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Buracos na rua estão com os dias contados! Cientistas desenvolvem asfalto capaz de reparar rachaduras

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 30/03/2025 às 16:35
Cientistas desenvolvem asfalto capaz de se autorreparar e eliminar buracos nas vias. Tecnologia promete aumentar a durabilidade das estradas.
Cientistas desenvolvem asfalto capaz de se autorreparar e eliminar buracos nas vias. Tecnologia promete aumentar a durabilidade das estradas.

Cientistas criam asfalto inovador que se autorrepara! A nova tecnologia promete revolucionar a pavimentação e eliminar os buracos nas ruas. Com isso, as rodovias terão uma vida útil muito mais longa, evitando transtornos para motoristas. A inovação pode mudar para sempre a forma como lidamos com as estradas. Confira a revolução no setor!

Imagine uma estrada que se autorrepara, evitando os incômodos buracos e rachaduras que constantemente causam transtornos aos motoristas.

Isso pode parecer coisa de ficção científica, mas, de acordo com cientistas britânicos e chilenos, a solução já está sendo testada e promete transformar a forma como pensamos sobre pavimentação.

Um novo tipo de asfalto “regenerativo”, que pode reparar suas próprias rachaduras, foi desenvolvido por um grupo de pesquisa do King’s College London e da Swansea University.

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A inovação pode revolucionar a infraestrutura viária

A principal vantagem dessa tecnologia é que ela pode reduzir drasticamente os buracos nas estradas, além de aumentar a vida útil das vias pavimentadas.

O processo, ainda em fase de testes, utiliza uma técnica que libera óleos reciclados de microcápsulas inseridas no asfalto.

Essas cápsulas, que são menores do que os fios de cabelo, se soltam quando o asfalto começa a apresentar fissuras.

Ao liberar óleos, elas amolecem o betume — o componente responsável pela aderência no asfalto — e ajudam a reparar as rachaduras antes que elas se tornem um problema maior.

A ciência por trás do asfalto regenerativo

De acordo com os pesquisadores, a tecnologia é uma resposta ao endurecimento do betume por oxidação, o que é uma das principais causas das rachaduras nas estradas.

Com a utilização de inteligência artificial (IA) para analisar a composição molecular do betume, foi possível descobrir os melhores componentes e processos químicos capazes de ativar a autorreparação.

Essas microcápsulas são projetadas para se romper apenas quando há a presença de fissuras.

Assim, o material liberado age como um remédio, amolecendo o betume e permitindo que ele recupere sua consistência.

Este desenvolvimento representa um grande avanço na indústria da construção de rodovias, especialmente em países onde as estradas são constantemente danificadas por condições climáticas adversas e tráfego pesado.

Problemas do asfalto brasileiro: um retrato das deficiências

Essa inovação pode ser especialmente útil em países como o Brasil, onde os buracos nas vias públicas são um problema constante.

Um estudo de 2023, realizado pelo portal CupomVálido, em parceria com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), revelou que o Brasil está entre os países com as piores condições para se dirigir.

O levantamento foi feito a partir de dados que incluem taxas de mortalidade no trânsito, congestionamentos e custos de manutenção de veículos.

De acordo com o estudo, o principal problema do asfalto brasileiro não está na qualidade do material utilizado, mas na falta de manutenção adequada e no desgaste excessivo das vias, que se tornam rapidamente precárias devido ao alto fluxo de veículos pesados e às condições climáticas do país.

O Brasil, que possui uma das maiores malhas rodoviárias do mundo, enfrenta dificuldades para manter as estradas em bom estado devido ao uso constante e à falta de investimentos em reparos duradouros.

A realidade das rodovias brasileiras

O Brasil é um país de dimensões continentais, e a maior parte do transporte de carga e ageiros é realizada por rodovias.

Segundo dados do Banco Mundial, 58% do transporte de pessoas e mercadorias no país é feito por estrada, o que coloca o Brasil como líder mundial nesse aspecto entre as maiores economias.

Com 61 mil km de estradas federais istradas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o país depende fortemente das rodovias para o escoamento da produção e movimentação de bens.

Entretanto, o uso intenso das rodovias, sem a devida manutenção preventiva, leva a um rápido desgaste do asfalto.

Isso cria uma situação em que as operações de tapa-buraco se tornam um paliativo, muitas vezes ineficaz, para o problema estrutural das vias.

Esses reparos temporários não resolvem as causas profundas da deterioração, que incluem falhas no projeto das vias e a falta de consideração pelos fatores climáticos na construção e manutenção das rodovias.

Por que o asfalto brasileiro sofre tanto desgaste?

Entre os fatores que contribuem para a rápida deterioração do asfalto no Brasil está o excesso de peso no transporte de cargas.

Muitos caminhões circulam com toneladas acima do limite permitido, o que exerce uma pressão enorme sobre as vias.

Além disso, o calor intenso em diversas regiões do país acelera o processo de degradação do asfalto.

Especialistas alertam que, em algumas partes do Brasil, o asfalto pode atingir temperaturas de até 70ºC no meio do dia, o que provoca um desgaste ainda mais rápido.

Alternativas para melhorar a durabilidade das vias brasileiras

Em meio a esses desafios, alguns pesquisadores brasileiros têm buscado alternativas para melhorar a qualidade das rodovias.

Um estudo recente da Universidade Federal de Goiás apontou que materiais como a borracha triturada, proveniente de pneus reciclados, podem ajudar a prolongar a durabilidade das estradas.

Esses materiais, mais resistentes às altas temperaturas, têm sido utilizados em algumas rodovias com bons resultados, permitindo que o asfalto e até 200 vezes mais carga do que o convencional.

Esses avanços no uso de materiais mais resistentes às condições climáticas extremas podem ajudar a prolongar a vida útil das rodovias brasileiras, que são constantemente afetadas pelo calor intenso, pelas chuvas fortes e pelo tráfego pesado.

O uso de asfalto misturado com borracha reciclada também pode reduzir a necessidade de reparos frequentes e diminuir o impacto ambiental do descarte de pneus usados.

O que está sendo feito para resolver o problema?

Além de tecnologias como o asfalto regenerativo, iniciativas em várias partes do mundo buscam promover soluções mais eficazes e sustentáveis para a pavimentação de estradas.

No Brasil, ainda há muito a ser feito em termos de investimento em manutenção e inovação nas rodovias.

Especialistas afirmam que, para combater o problema dos buracos, é necessário um esforço conjunto entre o governo, as empresas e os cidadãos para garantir que as vias sejam bem projetadas, mantidas e reparadas de forma eficaz.

O futuro da pavimentação de estradas parece promissor com o desenvolvimento de tecnologias como o asfalto regenerativo, que pode ajudar a resolver um problema que afeta milhões de motoristas no Brasil e no mundo.

À medida que novas soluções começam a ser adotadas, as rodovias brasileiras podem finalmente alcançar um padrão mais elevado de qualidade, resistência e durabilidade.

O que você acha dessa tecnologia inovadora? Será que ela pode ser a solução definitiva para os buracos nas rodovias brasileiras?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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