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Avião da China C919 chega ao Brasil: Total Linhas Aéreas desafia Airbus e Boeing com essa revolução nos céus

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 20/12/2024 às 15:34
Avião da China C919 chega ao Brasil: Total Linhas Aéreas desafia Airbus e Boeing com essa revolução nos céus
A previsão é que o avião da China C919 chegue ao Brasil no primeiro semestre de 2025, conforme informado pela Total Linhas Aéreas. A entrega rápida é um diferencial da Comac, frente às concorrentes Boeing e Airbus.

Com capacidade para até 174 ageiros e entrega prometida já em 2025, o avião da China C919 promete revolucionar o mercado aéreo brasileiro, desafiando o duopólio de Airbus e Boeing e trazendo inovação com rapidez e eficiência.

A Total Linhas Aéreas acaba de fechar um contrato com a Comac para operar o avião da China C919, o mais novo concorrente dos gigantes Airbus e Boeing. Será que o Brasil está preparado para essa inovação?

O C919, produzido pela Comac (Commercial Aircraft Corporation of China), é uma aeronave de corredor único e fuselagem estreita, projetada para competir com modelos como o Airbus A320 e o Boeing 737. Ele tem capacidade para até 174 ageiros e já acumulou mais de 10 mil horas de voo desde sua entrada em operação em 2023.

Ficha técnica do avião da China e capacidade operacional e concorrência com Airbus e Boeing

Oavião da China C919 é fabricado pela Comac, mas possui vários componentes de outros países. Seus motores, por exemplo, são desenvolvidos pela CFM International, uma t venture entre a sa Safran e a americana GE Aviation, além de contar com sistemas e tecnologias de fornecedores da Europa e dos Estados Unidos.
O avião da China C919 é fabricado pela Comac, mas possui vários componentes de outros países. Seus motores, por exemplo, são desenvolvidos pela CFM International, uma t venture entre a sa Safran e a americana GE Aviation, além de contar com sistemas e tecnologias de fornecedores da Europa e dos Estados Unidos.

Com alcance de até 5.555 km e velocidade de cruzeiro de 834 km/h, o C919 combina eficiência com tecnologia de ponta. Seu design prioriza economia de combustível e conforto, características que o tornam uma escolha promissora para companhias aéreas que buscam modernizar suas frotas.

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Embora o mercado seja dominado por fabricantes ocidentais, o C919 surge como uma alternativa viável, especialmente em tempos de gargalos de produção na Airbus e Boeing. O modelo chinês promete encurtar prazos de entrega, algo essencial para empresas com planos de expansão agressivos.

Por que escolher o C919?

De acordo com Paulo Almada, sócio-controlador da Total, a decisão foi motivada pela disponibilidade imediata do avião chinês. Enquanto Airbus e Boeing oferecem prazos de entrega que chegam a ultraar cinco anos, a Comac prometeu fornecer uma unidade do C919 já em 2025.

Além de voos fretados, a Total planeja retomar operações regulares, aproveitando o momento de baixa concorrência e alta demanda por aeronaves. A aquisição do C919 é vista como um o estratégico para consolidar a presença da empresa no mercado brasileiro.

O papel da Anac no processo

Antes de o C919 levantar voo no Brasil, ele precisará ser homologado pela Anac. Esse é um processo rigoroso, mas a Total acredita que o trâmite será ágil devido aos benefícios mútuos entre Brasil e China no setor aeronáutico.

A parceria com a Comac também reflete o fortalecimento dos laços comerciais entre os dois países. Segundo Almada, a fabricante chinesa está disposta a “furar a fila” para atender o mercado brasileiro, o que demonstra o interesse da China em expandir sua influência global no setor.

Modalidade ACMI: Aposta inovadora

A Total planeja usar o C919 na modalidade ACMI, em que a aeronave é alugada a outras empresas juntamente com tripulação, manutenção e seguro. Essa prática é comum na Europa e ajuda as companhias aéreas a atenderem picos de demanda sem adquirir novos aviões.

Com a flexibilidade do modelo ACMI, a Total pode explorar o potencial do C919 sem depender exclusivamente de rotas regulares. A ideia é oferecer o avião como solução temporária para grandes companhias, enquanto a Total se consolida como referência nesse modelo de negócios.

O impacto do C919 no setor aéreo brasileiro

A chegada do C919 pode inaugurar uma nova era para a aviação brasileira. Com preços competitivos e entrega rápida, ele tem potencial para quebrar o domínio de Airbus e Boeing, diversificando as opções de aeronaves disponíveis no mercado.

Empresas menores, como a Total, ganham uma oportunidade única de modernizar suas frotas sem enfrentar os desafios logísticos e financeiros impostos pelas fabricantes tradicionais. Isso pode criar um efeito cascata, estimulando a concorrência e melhorando os serviços para os ageiros.

O avião da China C919 representa mais do que uma alternativa tecnológica para o mercado aéreo brasileiro. Ele simboliza uma mudança de paradigma, desafiando gigantes da indústria e abrindo novas possibilidades para empresas locais. Será que estamos à beira de uma revolução nos céus do Brasil? O futuro dirá, mas, com a Total na liderança, os ventos da mudança já começaram a soprar.

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Sergio Luiz Guedes costa
Sergio Luiz Guedes costa
21/12/2024 07:37

O fim do domínio europeu e americano,viva a china,liberdade para os países subdesenvolvidos,aprenda Brasil com os chineses q não querem ser colônia da Europa e nem escrava dos estados unidos.

Ivan ferezin
Ivan ferezin
Em resposta a  Sergio Luiz Guedes costa
21/12/2024 23:58

Quanta besteira, melhor ficar calado.

Omar
Omar
Em resposta a  Ivan ferezin
22/12/2024 08:45

A China é a vanguardia do conhecimento. A fabrica do mundo. O primer país em poder o paridad de compra pelo habitante. Você ainda não sabe de isso??

Zé Paulo
Zé Paulo
21/12/2024 11:06

Eu até acho que e um bom motivo para as outras duas se preocuparem mas esqueceram de dizer que este avião e um concorrente da Embraer…..

Joan Kennedy
Joan Kennedy
Em resposta a  Zé Paulo
21/12/2024 14:10

Não vejo motivo, pois a confiabilidade nos modelos já operados pela concorrência possui credibilidade no mercado, coisa que a Chinesa ainda precisa adquirir.

Josimar
Josimar
Em resposta a  Joan Kennedy
22/12/2024 13:46

E por isso que existe a ANAC, é ela que irá dar essa certificação. Ou vc acha que os aviões chegariam aqui e seriam colocados pra voar sem a certeza de sua confiabilidade?

Johnny
Johnny
Em resposta a  Joan Kennedy
24/12/2024 23:38

Antes de ser exportado e colocado em voos no exterior, tem que conquistar licença de autorização. Não é oba oba! Na reportagem relatou já 15 mil horas de voo, é uma das provas de segurança.

Daniel
Daniel
21/12/2024 12:16

Pena que os Russos se enfiaram numa guerra extremamente predatoria e sovietica… pois seria uma oportunidade de ouro pra eles nadarem de costas nesses mercados sem aviões… os IRKUT MC21 com motores PW que foram aprrsentados antes da guerra seriam excelentes nesse momento.

Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites G, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no [email protected]

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