Aterro sanitário localizado na cidade de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, dará lugar a usina de energia solar.
Um antigo aterro sanitário localizado no bairro de Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro, será reaproveitado de forma inovadora: o terreno vai abrigar uma usina de energia solar com capacidade de 7 MWp.
O anúncio foi feito recentemente, pelas empresas MTR Solar e AE Solar, que firmaram parceria para a realização do projeto.
A previsão é que o empreendimento esteja concluído no segundo semestre de 2025, e ele promete ser um marco na geração limpa e no reaproveitamento de áreas urbanas degradadas.
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Tecnologia limpa em área degradada
A iniciativa segue um modelo já testado com sucesso em Curitiba (PR), onde a usina de energia solar instalada no antigo aterro da Caximba opera desde março de 2023 com 8,6 mil painéis solares.
No Rio de Janeiro, a estrutura contará com 9.310 módulos fotovoltaicos, equipados com tecnologia HJT (Heterojunction Technology), considerada de alta eficiência no mercado internacional.
O diferencial está na engenharia do projeto, que utiliza uma estrutura de sustentação sem a necessidade de cravação no solo.
Essa abordagem foi pensada para preservar as condições ambientais do terreno, minimizando o impacto sobre o solo anteriormente comprometido pelo aterro sanitário.
Sustentabilidade e inovação com nova usina de energia solar no Rio de Janeiro
Segundo Jorge Moura, diretor regional da AE Solar, todo o projeto foi planejado com foco na sustentabilidade e respeito ambiental: A estrutura do projeto foi elaborada para garantir a preservação ambiental do local, sendo feita por meio de uma sustentação especial.
Mauricio Barros, CEO da MTR Solar, reforça que esse tipo de solução representa uma nova fronteira para a energia solar no Brasil:
“Além de reduzir a pegada de carbono, promovemos a valorização de áreas anteriormente consideradas problemáticas. Acreditamos que esse modelo pode ser replicado em outros estados, contribuindo para uma matriz energética mais verde no Brasil.”
Apesar de ser uma prática ainda rara no Brasil, a implantação de usinas solares em aterros sanitários surge como uma alternativa promissora para unir geração de energia renovável e recuperação de áreas com ivos ambientais.
A complexidade técnica é um desafio, mas iniciativas como essa no Rio de Janeiro mostram que a combinação entre inovação e sustentabilidade é possível.
Sobre a MTR Solar
O Grupo MTR Solar, multinacional especializada na distribuição de equipamentos para usinas de minigeração de energia solar, será responsável por fornecer todas as especificações técnicas e trabalhará com os principais fornecedores globais do setor.
O objetivo é garantir eficiência energética e baixo impacto ambiental, contribuindo para a expansão da matriz energética renovável no país.