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CEO da Ford faz alerta: “Chineses estão 10 anos à frente em baterias e podemos ficar para trás”

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 10/02/2025 às 22:04
CEO da Ford faz alerta: "Chineses estão 10 anos à frente em baterias e podemos ficar para trás"
A Ford tem força para virar o jogo? Jim Farley acredita que sim – mas não sem antes aprender com os chineses. Para ele, a chave é absorver a tecnologia, usar o que os EUA têm de melhor (escala, inovação e conhecimento do mercado) e então tentar superar a China.

Jim Farley, CEO da Ford, não economizou nas palavras: as montadoras ocidentais estão pelo menos uma década atrasadas na tecnologia de baterias. Ele chegou a dizer que não quer devolver o Xiaomi SU7 que está dirigindo. Para ele, ou os EUA aprendem com os chineses e licenciam essa tecnologia, ou vão ficar olhando de fora enquanto a China domina o mercado de elétricos.

Entre todas as gigantes do setor, a Ford tem sido uma das poucas que falam abertamente sobre a força da China na indústria automotiva. Jim Farley já deixou claro que os fabricantes chineses dispararam na frente, e o Ocidente está correndo atrás do prejuízo.

O CEO da Ford foi sincero ao ponto de itir que está dirigindo um Xiaomi SU7 e não quer devolver. Isso diz muito, né? Se um dos caras mais influentes da indústria automotiva está impressionado com um carro chinês, já dá pra imaginar o nível do avanço deles.

Por que a China está tão à frente em baterias, segundo o CEO da Ford?

"Nós trouxemos um de Xangai para Chicago, e eu estou dirigindo há seis meses e não quero devolver," - CEO da Ford, Jim Farley
“Nós trouxemos um de Xangai para Chicago, e eu estou dirigindo há seis meses e não quero devolver,” – CEO da Ford, Jim Farley

Enquanto o Ocidente ficava naquela indecisão, a China meteu o pé no acelerador e investiu pesado em carros elétricos. O resultado? Hoje, os modelos chineses são mais baratos, têm mais autonomia e contam com baterias muito mais eficientes.

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Agora, fabricantes como Ford, GM e Volkswagen estão sentindo a pressão. Ou elas correm atrás e se reinventam, ou vão acabar perdendo espaço para os chineses, que já dominam a produção global de baterias.

A saída? Pedir ajuda para os chineses

O CEO da Ford não escondeu o jogo: as montadoras americanas precisam licenciar a tecnologia chinesa se quiserem competir. Ou seja, aprender com quem está na frente e só depois tentar desenvolver algo próprio.

Curiosamente, há 25 anos foi o contrário. Quando as fabricantes ocidentais entraram na China, foram obrigadas a compartilhar conhecimento. Agora, quem precisa aprender são os americanos. O mundo dá voltas, né?

Os EUA reagem – mas será suficiente?

Para tentar recuperar o tempo perdido, a Ford anunciou uma fábrica de baterias LFP (lítio-ferro-fosfato) em Michigan, que começa a operar em 2026. Só tem um detalhe: a tecnologia usada será chinesa, licenciada da gigante CATL.

O governo Biden está investindo para fortalecer a produção local de baterias, mas será que vai dar tempo? Os chineses já estão anos-luz na frente, e recuperar essa diferença não vai ser fácil.

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Rafaela Fabris

Fala sobre inovação, energia renováveis, petróleo e gás. Com mais de 1.200 artigos publicados no G, atualiza diariamente sobre oportunidades no mercado de trabalho brasileiro. Sugestão de pauta: [email protected]

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