Boom Supersonic aposta alto na volta do avião supersônico e já tem 130 pedidos de grandes companhias aéreas! Com velocidade de 2.100 km/h, o Overture promete viagens internacionais em tempo recorde e pode começar a voar em 2029!
Já pensou embarcar em um avião em São Paulo e aterrissar em Lisboa em menos de cinco horas. Parece coisa de filme, certo? Mas esse futuro pode estar mais próximo do que você imagina. A Boom Supersonic, uma startup americana, está determinada a trazer de volta o avião supersônico e promete tornar essa tecnologia mais ível e eficiente do que nunca.
Com um projeto audacioso e grandes companhias aéreas já na fila de espera, a empresa quer fazer o que o Concorde não conseguiu: tornar os voos supersônicos viáveis a longo prazo. Mas será que a Boom realmente pode transformar esse sonho em realidade?
Do Concorde ao Overture: A história do sonho supersônico
Se você já ouviu falar no Concorde, sabe que ele foi um verdadeiro ícone da aviação. Operando entre 1976 e 2003, ele cruzava os oceanos a uma velocidade estonteante de Mach 2, mais do que o dobro da velocidade do som. Nova York a Paris em 3 horas e 30 minutos? Isso era uma realidade!
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No entanto, a história do Concorde terminou em um pouso forçado. O custo altíssimo de operação, o consumo excessivo de combustível e o impacto ambiental tornaram sua continuidade inviável. Desde então, voar mais rápido que o som ficou aos caças militares.
Mas essa história pode estar prestes a mudar. Fundada em 2014, a Boom Supersonic tem um objetivo claro: resgatar a aviação supersônica comercial e fazê-la funcionar de forma sustentável. E ela já tem um grande trunfo na manga: o protótipo XB-1, que recentemente rompeu a barreira do som, provando que essa tecnologia pode, sim, voltar aos céus.
Overture: O Avião Supersônico que promete revolucionar as viagens
O Overture é o projeto estrela da Boom. Com uma velocidade de Mach 1.7 (cerca de 2.100 km/h), ele promete reduzir drasticamente o tempo de viagem entre continentes. Diferente do Concorde, ele será construído com materiais mais leves, aerodinâmica avançada e motores mais eficientes.
O design foi pensado para minimizar o impacto sonoro. Enquanto o Concorde era famoso por seu estrondoso “boom” sônico, o Overture promete reduzir esse ruído e operar de forma mais silenciosa.
O avião terá capacidade para 64 a 80 ageiros e será focado em rotas transoceânicas, como Miami-Londres e Tóquio-Sydney. A ideia é que, ao contrário do Concorde, que era uma exclusividade de bilionários e chefes de estado, o Overture seja ível a um público maior.
Os desafios no caminho da aviação supersônica
Voar mais rápido que o som ainda é um desafio não apenas tecnológico, mas também regulatório. Nos Estados Unidos, por exemplo, voos civis supersônicos sobre terra são proibidos devido ao ruído. Para driblar essa barreira, a Boom planeja operar a velocidades subsônicas sobre áreas habitadas, acelerando apenas sobre os oceanos.
A empresa quer tornar seus voos mais sustentáveis, utilizando combustíveis alternativos para reduzir a pegada de carbono.
Outro grande obstáculo é o custo operacional. O avião supersônico Concorde foi aposentado, entre outros motivos, porque era simplesmente caro demais para manter no ar. A Boom, no entanto, afirma ter aprendido com os erros do ado e promete um modelo de negócios mais sustentável.
A startup planeja usar motores próprios, os Symphony, para reduzir custos e garantir eficiência. Mas será suficiente? Isso ainda é uma incógnita.
Boom Supersonic e a corrida pelo futuro
Segundo Exame, Boom não está sozinha nessa corrida. Empresas como Spike Aerospace e Hermeus também estão desenvolvendo aviões supersônicos, sem falar em projetos da NASA. Mas a Boom tem uma vantagem: já garantiu mais de 700 milhões de dólares em investimentos e conta com pedidos firmes de gigantes como United Airlines e American Airlines.
Se tudo correr conforme o planejado, a produção do Overture começará em 2025, com o primeiro voo previsto para 2026. E a meta final? Transportar ageiros em voos comerciais até 2029.