É necessário cumprir o compromisso anunciado de investir em infraestrutura, e de retomar as obras que estão paradas em todo o país. Para tanto, o novo governo sabe que pode contar com um grande parceiro, o banco do BRICS, mais especificamente com a China, segundo especialistas em geopolítica.
E não será uma tarefa fácil, até mesmo porque, muitas obras estão com sérios problemas adquiridos pelo tempo em que ficaram estagnadas. Segundo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria de Comércio, obra parada é obra ainda mais cara. Na primeira reunião ministerial ocorrida em 6 de janeiro, Lula anunciou que ele mesmo percorreria o país para identificar obras paradas.
O banco do BRICS, que agora chama Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), é a aposta de grande ajuda, certamente. O NBD, atualmente, é quem possui todas as condições para auxiliar em questões relacionadas a infraestrutura. E mesmo sem recursos abundantes, e que inclusive já tenham endereço certo, a inclusão de mais membros no grupo pode ser a garantia dos recursos necessários. É preciso que o Brasil saiba barganhar, saiba negociar, comentam especialistas. O desenvolvimento do país e da economia, a partir da realidade encontrada por Lula, depende disso.
Em dez anos de existência, o NBD apenas itiu a África no Sul agora. É necessário que o Brasil apoie a candidatura de países como a Arábia Saudita, por exemplo, já que o país oriental possui grandes reservas cambiais que podem ser a chave para que novos caminhos se abram na diplomacia internacional.
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Apostar na China também pode ser uma saída, já que o país é uma fonte de recursos abundante no que diz respeito a infraestrutura, sobremaneira. E como Pequim já tem investido em outros países da América Latina, voltar a estreitar relações com o Brasil não seria um negócio da China no momento, mas sim, algo promissor.
Com setores de alta tecnologia de relevância e bastante interessados no Brasil, depois da guerra na Ucrânia, esses países voltaram a se aproximar e podem contribuir, ao menos, com inteligência. Os três países, considerando suas tradições de investimento da indústria militar em agronegócio, tem possibilidades de auxiliar no desenvolvimento de projetos que sejam capazes de atrair investimentos, favorecer aprendizados, e desenvolver parcerias com empresas brasileiras em áreas de fronteira.
E como no NBD a palavra de ordem é a manutenção da liberdade na defesa dos interesses de cada um dos membros, é possível ao Brasil utilizar-se da estrutura e recursos que podem advir do banco seguindo os próprios interesses, no caso, a retomada das obras. No banco, não há pautas unânimes, ou pautas que são proibidas de serem debatidas.