O BDMG firmou uma parceria com o Banco Europeu de Investimentos para financiar 22 projetos de energia solar em Minas Gerais.
O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) acaba de oficializar um novo aporte de R$ 170 milhões, em parceria com o Banco Europeu de Investimentos (BEI), para fomentar 22 projetos de energia solar fotovoltaica no estado.
A iniciativa reforça a liderança mineira no setor de energia limpa, com impacto direto em 14 municípios e previsão de redução anual de cerca de 12 mil toneladas de emissões de CO₂.
A celebração do novo financiamento coincide com o Dia Mundial da Energia (29/05) e com um feito histórico para Minas Gerais: o estado ultraou a marca de 12 gigawatts (GW) de potência fiscalizada em energia solar.
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De acordo com o governador Romeu Zema, “todas as usinas solares do estado respondem por 40% da produção nacional”. Ele destaca ainda que Minas supera mais de 200 países em capacidade instalada.
Energia solar avança em Minas com apoio internacional
Com investimento de € 27,5 milhões, os novos projetos serão implantados em regiões estratégicas de Minas Gerais, consolidando o estado como referência nacional na geração de energia solar.
As cidades contempladas incluem Guaxupé, Sete Lagoas, Araxá, Caeté, entre outras.
Grande parte das iniciativas será realizada em municípios com menos de 20 mil habitantes, contribuindo para o desenvolvimento econômico local e a diversificação da matriz energética.
Acordo em projetos de energia solar fortalece parceria de longa data entre BDMG e BEI
Este novo contrato marca mais um capítulo de cooperação entre o BDMG e o Banco Europeu, que já financiaram juntos 62 projetos anteriores desde 2019, com investimentos superiores a € 120 milhões.
A parceria se destaca pela sua ênfase na sustentabilidade e na transição energética, pilares fundamentais para o desenvolvimento econômico verde defendido pelo Governo de Minas.
“Estimular iniciativas com esse perfil, inclusive com linhas de crédito específicas, é uma prioridade no BDMG”, afirma Gabriel Viégas Neto, presidente do banco mineiro.
“O banco tem contribuído para a industrialização verde em Minas Gerais e no Brasil”, complementa.
Projetos sustentáveis geram empregos e impacto regional
Entre os empreendimentos financiados está a usina Vale do Aço I, no município de Engenheiro Caldas.
Com R$ 12 milhões em crédito do BDMG, a planta deve produzir mais de cinco milhões de kWh por ano, energia suficiente para abastecer centenas de consumidores no modelo de geração compartilhada.
Segundo o gerente do projeto, Marcos Vinícius Tavares, a usina foi estruturada em consórcio e utilizará uma empresa especializada para converter a produção em créditos distribuídos entre empresas e residências.
“A comercialização da energia será entregue a uma empresa terceirizada, que fará a conversão do que é produzido em créditos para o usuário final, sejam eles comerciais ou residenciais”, explica.
Além da geração de energia limpa, o projeto também criou 50 empregos diretos e indiretos e movimentou a economia local com contratação de mão de obra e compra de materiais na região. “Se não fosse o apoio do BDMG, esse empreendimento não teria saído do papel”, conclui Tavares.
BDMG investiu R$ 279 milhões em energia limpa em 2024
Somente em 2024, o banco mineiro já destinou R$ 279,2 milhões para financiamentos relacionados à energia limpa e eficiência energética.
A maior fatia foi aplicada em projetos de energia solar (R$ 130,9 milhões), que somam mais de 31 megawatts (MW) de capacidade instalada.
Fonte: Diário do Comércio