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China quer reerguer Cuba e para isso doou quase 70 TONELADAS de equipamentos que visam restaurar o sistema elétrico do país

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 02/01/2025 às 18:54
China doa quase 70 toneladas de equipamentos para ajudar Cuba a restaurar seu sistema elétrico em meio a uma crise energética histórica.
China doa quase 70 toneladas de equipamentos para ajudar Cuba a restaurar seu sistema elétrico em meio a uma crise energética histórica.

China intensifica esforços para ajudar Cuba a enfrentar sua pior crise energética, doando quase 70 toneladas de peças e equipamentos. A parceria inclui a construção de parques fotovoltaicos, enquanto a ilha busca aumentar sua geração de energia renovável. A crise, agravada por sanções econômicas, exige soluções criativas e colaborações internacionais.

Em meio a uma crise energética sem precedentes, Cuba recebeu da China quase 70 toneladas de equipamentos para restaurar seu sistema elétrico.

A doação visa recuperar 400 MW de capacidade e beneficiar mais de 53 mil residências. Esta ação reforça a cooperação entre os países e impulsiona a transição de Cuba para energias renováveis.

Em um cenário marcado por apagões e cortes frequentes de energia, a República Popular da China está empenhada em ajudar Cuba a superar uma de suas crises energéticas mais severas.

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Por trás dessa parceria, um esforço diplomático e técnico pretende garantir que a ilha caribenha possa retomar sua estabilidade elétrica e minimizar os impactos dessa situação na qualidade de vida de sua população.

No último domingo (29), cerca de 70 toneladas de peças e órios para geradores de energia chegaram ao território cubano, como parte de uma doação do governo chinês.

O material, destinado a restaurar a infraestrutura elétrica, foi recebido em cerimônia que contou com a presença do embaixador da China em Cuba, Hua Xin, e das vice-ministras cubanas Déborah Rivas, de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro, e Tatiana Amarán, de Energia e Minas.

Impacto da doação

Segundo o embaixador Hua Xin, a doação faz parte do segundo pacote de assistência enviado pela China a Cuba em 2024.

Esses equipamentos visam recuperar cerca de 400 megawatts (MW) da capacidade de geração elétrica do país. Hua explicou que o envio das peças foi planejado dentro de uma “lista de projetos de emergência”, focando em uma resposta rápida e eficaz à situação crítica vivida por Cuba.

Durante a cerimônia de entrega, a vice-ministra Déborah Rivas destacou que a ajuda chinesa “reflete a alta sensibilidade das autoridades do governo chinês e seu firme apoio a Cuba em qualquer circunstância”.

Ela ainda apontou que o material beneficiará aproximadamente 53,2 mil residências no país, contribuindo diretamente para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos afetados pela crise energética.

O agravamento da crise energética

O cenário atual da energia em Cuba é desolador. Apenas em 2024, o país registrou três apagões totais no sistema nacional de eletricidade, deixando a população completamente no escuro.

Além disso, cortes de energia tornaram-se uma rotina diária, afetando cerca de 40% da população. A situação tem comprometido atividades econômicas essenciais e intensificado o sofrimento da população.

A dependência de Cuba de antigas usinas termoelétricas, muitas delas com mais de 30 anos de operação, contribui para o agravamento do problema.

Essas usinas exigem manutenção constante, mas as sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos dificultam a aquisição de peças e combustíveis necessários para mantê-las em funcionamento.

Parcerias estratégicas entre China e Cuba

Os esforços chineses para ajudar Cuba vão além das doações pontuais. A colaboração entre os dois países inclui uma série de projetos estratégicos nas áreas de energia, segurança alimentar, transporte e comércio.

Durante uma visita do presidente cubano Miguel Díaz-Canel à China, ele firmou acordos com o presidente chinês Xi Jinping para ampliar a cooperação em projetos que atendem às necessidades imediatas e de longo prazo de Cuba.

Entre essas iniciativas está a construção de parques fotovoltaicos, um o essencial para que Cuba possa diversificar sua matriz energética.

Nos últimos meses, a China doou componentes para esses parques solares, permitindo que o país caribenho explore uma alternativa sustentável para gerar energia.

Transição para fontes renováveis

Atualmente, mais de 95% da energia de Cuba é gerada a partir de combustíveis fósseis.

As energias renováveis representam apenas 5% da matriz energética, mas o país planeja aumentar essa participação para 25% até 2030. Até 2050, Cuba pretende cobrir toda sua matriz energética com fontes renováveis.

A parceria com a China desempenha um papel fundamental nessa transição. Em dezembro, os dois países oficializaram a construção de novos parques fotovoltaicos, financiados por doações chinesas.

A expectativa é que esses projetos gerem uma economia anual de até 7 milhões de dólares para o governo cubano.

As dificuldades impostas pelo embargo econômico

O bloqueio econômico dos Estados Unidos é um dos principais desafios enfrentados por Cuba na busca pela modernização de seu sistema elétrico.

As sanções dificultam a importação de combustíveis e outras mercadorias essenciais, elevando os custos e limitando as opções de parceiros comerciais.

Navios que transportam mercadorias para Cuba enfrentam sanções dos EUA, o que aumenta os preços e reduz a frequência de entregas.

Apesar dessas adversidades, a cooperação com a China demonstra como alianças estratégicas podem oferecer soluções viáveis para mitigar os efeitos do embargo.

Conclusão

A doação de quase 70 toneladas de equipamentos pela China é mais um capítulo na estreita relação entre os dois países.

Além de aliviar a crise energética de Cuba, essa parceria reforça a importância da solidariedade internacional em tempos de necessidade.

A questão que fica é: será que a ajuda da China e os investimentos em energias renováveis serão suficientes para transformar o futuro energético de Cuba, ou o bloqueio econômico continuará a limitar o progresso da ilha?

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Leandro Lopes
Leandro Lopes
03/01/2025 13:01

Os estados unidos já deveriam ter tirado todas as sanções de Cuba, e advertido para novas caso descumpram algumas normas, o tempo de guerra já ou o presidente lá agora é outro, nem chegam perto de uma Korea do Norte, quem pagam o maior preço é a população.

José Oliveira
José Oliveira
03/01/2025 15:12

Mais uma vez a China mostra que geopolítica não se faz mais com terror ou sanções.

CLAUDIO DE JESUS NASCIMENTO
CLAUDIO DE JESUS NASCIMENTO
03/01/2025 21:16

O sistema comunista tem mostrado para os inimigos da democracia,como se faz política,não só de demagogia,mas se projetos e solidariedade humana.A China demonstra sua gentileza,desde a Pandemia,que assolou o mundo,graças a Deus,que tem usada a China como um anjo de socorro para as demais nações,inclusive,aquelas menos sustentáveis,que dependem de apoio dos países mais fortes e mais ricos.Diferente dos Estados Unidos,que ao invés de ajudar social e financeiramente,tem e colocado embargo para que esses países não consigam se levantar assim,como estão fazendo com a Venezuela,Cuba e agora o capetao Trump,quer fazer com o Brasil e outros muitos países.Só criar impedimento,barreiras e embargos,para que esses países fiquem à vida toda se curvando diante deles.Mas essa história já está mudando de conto,a China é demais países da União Mercosul, vão dar o troco pra eles.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, agens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: [email protected]. Não aceitamos currículos!

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