Mercados reagem a novas tarifas anunciadas pelo governo americano; bolsas da Ásia e da Europa registram quedas, enquanto o dólar se desvaloriza e o ouro sobe
As tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no dia 2 de abril de 2025, provocaram reações imediatas nos mercados financeiros globais. O impacto foi sentido em bolsas de valores, na cotação do dólar e em setores como energia e tecnologia.
Segundo o site O Globo, as bolsas asiáticas foram as primeiras a responder ao anúncio. O índice Nikkei, do Japão, caiu 3,9%, alcançando seu menor nível em oito meses. Empresas ligadas ao comércio internacional, como bancos e exportadoras, lideraram as perdas. O índice Topix recuou 3,3%, enquanto o CSI 300, da China, caiu 0,6%, e o Hang Seng, de Hong Kong, perdeu 1,5%.
As reações aconteceram após o aumento de tarifas sobre produtos chineses, que aram de 20% para 54%, conforme informado pelo site Reuters.
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Bolsas europeias acompanham tendência de queda
Na manhã do dia 3 de abril, os principais índices europeus também registraram quedas. O DAX, da Alemanha, recuou 1,92%; o CAC 40, da França, caiu 2,64%; e o FTSE 100, do Reino Unido, perdeu 1,41%.
Conforme análise do portal Business Insider, os investidores demonstraram preocupação com os efeitos das novas tarifas sobre o comércio internacional e o crescimento das economias locais.
Nos Estados Unidos, o índice Dow Jones perdeu mais de 1.100 pontos, uma queda de 2,7%. O S&P 500 e o Nasdaq recuaram 4% e 5%, respectivamente, refletindo o impacto sobre grandes empresas com cadeias de produção globais.
Dólar recua e ouro registra valorização
Segundo o The Guardian, o dólar perdeu força frente a outras moedas após o anúncio das tarifas. O índice do dólar atingiu o menor nível dos últimos seis meses, pressionado pela preocupação dos investidores com a estabilidade da economia americana.
Como reflexo desse movimento, o ouro — tradicional ativo de proteção — atingiu a marca de US$ 3.167,84 por onça, antes de recuar para cerca de US$ 3.068,88.
De acordo com princípios estabelecidos pela Organização Mundial do Comércio (OMC), medidas tarifárias unilaterais podem gerar desequilíbrios nas relações multilaterais de comércio, além de abrir espaço para disputas formais entre os países afetados.
Petróleo também sofre queda e cenário global fica mais instável
O preço do barril de Brent caiu 3%, sendo negociado a US$ 72,56, de acordo com o portal O Globo. O recuo foi atribuído às perspectivas de desaceleração econômica global diante das novas barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos.
As tarifas anunciadas incluem uma taxa universal de 10% sobre todos os produtos importados. Além disso, há tarifas adicionais: 34% para produtos da China, 20% para itens da União Europeia e 24% para mercadorias do Japão.
Reações diplomáticas e possíveis contramedidas
Em resposta, o governo chinês indicou que pode adotar medidas de retaliação, embora também tenha reforçado sua disposição para o diálogo, segundo a Reuters. A União Europeia criticou as tarifas, mas sinalizou abertura para negociações.
O Brasil, que também foi incluído na alíquota de 10%, iniciou articulações diplomáticas para minimizar os impactos comerciais e considera alternativas legais e políticas, conforme detalhado pelo O Globo.
Expectativa é de volatilidade nos próximos dias
Analistas ouvidos pelo The Guardian alertam que as medidas podem gerar consequências como desaceleração econômica, aumento da inflação e pressão sobre os setores industriais e tecnológicos. O momento exige cautela e monitoramento constante por parte de investidores e governos.
Com o aumento da incerteza, os mercados devem manter alta volatilidade nos próximos dias. Investidores tendem a concentrar seus recursos em ativos considerados mais seguros até que haja maior clareza sobre as próximas etapas da política comercial americana.