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Cientistas brasileiros descobrem enzima inovadora que melhora a conversão de biomassa em etanol de segunda geração a partir de resíduos agrícolas, como cana-de-açúcar e palha de milho

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 08/03/2025 às 11:22
Cientistas brasileiros descobrem enzima inovadora que melhora a conversão de biomassa em etanol de segunda geração a partir de resíduos agrícolas, como cana-de-açúcar e palha de milho
Foto gerada por IA

Nova enzima descoberta por cientistas brasileiros aumenta a eficiência na produção de etanol de segunda geração, transformando resíduos agrícolas, como cana-de-açúcar e palha de milho, em biocombustível sustentável

Uma descoberta promissora foi anunciada por cientistas brasileiros do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Trata-se de uma nova enzima inovadora, denominada CelOCE, que melhora a conversão de biomassa em etanol de segunda geração. A enzima tem a capacidade de ar a celulose presente em resíduos agrícolas, como cana-de-açúcar, palha de milho e outras fontes de biomassa, impulsionando a produção de biocombustíveis.

A CelOCE se destaca por sua eficiência na quebra da celulose, um componente abundante nos resíduos agrícolas. Antes dessa descoberta, a produção de etanol de segunda geração enfrentava desafios devido à baixa eficiência na conversão da celulose, resultando em desperdício de matéria-prima. Com essa nova enzima inovadora, é possível ar a celulose de maneira mais eficiente, utilizando menor quantidade de matéria-prima para a mesma produção de biocombustíveis.

Impacto da enzima inovadora na conversão de biomassa em etanol de segunda geração

De acordo com o líder da pesquisa, o cientista brasileiro Mário Murakami, a descoberta da CelOCE representa uma mudança de paradigma na forma como a vida microbiana processa e metaboliza a celulose. “Não se trata apenas de uma descoberta científica, mas de uma revolução para a bioeconomia, permitindo uma economia circular de base biológica renovável”, destacou Murakami.

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Os benefícios da CelOCE incluem maior eficiência na produção de biocombustíveis, redução do desperdício de matéria-prima, menor necessidade de novas áreas de plantio e contribuição para a sustentabilidade. Como o etanol de segunda geração é um combustível mais limpo, essa inovação contribui significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Murakami comparou a descoberta da CelOCE com a última grande inovação na área, há mais de 20 anos, que resultou em um aumento de 10% na liberação de açúcar a partir da biomassa. “Nossa descoberta proporciona um aumento superior a 20%, dobrando o avanço obtido na última revolução tecnológica do setor”, explicou o cientista.

A nova enzima inovadora também pode ser um fator determinante para viabilizar a expansão das biorrefinarias no Brasil, tornando a produção de biocombustíveis, bioenergia e biomateriais ainda mais eficiente. “Esses açúcares liberados pela ação da CelOCE podem ser bioconvertidos em etanol, gasolina verde, diesel verde, biocombustível de aviação e bioquerosene”, acrescentou Murakami.

Diferenças entre etanol de primeira geração e etanol de segunda geração no setor de biocombustíveis

O etanol de primeira geração é obtido a partir da sacarose presente no caldo da cana-de-açúcar. Por outro lado, o etanol de segunda geração, também conhecido como etanol celulósico, é produzido a partir da celulose presente no bagaço e na palha da cana-de-açúcar, bem como em outros resíduos agrícolas, como a palha de milho.

A grande vantagem do etanol de segunda geração está na sua sustentabilidade. Como ele é produzido a partir de resíduos que normalmente seriam descartados, sua fabricação reduz o impacto ambiental e otimiza o aproveitamento dos recursos naturais. Com a descoberta da CelOCE, cientistas brasileiros deram um o crucial para tornar a produção desse biocombustível ainda mais eficiente e economicamente viável.

Além disso, a utilização dessa enzima inovadora pode fortalecer o Brasil como líder global na produção de biocombustíveis, ampliando sua competitividade no setor. Com a crescente demanda por fontes renováveis de energia e a necessidade de reduzir a dependência dos combustíveis fósseis, o avanço na conversão de biomassa em etanol de segunda geração se torna um fator estratégico para a economia e para o meio ambiente.

O futuro da produção de biocombustíveis impulsionado pela nova tecnologia brasileira

A descoberta da CelOCE pelos cientistas brasileiros reforça o potencial do Brasil como referência mundial na bioenergia. O país já é um dos maiores produtores de etanol do mundo e, com essa nova tecnologia, pode avançar ainda mais na produção sustentável de biocombustíveis.

Nos próximos anos, espera-se que essa enzima inovadora seja amplamente utilizada na indústria, otimizando o aproveitamento dos resíduos agrícolas e aumentando a eficiência da conversão de biomassa em etanol de segunda geração. Essa inovação tem o potencial de atrair novos investimentos para o setor de biocombustíveis, fortalecer a bioeconomia e contribuir para um futuro mais sustentável.

Com essa nova descoberta, cientistas brasileiros demonstram mais uma vez o papel fundamental da pesquisa e inovação no desenvolvimento de soluções energéticas limpas e renováveis. A CelOCE pode ser a chave para uma nova era na produção de biocombustíveis, consolidando o Brasil como referência mundial na transição energética para um modelo mais sustentável e ambientalmente responsável.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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LUCIANO FILHO
LUCIANO FILHO
10/03/2025 13:59

É UMA DESCOBERTA REVOLUCIONÁRIA.
QUEM SABE VAI EXPANDIR PARA OUTRAS CULTURAS COMO AS OLEAGINOSAS.
QUEM SABE…
PARABÉNS PARA TODA A EQUIPE DE PESQUISADORES.
ESSE É UM EXCELENTE EXEMPLO DE COMO É IMPORTANTE INVESTIR EM PESQUISA.
E SÓ LEMBRANDO
UMA PESQUISA LEVA UM GRANDE TEMPO .
NÃO É COMO FAZER UMA A DE ARROZ

Edelmundo Boeing
Edelmundo Boeing
10/03/2025 06:50

Sempre achei que álcool obtido a partir da celulose um polissacarídeo fosse de terceira geração,o de amido um oligossacarideo fosse de segunda geração ,pois precisa de um agente sacarificante extra alfa amilase. Já o de sacarose e monos sacarideos fosse de primeira geração por sofre transformação direta em entanol.

Ildeu pimenta do amaral
Ildeu pimenta do amaral
09/03/2025 16:06

Mais uma novidade e avanço da inteligência de cientistas brasileiros. Será que o governo vai dar apoio e incentivo para o avanço desta descoberta ?

Oscar Jr
Oscar Jr
Em resposta a  Ildeu pimenta do amaral
10/03/2025 02:15

Já dá meu caro! O CNPEM é vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação que junto as Universidades Públicas, injustamente e de forma criminosa chamadas de “antro de maconheiros” por determinado setor político-religioso-fundamentalista retrógrado insiste em criticar e sabotar a pesquisa científica nacional, lutam bravamente em criar inovações, forjar patentes, produzir inovações de valor agregado para deixarmos de sermos um atrasado exportador de produtos primários.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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