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China quer ‘cortar’ o Brasil: país asiático irá investir em ferrovias de alta tecnologia no Brasil. Entenda!

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 11/05/2025 às 16:19
Atualizado em 12/05/2025 às 10:56
Investimentos chineses em ferrovias no Brasil vão transformar o comércio e a logística, conectando o Brasil ao Pacífico e impulsionando a economia nacional.
Investimentos chineses em ferrovias no Brasil vão transformar o comércio e a logística, conectando o Brasil ao Pacífico e impulsionando a economia nacional.

A parceria entre o Brasil e a China está ganhando novos rumos com a promessa de investimentos em infraestrutura ferroviária.

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, anunciou com entusiasmo que o país asiático está disposto a investir pesadamente na construção de ferrovias no Brasil, conectando regiões chave e possibilitando ao país uma nova via de o ao Oceano Pacífico.

Esse movimento abre portas para o fortalecimento do comércio entre as duas nações, além de impulsionar o desenvolvimento econômico brasileiro.

Investimento chinês no Brasil: O que está por trás desse projeto de ferrovias?

Em meio a um cenário de intensificação das relações diplomáticas entre Brasil e China, a ideia de “rasgar o Brasil” com ferrovias de alta tecnologia ganhou destaque.

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No entanto, a expressão usada pela ministra Simone Tebet, durante uma coletiva de imprensa, não tem conotação negativa.

Ao contrário, ela destacou que a China busca, na realidade, modernizar a infraestrutura ferroviária brasileira com foco na melhoria do transporte de cargas e da integração entre o Brasil e os mercados asiáticos.

Essa iniciativa visa a construção de uma rede ferroviária que interligue diversos pontos do Brasil, possibilitando maior agilidade no transporte de produtos entre os portos brasileiros e o comércio com a China.

Como a China pode transformar o Brasil com investimentos ferroviários?

De acordo com Tebet, a proposta envolve uma série de investimentos estratégicos, sendo o mais significativo a conexão entre o Brasil e o Peru por meio de ferrovias de alta capacidade.

O plano contempla a construção de uma ferrovia que ligue o Acre, no Norte do Brasil, ando por estados como Amazonas e Tocantins, até chegar ao litoral da Bahia.

Essa rota estratégica permitirá que o Brasil e diretamente o Oceano Pacífico, abrindo novas possibilidades para o comércio com a China, além de otimizar a exportação de produtos brasileiros, como a soja e o minério de ferro.

O investimento chinês no Brasil está sendo considerado um marco.

Estima-se que o valor do projeto inicial seja superior a 3,5 bilhões de dólares, um valor significativo que pode transformar a logística nacional.

Ao longo da década de 1950, o Brasil optou por investir principalmente em rodovias, uma estratégia impulsionada pela necessidade de infraestrutura para ar a crescente produção automobilística no país.

No entanto, a prioridade dada ao transporte rodoviário em detrimento das ferrovias levou o Brasil a uma situação de dependência das estradas para o escoamento de mercadorias.

Por que o Brasil não investiu em ferrovias antes?

Historicamente, o Brasil possui um legado ferroviário, especialmente no início do século XX, quando o país usou ferrovias para impulsionar a exportação de café, conectando o interior de São Paulo ao Porto de Santos.

Contudo, a crise do café e a mudança nos modelos econômicos levaram o país a desviar os recursos para a construção de rodovias, uma alternativa mais viável para o transporte de bens no Brasil, dada a extensão territorial e os custos elevados das ferrovias.

Durante o governo de Juscelino Kubitschek, nas décadas de 1950 e 1960, o Brasil optou por focar no transporte rodoviário, justamente para atender à demanda crescente da indústria automobilística nacional, com a instalação de fábricas de marcas como Volkswagen e General Motors.

Ferrovias: Um investimento a longo prazo e de alto risco

Um dos principais desafios para o Brasil sempre foi o alto custo e o planejamento de longo prazo necessário para a construção de ferrovias.

Diferentemente do investimento em rodovias, as ferrovias exigem projetos estruturais complexos, com investimentos que podem levar anos ou até décadas para trazer retorno financeiro.

No entanto, como destacou a ministra Simone Tebet, o investimento da China traz consigo a promessa de um fortalecimento da economia nacional, já que o Brasil estará se associando a uma potência econômica sólida, com recursos suficientes para ar os custos de um projeto dessa magnitude.

Embora o investimento seja de alto risco, a parceria com a China pode trazer benefícios significativos para o Brasil, especialmente no contexto atual de tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China.

A China está buscando novas rotas comerciais, e o Brasil, com seu vasto território e recursos naturais, pode se tornar um parceiro estratégico para a gigante asiática.

A criação de uma rede ferroviária que conecte os portos brasileiros ao Pacífico é uma jogada inteligente para aumentar o comércio bilateral e fortalecer a posição do Brasil no mercado internacional.

Quais os impactos econômicos desse investimento para o Brasil?

Simone Tebet comemorou a proposta, destacando que a entrada de capital chinês será uma oportunidade única para o Brasil expandir sua infraestrutura e melhorar a competitividade no mercado global.

Além disso, a construção de ferrovias de alta tecnologia possibilitará a redução dos custos logísticos, que atualmente são um dos principais obstáculos para o crescimento das exportações brasileiras.

Com uma rede ferroviária mais eficiente, o Brasil terá a capacidade de exportar mais rapidamente e com custos mais baixos, o que pode beneficiar tanto grandes produtores quanto pequenos exportadores.

Mas a implementação de ferrovias no Brasil não se resume apenas a um benefício para as empresas de grande porte.

O desenvolvimento das regiões Norte e Centro-Oeste, com a criação de novos polos logísticos e industriais, pode gerar empregos e impulsionar a economia local.

As concessões feitas pelo Brasil à China podem ajudar a criar uma infraestrutura mais robusta e eficiente, favorecendo o crescimento econômico do país como um todo.

O futuro das ferrovias no Brasil: O que esperar?

O investimento chinês pode ser apenas o começo de uma nova fase para o Brasil.

A construção de ferrovias modernas e a integração com mercados internacionais podem posicionar o país de forma mais competitiva na economia global, especialmente com a crescente demanda por commodities e produtos de alto valor agregado.

No entanto, é fundamental que o Brasil desenvolva políticas públicas que assegurem a transparência e os benefícios para a população, garantindo que o investimento chinês não favoreça apenas grandes empresários.

O projeto de ferrovias traz à tona uma reflexão sobre as escolhas do Brasil em termos de infraestrutura.

A questão central é: será que o país finalmente estará disposto a investir no longo prazo, independentemente das pressões políticas e da instabilidade econômica interna? O investimento chinês pode ser um o importante nesse sentido.

E você, o que acha dessa parceria entre Brasil e China?

Será que o país está pronto para abraçar um futuro de crescimento com ferrovias de alta tecnologia, ou esse investimento pode gerar mais desigualdades? Compartilhe sua opinião nos comentários.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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