Marinha do Brasil brilhou no AMAN 2025, maior exercício naval do Paquistão! Com tecnologia de ponta e foco na Amazônia Azul, o país reafirma seu papel na segurança marítima global. Descubra como o Brasil lidera essa frente estratégica e por que isso pode impactar o futuro dos oceanos!
Entre os dias 7 e 11 de fevereiro de 2025, a cidade portuária de Karachi, no Paquistão, foi palco do exercício naval multinacional AMAN 2025.
O evento reuniu forças navais de mais de 60 países, com o objetivo de aprimorar a cooperação marítima e enfrentar desafios de segurança em águas internacionais.
O Brasil, representado pelo Contra-Almirante Alexandre Itiro Villela Assano, Comandante de Operações Marítimas e Proteção da Amazônia Azul, destacou-se por sua participação ativa e contribuições significativas.
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Enfoque brasileiro na governança oceânica e uso de tecnologia avançada
Durante o evento, o Contra-Almirante Assano apresentou a abordagem brasileira para a governança oceânica, enfatizando o papel do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz).
Este sistema integra uma variedade de equipamentos e tecnologias, incluindo radares terrestres, aeronaves, embarcações e câmeras de alta resolução, para monitorar e proteger as Águas Jurisdicionais Brasileiras.
Um destaque particular foi o uso de inteligência artificial para monitoramento remoto e vigilância marítima, aumentando a eficiência na segurança das águas nacionais.
Importância da cooperação internacional e financiamento da Economia Azul
O oficial brasileiro também ressaltou a necessidade de cooperação internacional na segurança marítima. Ele alertou para a importância de um financiamento adequado para iniciativas relacionadas à Economia Azul, setor que promove o uso sustentável dos oceanos como motor para o crescimento econômico.
Essa perspectiva reforça a ideia de que a proteção dos mares não é apenas uma questão de segurança, mas também de desenvolvimento econômico sustentável.
Compromisso contínuo do Brasil com a proteção dos oceanos
Em seu discurso de encerramento, o Contra-Almirante Assano reafirmou o compromisso do Brasil em contribuir para os esforços globais de governança oceânica.
Ele defendeu a necessidade de equilibrar segurança, sustentabilidade e crescimento econômico, destacando que a participação brasileira em eventos como o AMAN 2025 é fundamental para promover um ambiente marítimo seguro e sustentável.
Amazônia Azul: patrimônio nacional e foco de proteção
O conceito de “Amazônia Azul” foi introduzido pela Marinha do Brasil para destacar a importância das águas jurisdicionais brasileiras, que se estendem por aproximadamente 5,7 milhões de quilômetros quadrados no Atlântico Sul.
Essa área é rica em recursos naturais e possui uma biodiversidade única, sendo vital para a economia e a segurança nacional. A Marinha enfatiza a necessidade de proteger esse patrimônio, considerando-o tão valioso quanto a Amazônia terrestre.
Parcerias estratégicas para monitoramento e proteção
Para fortalecer a vigilância e a proteção da Amazônia Azul, a Marinha do Brasil firmou parcerias estratégicas com diversas instituições.
Em 2020, foi assinado um acordo com o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) para desenvolver ações conjuntas de monitoramento.
Essa colaboração visa implementar o SisGAAz de forma mais eficaz, integrando recursos e compartilhando informações para uma resposta rápida a ameaças ou emergências na região.
Desafios e avanços no combate à poluição marítima
A proteção da Amazônia Azul também envolve o enfrentamento de desafios ambientais, como a poluição por óleo. Incidentes anteriores, como o derramamento de óleo que afetou o litoral nordestino em 2019, destacaram a necessidade de sistemas de monitoramento mais robustos e respostas rápidas.
A Marinha tem investido no aprimoramento do SisGAAz e na formação de comissões técnico-científicas para assessorar e apoiar atividades de monitoramento e neutralização de impactos ambientais.
Integração de tecnologias e sistemas para uma vigilância eficaz
O SisGAAz é considerado um “sistema de sistemas”, integrando diversas tecnologias e plataformas para fornecer um monitoramento abrangente das águas brasileiras.
Além dos radares e câmeras, o sistema incorpora dados de satélites e sistemas colaborativos, como o Sistema de Monitoramento Marítimo de Apoio às Atividades de Petróleo (SIMMAP) e o Sistema de Identificação e Acompanhamento de Navios a Longa Distância (LRIT).
Essa integração permite uma visão completa e em tempo real das atividades marítimas, facilitando a tomada de decisões e a coordenação de ações de resposta.
Educação e conscientização: pilares para a preservação
Além das iniciativas tecnológicas e operacionais, a Marinha do Brasil reconhece a importância da educação e da conscientização pública na proteção da Amazônia Azul.
Programas educativos e campanhas de sensibilização são promovidos para informar a sociedade sobre a importância dos oceanos e a necessidade de sua preservação.
A participação ativa da comunidade é vista como essencial para o sucesso das iniciativas de conservação e sustentabilidade marítima.
Futuro da Amazônia Azul: inovação e sustentabilidade
Olhando para o futuro, o Brasil continua comprometido em investir em inovação e sustentabilidade para proteger a Amazônia Azul.
Projetos de pesquisa científica, desenvolvimento de novas tecnologias de monitoramento e fortalecimento de parcerias internacionais são algumas das estratégias em andamento.
A visão é garantir que as riquezas e a biodiversidade das águas brasileiras sejam preservadas para as gerações futuras, enquanto se promove o desenvolvimento econômico sustentável.
A participação do Brasil no exercício naval AMAN 2025 e as contínuas iniciativas relacionadas ao SisGAAz demonstram o compromisso do país com a segurança marítima e a sustentabilidade dos oceanos.