Táxis voadores autônomos decolam na China e alcançam 130 km/h. Sistema inédito pode revolucionar o transporte em grandes centros urbanos
A China deu um o decisivo rumo ao futuro do transporte urbano ao liberar oficialmente os primeiros serviços de táxis voadores com drones autônomos. A novidade chega com a emissão das primeiras licenças para voos comerciais de ageiros sem piloto.
A istração de Aviação Civil da China (CAAC) concedeu os Certificados de Operador Aéreo à empresa EHang Holdings, na província de Guangdong, e à sua subsidiária Heyi Aviation, localizada em Hefei, na província de Anhui. Com isso, as empresas estão autorizadas a realizar voos de transporte de pessoas sem tripulação a bordo dos táxis voadores.
Segundo comunicado da EHang, o momento representa o início oficial da fase comercial dos voos autônomos na chamada economia de baixa altitude do país.
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Agora, consumidores poderão adquirir agens para serviços como eios turísticos urbanos, voos panorâmicos e outras rotas comerciais em regiões específicas, começando por Guangzhou e Hefei.
“Este marco marca oficialmente o lançamento da era de voos de transporte humano da China na economia de baixa altitude, permitindo que cidadãos e consumidores comprem agens aéreas para turismo de baixa altitude, eios turísticos urbanos e diversos serviços comerciais de voos de transporte humano em locais de operação relacionados em Guangzhou e Hefei“, disse um comunicado da EHang.
Certificação após testes
A autorização marca a etapa final de um longo processo regulatório. Antes de operar, os táxis voadores precisaram ar por aprovações para produção e aeronavegabilidade. Com os certificados emitidos, os voos de ageiros autônomos estão liberados para o público.
Essa movimentação faz parte de um plano maior da China para desenvolver tecnologias de aviação em baixa altitude. Além dos drones, o plano inclui dirigíveis e outras aeronaves leves. A intenção é acelerar o crescimento do setor e criar um novo modelo de mobilidade aérea.
Os primeiros trajetos devem focar em rotas de turismo de curta distância. Depois, as empresas planejam ampliar para redes maiores. Embora os veículos voem sem piloto, devem obedecer a normas rígidas de segurança, operação e manutenção, conforme indicam os relatórios locais.
A jornada até a aprovação comercial começou em julho de 2024, com a análise do pedido de licença pela CAAC. Desde então, a EHang avançou com testes e certificações para chegar ao estágio atual.
Tecnologia em voo
A principal aeronave envolvida nessa nova fase é a EH216-S, um drone elétrico de decolagem e pouso vertical, conhecido como eVTOL. Ele foi desenvolvido ao longo de seis anos e realizou seu primeiro voo nos Estados Unidos em 2020.
A certificação chinesa veio em outubro de 2023, com a aprovação para produção em série em abril de 2024. Em novembro, foi realizado o primeiro voo de teste mundial com essa tecnologia, utilizando uma bateria de estado sólido. Esse voo não contou com piloto, sendo totalmente autônomo.
A EH216-S é considerada a primeira aeronave eVTOL sem piloto a receber um certificado de tipo, permitindo seu uso comercial no transporte de pessoas.
A inovação atraiu atenção internacional. Também em novembro de 2024, a Arábia Saudita testou a tecnologia da EHang durante o transporte de peregrinos do Hajj, utilizando o táxi aéreo para deslocamentos rápidos e seguros.
Como funciona o táxi aéreo
O drone para ageiros possui capacidade para duas pessoas. A fuselagem é feita de composto de fibra de carbono e tem oito braços. Em cada um há duas hélices coaxiais, totalizando 16.
Ele opera em rotas pré-definidas, conectando-se a um centro de controle por meio da rede 5G. A velocidade máxima chega a 130 km/h, com velocidade de cruzeiro de 100 km/h. A altitude operacional pode atingir até 3.000 metros.
A autonomia de voo é de 21 minutos, cobrindo cerca de 35 quilômetros. Após esse tempo, a recarga da bateria leva em torno de duas horas. O veículo a até 220 quilos e tem portas com abertura tipo asa de gaivota e trem de pouso fixo.
Táxis voadores: expansão urbana no horizonte
A EHang está trabalhando em parceria com autoridades chinesas para ampliar os serviços além do turismo. O objetivo é integrar os táxis voadores ao transporte urbano, facilitando deslocamentos curtos nas cidades.
A empresa informou que pretende ajudar operadores locais a solicitar suas próprias licenças. Isso permitirá que mais cidades chinesas ofereçam voos turísticos de baixa altitude, eios urbanos e novos serviços de transporte de pessoas por via aérea.
Esses avanços reforçam a aposta da China em sua economia de baixa altitude, um setor considerado estratégico para o crescimento tecnológico. Estimativas apontam que essa área poderá alcançar 1,5 trilhão de yuans até 2025, com possibilidade de dobrar até 2035.
Com a aprovação em mãos e os primeiros voos comerciais autorizados, a China assume a dianteira na corrida global por soluções de mobilidade aérea autônoma.
Com informações de Interesting Engineering.