A partir de março, motoristas devem se preparar para a chegada da nova especificação de lubrificantes para motores: SQ. Com benefícios como maior eficiência no consumo de combustível e controle de emissões, esses lubrificantes prometem melhorar o desempenho.
A indústria automobilística está prestes a ar por uma transformação importante quando o assunto é lubrificação de motores.
Em março de 2025, uma nova especificação global de óleo lubrificante entrará em vigor, substituindo a atual categoria SP, estabelecida pelo Instituto Americano do Petróleo (API).
Essa atualização segue a ordem alfabética e será chamada de SQ, representando um avanço na tecnologia de lubrificação.
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A última grande mudança nesse setor ocorreu em maio de 2020, em meio à pandemia de Covid-19, e trouxe ajustes para atender a normas ambientais mais rigorosas.
Agora, essa nova especificação visa não apenas melhorar o desempenho dos motores, mas também reduzir o consumo de combustível e minimizar os impactos ambientais.
No entanto, apesar dos benefícios, o alto custo ainda representa um obstáculo significativo, especialmente no Brasil.
Novos padrões para um mercado em evolução
De acordo com especialistas, muitos motoristas ainda desconhecem as especificações corretas do óleo que utilizam em seus veículos.
Estima-se que cerca de 70% dos proprietários de automóveis no Brasil não saibam quais são as especificações adequadas para seus motores, o que pode resultar em menor eficiência e até mesmo danos mecânicos.
Danilo Sad, gerente de aditivos da Lubrizol na América Latina, explica que a nova especificação SQ acompanha as necessidades dos motores modernos, que evoluíram significativamente nos últimos anos.
“Os motores aram por grandes mudanças, como o aumento das taxas de compressão, a adoção de turbocompressores e a injeção direta de combustível.
Um óleo adequado é essencial para garantir a durabilidade desses componentes“, afirma o especialista.
Os lubrificantes são classificados de acordo com sua viscosidade, expressa em números separados pela letra “W” (de winter, inverno em inglês).
Essa medida indica o comportamento do óleo em temperaturas baixas e altas. Óleos de menor viscosidade fluem mais rapidamente no motor, reduzindo o atrito e otimizando o desempenho.
O mercado brasileiro e o desafio da atualização
No Brasil, o consumo de óleo lubrificante para motores é expressivo: cerca de 200 milhões de litros por ano, segundo cálculos da Lubrizol.
No entanto, mais de 60% desse volume ainda é composto por especificações antigas, como 15W40 e 20W50, que foram introduzidas há mais de três décadas e são inadequadas para motores modernos.
Isso significa que grande parte dos veículos fabricados nos últimos 20 anos pode estar circulando sem a lubrificação correta.
Esse problema afeta não apenas a performance dos automóveis, mas também o consumo de combustível e as emissões de poluentes.
O impacto nos carros híbridos e elétricos
Com a crescente popularidade dos veículos híbridos, que combinam motores a combustão e elétricos, surgem novos desafios para a indústria de lubrificantes.
O motor a combustão desses veículos liga e desliga diversas vezes durante o trajeto, exigindo um óleo com alta resistência à degradação térmica e química.
Os fabricantes recomendam o uso de lubrificantes homologados para cada modelo, garantindo maior eficiência e durabilidade do motor.
“A busca por maior eficiência energética e redução de emissões está impulsionando o desenvolvimento de produtos mais avançados”, afirma Marcelo Martini, gerente de vendas da Fuchs, fabricante independente de lubrificantes.
Enquanto no Brasil ainda se consolidam especificações como 0W20 e 0W40, mercados mais avançados, como Europa e Japão, já operam com produtos de viscosidade ainda menor, como 0W16 e até 0W08. Essas opções reduzem o atrito interno e maximizam o rendimento dos motores.
O futuro dos lubrificantes automotivos
A adoção da nova especificação SQ deve seguir um ritmo gradual, com montadoras e fabricantes de lubrificantes promovendo adaptações e campanhas de conscientização.
A transição para óleos de última geração pode trazer benefícios como menor desgaste do motor, redução de custos com manutenção e melhor eficiência energética.
Diante dessa mudança, especialistas recomendam que motoristas verifiquem no manual do veículo qual a especificação correta do óleo e evitem produtos incompatíveis, que podem comprometer o desempenho do motor a longo prazo.
Além disso, estar atento às atualizações do setor pode ser um diferencial na preservação do automóvel e na economia de combustível.
Com a evolução da tecnologia automotiva e a crescente preocupação com a sustentabilidade, a indústria de lubrificantes continuará a desenvolver soluções cada vez mais inovadoras.
A nova especificação SQ representa um o importante nessa jornada, garantindo motores mais eficientes e menos poluentes para o futuro.
Não adianta melhorar o óleo se o combustível e de má qualidade tem que ser os dois produtos de qualidade se não vamos continuar pagando o preço.
Mais já tendo um lubrificante de alta qualidade já melhora.um.pouco pior e ter os dois trabalhando juntos
Sou proprietário de oficina mecânica, combustível de péssima qualidade nível Brasil, sem dúvidas é um dos principais problemas gerando diversas falhas .
Pois é, uma gasolina que vai chegar a 35% de etanol é um absurdo, principalmente para veículos monocombustível.
O acho que nos falta e uma explicação maior do assunto tradado
Assunto de extrema importância. A vida do motor depende 100% da lubrificação. Um motor com o óleo inadequado pode sofrer vários danos em pouco tempo de trabalho. Os usuários no Brasil desconhecem o assunto e julgam que estão corretos alegando que usam uma marca de óleo de primeira linha. E não se atem às especificações.
Só mim dá medo e o valor a ser ado