual de observar um planeta semelhante à Terra.
O objetivo é entender como um mundo rochoso pode manter uma atmosfera em uma zona habitável próxima.
A descoberta é importante, pois permite acompanhar em tempo real o comportamento atmosférico de um planeta tão próximo.
Por isso, as equipes do Centro de Astrofísica de Harvard e da Universidade de Tóquio continuarão suas observações.
Essas análises serão realizadas com o telescópio James Webb ao longo do segundo semestre de 2025.
A expectativa é que esses dados ajudem a identificar sinais concretos de habitabilidade.
Essas informações podem ajudar a responder uma das perguntas mais antigas da humanidade: estamos sozinhos no universo?
Impacto da descoberta reforça corrida espacial
As informações divulgadas reforçam o interesse crescente pela astrobiologia e pela busca por planetas com potencial de vida.
Desde a missão Kepler, realizada entre 2009 e 2018, o número de exoplanetas identificados tem crescido.
Com o Gliese 12 b, os cientistas agora possuem um novo parâmetro para comparação com a Terra.
Diferentemente de planetas gasosos ou extremos, esse exoplaneta pode fornecer respostas mais objetivas sobre a vida fora do Sistema Solar.
Assim, a descoberta vai além do imaginário coletivo.
Ela contribui diretamente com os estudos sobre evolução planetária e sistemas solares.
A corrida por dados mais precisos já começou, e Gliese 12 b lidera essa nova etapa da exploração espacial.