Estratégia visa impulsionar vendas em meio à desaceleração econômica
A fabricante chinesa de veículos elétricos BYD anunciou, em 26 de maio de 2025, uma redução de até 34% nos preços. Além disso, o corte abrange 22 modelos elétricos e híbridos vendidos atualmente na China. Dessa forma, a medida ficará válida até o final de junho, o que pode impulsionar as vendas. Isso porque a montadora busca estimular a demanda, já que o mercado enfrenta forte desaceleração econômica. Ao mesmo tempo, os estoques elevados pressionam as empresas, o que reforça a necessidade de estratégias agressivas. Por esse motivo, a ação da BYD surge como resposta ao cenário desafiador.
Descontos significativos em modelos populares
Entre os modelos com preços reduzidos, o hatchback Seagull se destaca, pois teve uma queda de 20% e ou a custar 55.800 yuans. Além disso, esse valor representa cerca de US$ 7.780, o que o torna extremamente competitivo dentro do mercado chinês de entrada. Por outro lado, o sedã híbrido Seal apresentou o maior corte, já que sua redução chegou a 34%, ando a custar 102.800 yuans. Consequentemente, esse valor corresponde a aproximadamente US$ 14.270, o que reforça sua atratividade frente a rivais do mesmo segmento. Portanto, esses reajustes estratégicos buscam ampliar o alcance dos modelos, tornando-os mais íveis e, ao mesmo tempo, mais atraentes para o consumidor local.
Impacto no mercado e reação das concorrentes
A decisão da BYD provocou uma reação imediata no mercado financeiro. As ações da empresa caíram 8,6% na Bolsa de Hong Kong no mesmo dia do anúncio. Concorrentes como Li Auto, Great Wall Motors e Geely também registraram quedas significativas em suas ações, refletindo a intensificação da competição no setor de veículos elétricos. Analistas do Morgan Stanley destacaram que, embora alguns descontos já estivessem em vigor desde abril, o anúncio oficial evidencia as dificuldades enfrentadas pelo mercado. A China enger Car Association informou que os estoques nas concessionárias atingiram 3,5 milhões de unidades em abril, o maior nível desde dezembro de 2023, equivalente a 57 dias de inventário.
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Estratégia para escoar estoques e manter competitividade
A BYD busca escoar estoques de modelos antigos, muitos dos quais não possuem recursos de assistência ao motorista que a empresa prometeu incluir gratuitamente a partir de fevereiro. Essa estratégia visa renovar o portfólio de produtos e manter a competitividade no mercado. A empresa espera que os descontos aumentem o tráfego nas concessionárias e sustentem o crescimento das vendas. Analistas do Citi estimam que a ofensiva de preços da BYD pode ter elevado o tráfego nas concessionárias em até 40% na última semana. Se essa movimentação se converter em vendas, a empresa pode manter sua trajetória de crescimento em maio. Em abril, a BYD já havia registrado seu melhor mês de vendas de 2025, fortalecendo a possibilidade de atingir a ambiciosa meta anual de 5,5 milhões de veículos.
Repercussões no mercado internacional
A estratégia de preços da BYD vai além da China e já impacta o Brasil, onde o Dolphin Mini custa a partir de R$ 118.800. A redução global pressiona concorrentes e afeta as margens do setor automotivo. Reconhecida por sua inovação desde 1995, a BYD cresce na Europa e América Latina. No Brasil, investe US$ 600 milhões na fábrica de Camaçari, com capacidade para 300 mil veículos por ano. Com isso, reforça sua liderança e estimula a demanda em um cenário desafiador.