Uma nova era das picapes médias está surgindo com tecnologia híbrida plug-in avançada, dimensões competitivas e design futurista. A Chery mira os líderes do mercado com um modelo que promete revolucionar a disputa entre os gigantes do segmento.
A Chery dá um o decisivo para entrar no disputado mercado das picapes médias com o registro de um novo modelo híbrido plug-in, sinalizando uma estratégia para competir diretamente com gigantes como Toyota Hilux, Ford Ranger e Chevrolet S10.
A marca chinesa, presente no Brasil desde antes da chamada “invasão chinesa” no setor automotivo, mostra agora ambição clara de conquistar uma fatia desse segmento que movimenta bilhões.
De acordo com informações divulgadas pelo portal australiano Car Expert, a Chery registrou na Argentina um protótipo conceitual de picape média híbrida plug-in que tem potencial para ser lançado na Oceania e, possivelmente, em outros mercados.
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Esse lançamento surge logo após a fabricante confirmar que trará uma picape inédita ao mercado brasileiro ainda em 2025, dando continuidade ao projeto KP11, que foi apresentado na China em novembro de 2024.
Entretanto, conforme o presidente internacional da Chery, Zhang Guibling, a picape KP11 não será comercializada na Oceania.
Em seu lugar, será lançada uma nova caminhonete maior, que tem como alvo direto as rivais BYD Shark, Toyota Hilux e Ford Ranger.
Design e dimensões do protótipo
O protótipo recém-registrado, identificado pelo código F700, é um modelo da Jetour, submarca da Chery, que ainda se apresenta com elementos conceituais, como portas suicidas e rodas de grande diâmetro.
Nossa equipe registrou o modelo durante visita ao Salão do Automóvel na Argentina, onde o veículo chamou atenção pelo design moderno e robusto, claramente inspirado nas linhas da Ford Ranger e BYD Shark.
O design da Jetour F700 destaca-se por um conjunto de faróis em formato de “C”, capô com linhas geométricas marcantes e uma barra frontal que aparenta ser iluminada, complementada por um para-choque robusto em preto brilhante, assim como a grade dianteira.
Na traseira, o modelo segue a tendência das concorrentes chinesa e americana, com lanternas verticais e tampa da caçamba em preto brilhante, que exibe o nome da submarca de forma centralizada e iluminada.
Essa estética contrasta com a do KP11, que apresenta uma grade frontal imponente, com o nome “Chery” em destaque e faróis afilados alinhados ao capô.
Além do visual, a Jetour F700 promete dimensões competitivas, já que deve ser maior que a KP11 — que, segundo o portal Rutamotor, terá cerca de 5,30 metros de comprimento.
Em comparação, a Hilux, Ranger e S10 medem respectivamente 5,32 m, 5,35 m e 5,36 m.
O conceito F700 utiliza a carroceria do Jetour Zongheng G700, um SUV grande com 5,10 metros disponível no portfólio da marca, o que reforça a proposta de robustez e espaço.
Potência e tecnologia
Apesar do mistério em torno de detalhes oficiais, é esperado que a caminhonete venha equipada com um sistema híbrido plug-in, combinando um motor 2.0 turbo a gasolina de quatro cilindros, capaz de gerar até 213 cavalos, com dois motores elétricos.
Essa combinação resultaria em impressionantes 761 cavalos e torque de 81,1 kgfm, números que colocariam o modelo na vanguarda tecnológica do segmento.
Outra possibilidade levantada é o uso de tecnologia de autonomia estendida (EREV), já aplicada no SUV Jetour G900, que combina maior potência com uma autonomia mais ampla para o veículo.
Ambas as configurações devem contar com uma arquitetura elétrica de 800 volts, que permite carregar a bateria de 20% a 80% em apenas seis minutos, uma inovação que promete revolucionar a experiência do usuário no segmento de picapes.
Outras curiosidades do F700 incluem a provável adoção de suspensão a ar, capaz de elevar a distância do solo em até 350 milímetros e permitir que o veículo gire no próprio eixo — recursos que já equipam o SUV Jetour G700 e reforçam o apelo off-road e a versatilidade do modelo.
O futuro da picape Chery no Brasil
No que diz respeito à motorização da Himla, a picape já confirmada da Chery, há expectativa de que ela ofereça opções a combustão, híbridas plug-in e elétricas com extensão de autonomia.
Diferentemente das tradicionais concorrentes que apostam em motores turbodiesel, a Chery deve descartar essa tecnologia e investir em propulsores 2.4 turbo a gasolina, buscando atender às tendências de eletrificação e sustentabilidade no setor automotivo.
Por enquanto, não há confirmações oficiais sobre o lançamento desses modelos no mercado brasileiro, mas o interesse da fabricante é evidente diante da crescente demanda por veículos híbridos e elétricos no país.
Parceria com a Jaecoo e planos para o Brasil
Além disso, o conceito KP11 pode ser a base para uma picape média da Jaecoo, marca de luxo da Chery que chegou ao Brasil em abril de 2024.
Segundo o CEO global da Chery, Mr. Zhang, a possibilidade de lançamento no Brasil sob a bandeira Jaecoo reforça a estratégia da marca de diversificar seu portfólio e conquistar diferentes públicos.
Essa picape deverá apresentar um design sofisticado, com linhas menos retas, grade dianteira diamantada e faróis individuais com formato inspirado em diamantes, seguindo o estilo do para-choque.
O acabamento interno também deve surpreender, com cabine inspirada no Omoda 5, SUV cupê da marca parceira da Jaecoo, além de motorização híbrida plug-in ou elétrica para atender a demanda por eficiência e tecnologia.
A entrada da Chery no segmento de picapes médias com propostas híbridas e elétricas reforça uma tendência global e mostra que o mercado brasileiro pode estar prestes a receber uma nova geração de caminhonetes, focadas em inovação, sustentabilidade e desempenho.
Você acha que essas novas picapes híbridas terão espaço para desafiar os tradicionais modelos a diesel no Brasil?