Avanço das tecnologias de proteção nos smartphones desafia o uso tradicional das capinhas, enquanto novidades em vidro reforçado e mudanças no mercado indicam uma transformação na forma como cuidamos dos aparelhos.
A tradicional capinha de celular pode estar perto do fim, de acordo com uma nova tendência que vem ganhando espaço entre usuários e especialistas em tecnologia.
Cada vez mais, fabricantes deixam de incluir capas de proteção nas embalagens dos smartphones, apostando na resistência natural dos aparelhos.
Segundo o jornalista Thomas Germain, da BBC, essa mudança não é apenas uma questão de custo ou sustentabilidade, mas reflete uma evolução significativa na tecnologia dos vidros que protegem os celulares.
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Germain decidiu fazer um experimento inusitado: usar seu smartphone sem qualquer tipo de proteção durante um mês inteiro, mesmo ciente dos riscos.
Experimento com queda e resistência
Durante o teste, o aparelho sofreu apenas uma queda mais séria, no 26º dia, quando escapou de suas mãos e bateu três vezes em degraus de uma escada.
O impacto, embora significativo, causou apenas um pequeno corte na lateral do iPhone — uma prova concreta de que os smartphones atuais possuem uma resistência muito superior à das gerações anteriores.
No entanto, Germain alerta que essa resistência não torna os aparelhos indestrutíveis.
“Há situações em que fissuras podem ocorrer, e impactos mais fortes podem causar danos irreparáveis”, destaca ele.
Esse avanço na proteção se deve a materiais como o Gorilla Glass da Corning, cuja versão mais recente, chamada Gorilla Armor 2, equipa modelos como o Galaxy S25 Ultra.
Conforme testes laboratoriais da empresa, o vidro aguenta quedas de até 2,2 metros sem quebrar, o que reforça a ideia de que a capinha pode deixar de ser um item obrigatório.
Dados e estudos recentes
De acordo com levantamento da seguradora americana Allstate, divulgado em 2024, 78 milhões de norte-americanos relataram danos aos seus smartphones, o que representa uma queda de 11% em relação a 2020.
Esse dado sugere que os aparelhos estão ficando mais resistentes e que a necessidade de capas pode estar diminuindo.
Especialistas da revista Consumer Reports, referência em testes de durabilidade de eletrônicos, acompanham essa evolução há quase 90 anos.
Um dos principais testes é o chamado “teste de queda”, que consiste em lançar os aparelhos repetidamente contra superfícies duras, como concreto.
Rich Fisco, responsável pelos testes, afirma que hoje em dia é raro ver um celular falhar nesses experimentos.
“O vidro melhorou muito.
Os telefones estão se saindo muito melhor que no ado”, explica.
Segundo ele, embora o uso de capas não seja mais essencial, elas ainda têm seu valor para prevenir pequenos acidentes e proteger contra riscos inesperados.
Mais que proteção física
Além das questões de resistência física, o mercado de smartphones também enfrenta mudanças em outras frentes.
Um exemplo são as soluções para problemas do dia a dia, como as ligações indesejadas e chamadas silenciosas, que incomodam muitos usuários.
Para isso, ferramentas como a plataforma “Não Me Perturbe” ganham destaque, ajudando a filtrar contatos e melhorar a experiência dos consumidores.
Essa transformação nos hábitos de uso e na concepção dos aparelhos ocorre em um momento em que a indústria de tecnologia aposta em melhorias constantes para aumentar a durabilidade e a praticidade dos dispositivos móveis.
Fabricantes e consumidores têm agora um novo desafio: equilibrar a proteção natural dos smartphones com a praticidade e o design leve, que muitos valorizam.
Sustentabilidade e perfil do usuário
Além disso, as capinhas, que antes eram quase obrigatórias, também traziam um lado negativo para o meio ambiente, já que muitas eram descartadas rapidamente, acumulando lixo plástico.
Com a diminuição do uso desses órios, há um impacto ambiental positivo, alinhado às demandas globais por sustentabilidade.
No entanto, é importante destacar que o uso ou não da capinha depende do perfil do usuário.
Para aqueles que trabalham em ambientes mais arriscados ou que têm o hábito de deixar o celular em locais onde pode sofrer quedas frequentes, a proteção extra ainda é recomendada.
Já para os que preferem aparelhos mais finos, leves e com design aparente, apostar na resistência do vidro pode ser uma escolha vantajosa.
Afinal, as tecnologias atuais, como o Gorilla Glass e tratamentos químicos específicos, ampliam a durabilidade do dispositivo sem a necessidade de órios adicionais.
Enquanto isso, o mercado acompanha de perto essas mudanças, e novas soluções para proteger os smartphones sem prejudicar a estética ou a experiência do usuário continuam a surgir.
Há, por exemplo, tecnologias de películas protetoras ultrafinas, que mantêm a aparência original do aparelho, além de cases biodegradáveis que atendem a quem ainda prefere uma proteção física, mas de forma mais consciente.
A transição para um uso mais consciente e minimalista dos smartphones, sem capas, ainda enfrenta desafios e resistências, mas as evidências científicas e testes de laboratório apontam que essa pode ser a tendência dominante para os próximos anos.
Você acha que as capinhas de celular realmente vão desaparecer do mercado? Ou elas continuarão sendo um item essencial para proteger nossos aparelhos?
As capinhas ainda serão muito bem-vindas, até porque é a forma de manter o estado físico do aparelho, com maior valor agregado para venda. Aparelhos sempre mantidos com capa de proteção – que livra de riscos e marcas -, agregam um valor extremamente maior na hora da venda do que um que nunca usou capa.
Outra função da capinha é a questão da higiene, pois podem ser removidas e lavadas com sabão, já o celular não, dai a tela do aparelho e só ar um alcool e fica 100%< faço isso sempre.
Poderia ser algo mais chamativo e com mais informações.