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Chamaram de loucura em 1925 — hoje, as previsões deste engenheiro parecem visão do futuro

Publicado em 23/04/2025 às 07:15
Invenções, Previsões,
Créditos: Domínio público via Wikimedia Commons

As previsões de Archibald Low, ridicularizadas em 1925, voltam à tona cem anos depois com surpreendente precisão — de celulares a energia das marés

Em 1925, o engenheiro inglês Archibald Montgomery Low publicou o livro The Future, onde ousava imaginar o mundo cem anos à frente. Suas ideias, tidas na época como exageradas, agora surpreendem pela precisão. Um século depois, muitas das previsões feitas por Low se mostram reais, como se ele tivesse mesmo espiado o futuro.

Redescobertas recentemente por pesquisadores do portal de genealogia Findmypast, as previsões vieram à tona por meio de uma coleção especial criada com jornais históricos.

O conteúdo foi publicado pelo jornal The Guardian, que deu destaque ao material no último domingo (29). A coleção reúne pensamentos de Low sobre o que seria o ano de 2025, segundo ele, com base no avanço das ciências e tecnologias da época.

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Ideias à frente do seu tempo

No ado, as ideias do engenheiro foram tratadas como “horrores” por jornais como o London Daily News. Hoje, muitas delas fazem parte do cotidiano.

Low falava em despertadores acionados por rádio, calçadas móveis, escadas rolantes e aparelhos parecidos com “rádios pessoais”, o que lembra bastante os celulares atuais.

Entre os acertos mais impressionantes está a previsão de uma “máquina de televisão” que substituiria os jornais ilustrados como fonte principal de notícias e entretenimento.

Ele ainda antecipou transmissões globais íveis com um simples toque e o uso de câmeras e microfones secretos em investigações criminais.

Além disso, previu o uso de energia eólica e das marés. Também falava em máquinas para tarefas difíceis e desagradáveis, algo que o preocupava quanto aos possíveis impactos na saúde física e moral das pessoas. Uma visão curiosa sobre a mecanização da sociedade, já presente em sua mente há um século.

O engenheiro que sonhava com o futuro

Reconhecido como “pai dos sistemas de orientação por rádio”, Archibald Low projetou a primeira aeronave drone motorizada e teve papel importante no desenvolvimento da televisão.

Seus estudos incluíram aviões, barcos torpedeiros e foguetes guiados, todos aproveitados pelo governo britânico durante a Primeira Guerra Mundial.

Entre os recortes antigos, destaca-se a previsão de um “rádio-despertador” capaz de acordar trabalhadores com precisão. Na época, isso soava absurdo. Os trabalhadores ainda contavam com o knocker upper, uma espécie de despertador humano que batia nas janelas com varas longas.

Mesmo tendo acertado no conceito do despertador eletrônico, o horário que sugeriu — “provavelmente às nove e meia” — foi um chute fora do tom. Ainda assim, sua imaginação parecia não ter limites.

Previsões ousadas e críticas sociais

Low chegou a propor iluminar ruas com plantas luminescentes em 1926 e substituir a cavalaria por jatos de água eletricamente carregados em 1923. Ele também previu o uso comum de calças por mulheres, em 1924, e a possibilidade de determinar o sexo do bebê antes do nascimento, dois anos depois.

Apesar de tantas ideias inovadoras, Low também expressou visões polêmicas. Em 1929, o Daily Express noticiou com indignação declarações onde o engenheiro dizia que mulheres só atingiriam igualdade intelectual com os homens após adquirirem características físicas masculinas. Uma opinião que recebeu forte rejeição até mesmo em sua época.

Reflexões sobre o amanhã

Segundo Jen Baldwin, pesquisadora do Findmypast, o trabalho de Low é uma prova de como é possível antever os impactos da tecnologia mesmo quando ela ainda está dando os primeiros os.

Isso faz você parar para pensar como os avanços que vemos ao nosso redor hoje serão vivenciados por nossos próprios descendentes”, afirmou.

Embora algumas previsões tenham errado o tom ou falhado na sensibilidade social, o legado de Archibald Montgomery Low mostra que imaginar o futuro é também uma forma de influenciar o presente.

Agora, cem anos depois, resta saber quais ideias de hoje parecerão geniais — ou absurdas — quando o mundo chegar a 2125.

Com informações de Revista Galileu.

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Romário Pereira de Carvalho

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