1. Início
  2. / Ciência e Tecnologia
  3. / China utiliza drones para provocar chuva equivalente a 30 piscinas olímpicas em experimento inovador de engenharia climática na região árida de Xinjiang
Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 0 comentários

China utiliza drones para provocar chuva equivalente a 30 piscinas olímpicas em experimento inovador de engenharia climática na região árida de Xinjiang

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 12/05/2025 às 19:24
china - drones - engenharia climática - precipitação artificial
foto/reprodução: Divulgação

Experimento inovador utiliza iodeto de prata e drones para aumentar a precipitação em 4% em uma das regiões mais secas da China

Recentemente, a China executou um experimento notável de engenharia climática utilizando drones e iodeto de prata para induzir chuva em uma das regiões mais áridas do país, Xinjiang.

A operação, realizada pela istração Meteorológica da China (CMA), resultou em uma precipitação artificial equivalente a 30 piscinas olímpicas, o que representa um avanço significativo na busca por soluções para a escassez de água.

Detalhes da operação

O experimento abrangeu mais de 8.000 km² de área, o que equivale ao tamanho da Córsega.

Dia
ATÉ 90% OFF
💘 Dia dos Namorados Shopee: até 20% OFF com o cupom D4T3PFT! Só até 11/06!
Ícone de Episódios Comprar

Utilizando drones de médio porte, a CMA semeou nuvens com iodeto de prata, uma substância que possui uma densidade seis vezes maior que a da água.

Durante quatro voos a uma altitude de 5.500 metros, os drones liberaram o composto em forma de fumaça, com uma taxa de dispersão de 0,28 gramas por segundo, utilizando barras de chama que continham 125 gramas de iodeto cada.

Resultados impressionantes da China

Os resultados foram notáveis, com um aumento de mais de 4% na precipitação local, totalizando cerca de 78.200 m³ de água adicional.

Esse aumento foi corroborado por análises realizadas por supercomputadores, espectrômetros de gotas e imagens de satélite.

Após a semeadura, as gotas de chuva mostraram um crescimento significativo, ando de 0,46 mm para 3,22 mm de diâmetro, além de um resfriamento das nuvens de até 10°C e um crescimento vertical de 3 km.

Tecnologias de modificação climática

Desde 2021, a CMA integra um sistema sofisticado de modificação climática que combina 24 estações terrestres automatizadas, satélites e frotas de drones.

Essa abordagem tridimensional permite uma cobertura em larga escala e precisão nas operações, funcionando em todas as estações do ano.

Essa inovação é vital para regiões que enfrentam secas severas e desertificação, como as áreas adjacentes aos desertos de Gobi e Taklamakan, que impactam o abastecimento de água de 25 milhões de pessoas.

Desafios e preocupações ambientais da China

Apesar dos avanços tecnológicos, o experimento em Xinjiang levanta questões sobre os impactos ambientais de longo prazo e a eficácia real das intervenções de modificação climática.

A prática da semeadura de nuvens já foi aplicada em outras regiões da China, como Guizhou e Sichuan, mas os cientistas ainda se questionam: até que ponto essas técnicas podem aumentar a chuva de forma consistente? Quais são os possíveis efeitos colaterais? E como seriam as implicações de operações contínuas ao longo do ano?

A corrida global por soluções climáticas

O experimento realizado na China representa um marco na corrida global por soluções climáticas artificiais.

Com a simples aplicação de iodeto de prata, o país demonstra que é possível provocar chuva em regiões onde a natureza já não consegue.

Essa inovação pode abrir novas possibilidades para combater a escassez de água e a desertificação, oferecendo esperança para comunidades que enfrentam desafios hídricos.

O uso de drones na modificação do clima não apenas destaca o potencial da tecnologia, mas também ressalta a importância de um equilíbrio cuidadoso entre a intervenção humana e os processos naturais.

À medida que a China avança nessa área, o mundo observa atentamente, em busca de soluções que possam ser replicadas em outras regiões afetadas pela seca e pela mudança climática.

FONTE: IGNBRASIL

Inscreva-se
Entre com
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais antigos
Mais recente Mais votado
s
Visualizar todos comentários

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x